FBI aponta Irã como responsável por ataque hacker à campanha de Trump

Internacional
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Órgãos de segurança dos Estados Unidos afirmaram nesta terça, 20, que o Irã está por trás do ataque hacker a campanha presidencial do ex-presidente Donald Trump. Na visão das autoridades, isso ocorre porque "o Irã percebe as eleições deste ano como particularmente consequentes em termos do impacto que podem ter em seus interesses de segurança nacional". O incidente, que ocorreu em 10 de agosto, foi anunciado pela equipe de Trump.

"A Comunidade de Inteligência está confiante de que os iranianos, por meio de engenharia social e outros esforços, buscaram acesso a indivíduos com acesso direto às campanhas presidenciais de ambos os partidos políticos. Essas atividades, incluindo roubos e vazamentos, têm como objetivo influenciar o processo eleitoral dos EUA", disse a declaração conjunta feita pelo Federal Bureau of Investigation (FBI, na sigla em inglês), o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) e a aAgência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (CISA).

Segundo o comunicado, não se trata de uma abordagem nova. "O Irã e a Rússia empregaram essas táticas não apenas nos Estados Unidos durante este e os ciclos eleitorais federais anteriores, mas também em outros países ao redor do mundo".

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Quatro pessoas foram conduzidas a uma delegacia na segunda-feira, 14, após ofender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Campos dos Goytacazes (RJ). Lula passava em um comboio para participar da inauguração do novo prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a comitiva de veículos foi emparelhada por um carro no acostamento. O veículo levava quatro pessoas, que proferiram ofensas contra o presidente Lula e gravaram o momento. A segurança do presidente considerou a atitude temerária e as conduziu até a delegacia para registrar a ocorrência.

A Secom não tem informações sobre se alguma das pessoas a bordo do carro ficou detida. Nesta terça-feira, 15, Lula cumpriu duas agendas oficiais no interior do estado do Rio de Janeiro. Ele visitou a fábrica de carros da Nissan, em Resende, e as obras da rodovia Presidente Dutra, na Serra das Araras.

Ao discursar durante cerimônia alusiva às obras da rodovia, ele foi interrompido na reta final da fala por um policial ferroviário na plateia, que cobrou o presidente pela regulamentação da Polícia Ferroviária Federal, promessa feita em 2009, durante o segundo mandato do chefe do Executivo federal.

Ao continuar o discurso, Lula disse que "esse companheiro levantou um tema fundamental" e que irá "pegar com ele" vídeo em que fala que regulamentação da força estava a "apenas alguns detalhes de se concretizar".

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) disse que vai acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) contra o governo dos Estados Unidos após receber um visto que lhe atribui o gênero masculino. Ela iria ao País para participar da Brazil Conference, evento organizado pela comunidade brasileira da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), mas desistiu da viagem devido à situação.

Em seu perfil no Instagram, Erika disse que o ocorrido não a surpreendeu: "Isso já está acontecendo nos documentos de pessoas trans dos EUA faz algumas semanas". Ela ressaltou que os documentos que apresentou para a emissão do visto têm seu nome e gênero retificados.

"Sou registrada como mulher inclusive na certidão de nascimento. Ou seja, estão ignorando documentos oficiais de outras nações soberanas, até mesmo de uma representante diplomática, para ir atrás de descobrir se a pessoa, em algum momento, teve um registro diferente", escreveu a parlamentar, que, em pronunciamentos à imprensa, definiu a prática como "transfobia de Estado" praticada pelos EUA.

Um visto anterior, expedido em 2023, estava em acordo com a identidade de gênero da deputada. Ao Estadão, a assessoria de imprensa da Embaixada dos Estados Unidos informou que, "de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento".

Erika Hilton afirmou que quer acionar o presidente americano Donald Trump judicialmente na ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O gabinete da parlamentar avalia articulação e trâmites para entrar com as ações.

"No fim do dia, sou uma cidadã brasileira, e tenho meus direitos garantidos e minha existência respeitada pela nossa própria constituição, legislação e jurisprudência. Se a embaixada dos EUA tem algo a falar sobre mim, que falem baixo, dentro do prédio deles", declarou a parlamentar em publicação na rede social.

Durante a campanha presidencial, Trump prometeu restringir os direitos das pessoas transgênero nos EUA. No primeiro dia de governo, assinou a ordem executiva mencionada pela Embaixada, que exige que o governo federal aceite apenas masculino ou feminino como definições de sexo e não peça informações sobre identidade de gênero.

Isso se reflete em documentos oficiais, como passaportes, e em políticas, como a designação dos presos em penitenciárias federais e acesso da população trans a serviços de saúde.

Os Estados Unidos também suspenderam a emissão de passaportes com a marcação de gênero "X" para pessoas que se identificam como não-binárias. A medida havia sido aprovada pelo governo de Joe Biden em 2022.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 16, que fazer política envolve pensar em um propósito social e afirmou que não faria parte de qualquer projeto político. Ele concede entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil.

"Eu não faria parte de qualquer projeto político mesmo. Você é político? Qual é o projeto? Pra fazer o quê? Sim. De novo, né? É projeto? Qual é o projeto? Ah, é esse projeto. Bom, então conta comigo. Então, pra mim, a minha vida pública é isso. Qual é o projeto? O que nós estamos fazendo aqui? Ah, mas você vai ser ministro? Mas pra quê? De quê?", exemplificou o ministro.

Haddad contou que o convite para assumir o Ministério da Fazenda foi feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante um encontro no Egito. O ministro disse que aceitou o cargo ao expor ao presidente quais seriam suas ideias à frente da pasta, como a proposta de buscar justiça social por meio da ampliação da isenção do imposto de renda.

"Ele falou: 'e aí? Eu tô pensando em você pra Fazenda. Você tá afim?' A gente tem muita tranquilidade em conversar um com o outro. Eu falei: 'presidente, a gente vai ficar ruim se um dia você me demitir. Fui candidato a presidente. Vou ser seu ministro. Já fui seu ministro. Vamos fazer o seguinte. Deixa eu falar o que eu tô pensando. Se o senhor topar, aí eu aceito'", disse Haddad.