Kamala divulga plano econômico populista com foco em reduzir custo de vida

Internacional
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A vice-presidente e candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou nesta sexta-feira, 16, um programa econômico com forte apelo populista, com o objetivo de cortar impostos de famílias de classe média baixa e diminuir o custo de alimentos, moradia e outros itens essenciais. A proposta surge em um momento que o custo de vida nos Estados Unidos continua alto após anos de inflação, prejudicando politicamente o governo que ela integra com Joe Biden.

Uma de suas propostas é a construção de três milhões de novas casas para resolver a "escassez" habitacional. Segundo ela, o plano também inclui subsídios federais ao comprador de primeira viagem de US$ 25 mil (R$ 136,5 mil na cotação atual), além de leis para desencorajar a especulação imobiliária.

A candidata democrata também propõe controlar as empresas que "inflacionam" os preços além do necessário, principalmente no setor de alimentos. Kamala promete ajudar as famílias com créditos fiscais para quem tem recém-nascidos com valores de até US$ 6 mil (R$ 32,7 mil) durante o primeiro ano de vida do bebê.

Essa última proposta segue uma sugestão no início deste mês de J.D. Vance, o candidato a vice-presidente do Partido Republicano, de que o crédito fosse aumentado de US$ 2 mil por criança para US$ 5 mil. Harris também está pedindo a restauração do crédito tributário infantil do governo Biden que expirou no final de 2021, o que aumentou o benefício para a maioria das famílias de US$ 2 mil por criança para US$ 3 mil.

Em questões de saúde, ela quer estender a toda a população um dispositivo que limita o custo da insulina para idosos a US$ 35 por mês. Outra promessa é a eliminação de dívida médica para milhões de americanos.

Essa foi a visão mais detalhada até agora de suas prioridades de governo desde que se tornou oficialmente o nome democrata na corrida eleitoral. As políticas econômicas, de acordo com a campanha de Harris, são destinadas a "reduzir custos para as famílias americanas", incluindo algumas que vão além do que o presidente Joe Biden havia prometido enquanto estava na disputa.

Nas semanas que antecederam este anúncio, pelo menos dois conselheiros externos sugeriram privadamente à campanha de Harris que ela sinalizasse uma mudança para o centro apoiando cortes de imposto de renda para famílias de classe média ou uma redução de impostos para pequenas empresas, de acordo com as pessoas cientes do assunto, que falaram ao Washington Post sob condição de anonimato para descrever as conversas privadas. Essas sugestões não foram incluídas no pacote final, embora possam ser divulgadas posteriormente. O plano também faz alusão à redução da "burocracia" e à redução do déficit, mas não forneceu detalhes.

Durante um discurso na Carolina do Norte, Harris disse que "construir a classe média será uma meta definidora da minha presidência" enquanto promovia seu plano. Em seu discurso, a candidata mostrou contrastes gritantes com as propostas econômicas de Donald Trump, incluindo seu apelo por tarifas altas sobre produtos estrangeiros. Ela disse que seu oponente "quer impor o que é, na verdade, um imposto nacional sobre vendas em produtos de uso diário e necessidades básicas que importamos de outros países".

Trump imediatamente reagiu à proposta da democrata. "Camarada Harris está indo a fundo no comunismo!", reagiu Trump, que é particularmente crítico da ideia de controle dos preços.

"Houve várias tentativas na história de limitar os preços e elas fracassaram porque provocaram filas na frente das lojas, escassez e uma explosão de desigualdade", criticou o milionário republicano de 78 anos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta. Segundo o boletim médico divulgado nesta segunda-feira, 21, ele apresenta "boa evolução clínica" e pressão controlada. Ainda não há previsão de alta.

O novo relatório médico informou que o ex-presidente segue em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea.

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Jejum de orações convocado por Michelle

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou no domingo, 20, um jejum e orações em prol da recuperação o marido. Michelle pediu que os apoiadores do ex-presidente comecem o jejum nesta segunda-feira, estendendo o sacrifício até o próximo dia 28.

"Convoquem seus líderes, familiares e amigos", disse a ex-primeira-dama.

A cirurgia

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou neste domingo, 20, um jejum e orações em prol da recuperação o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Michelle pede que os apoiadores do ex-presidente comecem o jejum nesta segunda-feira, 21, estendendo o sacrifício até o próximo dia 28. "Convoquem seus líderes, familiares e amigos", disse a ex-primeira-dama.

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Novo boletim medico divulgado aponta que o ex-presidente segue sem alimentação oral, mas com pressão arterial sob controle e boa evolução clínica. Não há previsão de alta da UTI do hospital DFStar.

Bolsonaro tem intensificado fisioterapia motora e as medidas de reabilitação.

No domingo passado, dia 13, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de 12 horas para retirar aderências do intestino e reconstruir a parede abdominal.

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