Kamala Harris lança campanha para tentar conquistar republicanos descontentes com Trump

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, lança neste domingo a campanha "Republicanos por Harris", visando atrair eleitores republicanos insatisfeitos com a candidatura de Donald Trump. O programa, descrito pela equipe de Harris como uma "campanha dentro de uma campanha", pretende usar republicanos conhecidos para ativar suas redes, com ênfase particular nos eleitores primários que apoiaram a ex-embaixadora da Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley.

Os eventos iniciais estão programados para esta semana no Arizona, Carolina do Norte e Pensilvânia. Republicanos que apoiam Harris também aparecerão em comícios com a vice-presidente e seu futuro companheiro de chapa, que será anunciado em breve.

Esse esforço vai se concentrar principalmente no contato direto de eleitor republicano para eleitor republicano, partindo do princípio de que um republicano tem mais chances de votar em Harris se for incentivado por outro republicano que tomou esta decisão.

"O extremismo de Trump é tóxico para milhões de republicanos que não acreditam mais que o partido de Donald Trump representa seus valores" e votarão contra ele novamente em novembro, disse Austin Weatherford, diretor nacional de alcance republicano.

Ele afirmou ainda que a campanha está "aparecendo e dedicando tempo todos os dias para conquistar o voto dos republicanos que acreditam em colocar o país acima do partido e sabem que todo americano merece um presidente que protegerá suas liberdades e que colocará os melhores interesses do povo americano acima dos seus próprios."

Weatherford é um ex-chefe de gabinete do ex-representante Adam Kinzinger, que havia endossado a chapa Biden-Harris antes da performance de Biden no debate contra Trump. Kinzinger está apoiando Harris mais uma vez como parte do lançamento. "Como um conservador orgulhoso, nunca pensei que estaria endossando um democrata para presidente", disse ele em um comunicado. "Mas eu sei que Harris defenderá nossa democracia e garantirá que Donald Trump nunca retorne à Casa Branca."

Kinzinger ganhou destaque nacional como um dos dois republicanos no comitê da Câmara que investigou o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.

O comitê examinou várias ações de Trump antes e durante o ataque, enquanto o Congresso tentava certificar os resultados da eleição de 2020, vencida pelo atual presidente, Joe Biden, contra Trump.

Trump não se esforçou para atrair eleitores republicanos moderados e, no sábado, criticou o governador republicano da Geórgia, Brian Kemp, que não apoiou as tentativas de Trump de contestar o resultado da eleição de 2020 no Estado.

A campanha de Harris conta com o apoio dos ex-governadores Bill Weld (Massachusetts) e Christine Todd Whitman (Nova Jersey), o ex-secretário de Defesa Chuck Hagel, o ex-secretário de Transportes Ray LaHood e 16 ex-membros republicanos do Congresso, incluindo Kinzinger, Joe Walsh, de Illinois, e Susan Molinari, de Nova York, todos críticos de Trump anteriormente.

Ex-secretária de imprensa de Trump, Stephanie Grisham também está endossando Harris. "Eu posso não concordar com a vice-presidente Kamala Harris em tudo, mas sei que ela lutará por nossa liberdade, protegerá nossa democracia e representará a América com honra e dignidade no palco mundial", disse Grisham em um comunicado. Fonte: Associated Press

Em outra categoria

O PT disse nesta terça-feira, 14, que a sede do partido em Diadema (SP) foi invadida e vandalizada. Segundo o partido, dois computadores, três CPUs e uma impressora foram levados. Em imagens divulgadas pela sigla, é possível ver portas arrombadas e fotografias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) cobertas por tinta azul.

O partido registrou boletim de ocorrência no início da tarde, ao qual o Estadão teve acesso. A Polícia Civil confirmou que investiga o caso. "Foi requisitada perícia e coleta de impressões digitais no local para auxiliar na identificação dos envolvidos no crime", disse a instituição, em nota.

Segundo Josa Queiroz, vereador e presidente do PT local, a suspeita é que a invasão tenha ocorrido nesta madrugada pois vizinhos relataram que o portão estava trancado na noite de segunda-feira, 13. Não havia nenhum integrante do partido no local no momento do ocorrido.

Ele afirmou que é prematuro afirmar que a motivação foi política, mas acrescentou que as condições em que o diretório foi encontrado indicam que o objetivo da ação não era "um simples roubo".

"O espaço foi totalmente destruído. O cara que entra para roubar algo não vai perder tempo para poder quebrar uma pia. Os vasos sanitários e as louças também foram quebradas. Todos os arquivos foram jogados no chão", declarou Queiroz.

O PT governou Diadema, reduto histórico da sigla, até o final do ano passado com José de Filippi Júnior. O petista tentou se reeleger, mas foi derrotado por Taka Yamauchi (MDB).

A bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo disse, em nota, que o incidente pode estar associado à violência política e cobrou a imediata apuração do caso e punição rigorosa aos envolvidos.

"Nós, deputadas e deputados estaduais do PT na Alesp, manifestamos total solidariedade aos companheiros e companheiras militantes e dirigentes petistas de Diadema e nos somamos à cobrança das autoridades competentes pela elucidação deste atentado", disse a bancada petista.

A Polícia Federal (PF) apontou que o ex-deputado federal Daniel Silveira levou o dobro do tempo previsto para chegar ao Hospital Santa Tereza, em Petrópolis (RJ), quando foi atendido em 21 de dezembro. O relatório, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira, 13, detalha que Silveira gastou cerca de 1h30 no deslocamento, que deveria durar 43 minutos, considerando os 25 quilômetros de percurso.

Conforme registrado, Silveira deixou um condomínio às 21h32 e chegou ao hospital às 22h59, onde foi atendido por queixas de dor lombar irradiando para o flanco. Ele relatou ao plantonista histórico de insuficiência renal. Após permanecer no local até 0h37, retornou ao condomínio, trajeto que durou 54 minutos, e ficou no local até 1h55.

A defesa de Silveira sustentou que Silveira "foi buscar a esposa para acompanhá-lo ao hospital e, posteriormente, a deixou no mesmo local e foi para sua casa, onde está registrado no sistema". O advogado, Paulo Faria, afirma que o relatório da PF confirma as justificativas apresentadas anteriormente. "As diligências realizadas pela Polícia Federal, inclusive violando o sigilo médico, são a prova de que tudo que foi relatado é verdade", disse o advogado, que considerou a prisão do ex-deputado desproporcional.

Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e atacar ministros do STF, acumulou diversas passagens pela prisão desde 2021. Solto em 20 de dezembro sob liberdade condicional, ele deveria cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e permanência em casa entre 22h e 6h.

No entanto, o monitoramento apontou que, no dia seguinte à soltura, Silveira violou as restrições. Embora sua defesa tenha alegado urgência médica, ele passou mais de uma hora em um shopping antes de ir ao hospital. A PF concluiu que o tempo excessivo no trajeto merece explicações adicionais.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa do ex-deputado se manifestem sobre o relatório. A defesa reafirmou que Silveira buscou sua esposa para acompanhá-lo ao hospital e que todas as ações estavam registradas no sistema de monitoramento.

A Advocacia-Geral da União (AGU) fará na próxima semana uma audiência pública para discutir os efeitos da nova política implementada pela Meta. O dia e horário ainda serão definidos pelo órgão. A audiência estava agendada para a próxima quinta-feira, 16, mas a AGU disse em nota que "será necessário um tempo maior para organização e confirmação dos participantes". Poderão participar especialistas, acadêmicos, representantes das agências de checagem de fatos e órgãos do governo.

Na última sexta-feira, 10, a AGU enviou notificação extrajudicial à Meta cobrando explicações após anúncio de novas políticas de moderação de conteúdo pelo CEO da companhia, Mark Zuckerberg. Na resposta apresentada ontem, a Meta salientou que o encerramento do Programa de Verificação de Fatos por agências independentes de checagem de informação para dar lugar à política de "notas da comunidade", como é aplicada atualmente no X, valerá apenas para os Estados Unidos neste primeiro momento.