Sidebar

13
Ter, Mai
496 Noticias Novas

Ucrânia renova apelo ao Ocidente para aprovar ataques de longo alcance em território da Rússia

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A Ucrânia fez um novo apelo neste sábado, 14, ao Ocidente para permitir ataques mais profundos na Rússia, depois que uma reunião entre os líderes dos EUA e do Reino Unido no dia anterior não produziu nenhuma mudança visível em sua política sobre o uso de armas de longo alcance.

O apelo renovado ocorreu quando Kiev disse que a Rússia lançou mais ataques de drones e artilharia na Ucrânia durante a noite. "O terror russo começa em depósitos de armas, campos de aviação e bases militares dentro da Federação Russa", disse o conselheiro presidencial ucraniano Andriy Yermak. "A permissão para atacar profundamente a Rússia acelerará a solução." Fonte: Associated Press.

Em outra categoria

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira, 12, o pedido da defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para que o julgamento contra ela fosse interrompido até que a Câmara dos Deputados decida se deve ou não suspender a ação penal. Conforme Moraes, o artigo 53 da Constituição Federal, que serviu de base para suspender o processo contra Alexandre Ramagem (PL-RJ), também não se aplica ao caso da parlamentar.

"Nenhum dos requisitos constitucionais para a aplicação do parágrafo 3º, do artigo 53 da Constituição Federal está presente", diz a decisão de Moraes. Para o ministro, como os crimes atribuídos a ela pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ocorreram antes de sua diplomação para o atual mandato, o artigo citado por sua defesa não pode ser evocado. O ministro também destacou que a fase de instrução do processo já foi concluída, e o julgamento final já está em curso, o que elimina a possibilidade de intervenção por parte da Câmara.

A defesa de Zambelli pleiteava que a Câmara realizasse o mesmo procedimento adotado recentemente em relação ao deputado Ramagem. Na ocasião, a maioria dos parlamentares aprovou a suspensão da ação penal ligada à suposta tentativa de golpe. Contudo, a Primeira Turma do STF determinou que tal suspensão só poderia beneficiar Ramagem e apenas em relação aos delitos que teriam ocorrido após sua diplomação, deixando de fora outros acusados pelo ataque aos três poderes de 8 de janeiro de 2023, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No despacho emitido na segunda-feira, Moraes afirmou: "Inaplicável a incidência do parágrafo 3º do artigo 53 do texto constitucional à deputada Carla Zambelli, pois além de iniciado o julgamento para decisão final, como bem salientado pelo Ministro Flávio Dino, 'o Poder Legislativo somente pode pretender suspender as ações contra parlamentares que tiverem como objeto de apuração crimes supostamente cometidos após a diplomação do mandato em curso'".

Na petição enviada ao STF na segunda-feira, a defesa informou que o Partido Liberal (PL) enviou um ofício ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em 29 de abril, solicitando a análise da ação penal, mas que até o momento não houve deliberação sobre o pedido.

A Constituição estabelece que, quando uma denúncia contra um parlamentar diz respeito a crimes cometidos após sua diplomação, o Legislativo pode decidir pela suspensão do processo, medida que vigora durante o mandato. Após o pedido de sustação, a Casa tem até 45 dias para deliberar.

Na mesma ação que julga Zambelli, já foi formada maioria de votos no STF para condenar o hacker Walter Delgatti a oito anos de prisão. Caso o julgamento fosse interrompido, a medida beneficiaria apenas a parlamentar.

Segundo a PGR, Zambelli e Delgatti foram responsáveis pela criação e inserção de documentos falsificados no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), incluindo um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, forjado como se tivesse sido assinado pelo próprio magistrado. O documento foi registrado no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ.

O voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, foi favorável à condenação, sendo acompanhado pelos ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. O julgamento agora aguarda apenas o voto de Luiz Fux.

A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional protocolou, nesta segunda-feira, 12, um requerimento pedindo a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A proposta teve a adesão de 223 deputados e 36 senadores - a maioria deles do Centrão e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas conta até com a assinatura de seis deputados do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin.

O número mínimo de assinaturas (171 na Câmara dos Deputados e 27 no Senado Federal) já tinha sido alcançado na semana anterior, mas a responsável pela coleta na Câmara, Coronel Fernanda (PL-MT), queria reunir mais assinaturas para dar mais corpo. Damares Alves (Republicanos-DF) foi a responsável pela coleta na outra Casa.

"A investigação das fraudes no INSS é necessária para proteger os direitos dos aposentados e pensionistas, recuperar recursos desviados, responsabilizar os envolvidos, corrigir falhas institucionais, restaurar a confiança pública e prevenir novos crimes contra o sistema previdenciário brasileiro", diz o texto da CPMI. Cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), dar seguimento ou não.

Na ala mais governista, nenhum deputado do PT, PDT e PSOL assinou o texto. Só seis deputados do PSB - os deputados Heitor Schuch (RS), Tabata Amaral (SP), Luciano Ducci (PR), Duarte Jr. (MA) e Flávio Arns (PR) e o senador Chico Rodrigues (RR) - aderiram ao requerimento.

A oposição vem movendo a investigação contra o esquema de cobranças irregulares que soma R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024 como uma das principais pautas neste momento. O grupo á tinha protocolado o requerimento para a criação de uma CPI na Câmara no final de abril.

Na Câmara, oposicionistas veem maior dificuldade para a proposta avançar, já que há mais de uma dezena de requerimentos para a criação de outras CPIs. Como alternativa, o grupo resolveu investir numa CPMI, para driblar a fila.

O ato para oficializar a abertura da comissão de inquérito pode ser lido em uma sessão do Congresso Nacional, a ser realizada no dia 27 de maio. A oposição já driblou o controle da Câmara em 2023, com a CPMI do 8 de Janeiro, que acabou frustrada e sob controle do governo.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar nesta quarta-feira, 14, a proposta de emenda à Constituição que extingue a reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos. O texto também propõe o aumento do tempo de mandato: cinco anos para os chefes do Executivo e dez anos para senadores.

A reunião para debater a PEC 12/2022, às 9h, contará com cinco itens na pauta. De acordo com o autor da proposta, senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), a intenção é garantir que candidatos a cargos do Poder Executivo tenham "uma maior oportunidade de competir em condições mais igualitárias, sem a vantagem dos atuais ocupantes do cargo".

O texto também menciona que, para a sociedade, "a proposta pode promover a renovação política, permitindo o surgimento de novas lideranças e ideias, além de proporcionar um período maior para a implementação de programas de governo".

Caso aprovada, a proposta prevê que atuais membros do Executivo terminem seus atuais mandatos e, se estiverem no primeiro mandato, possam se candidatar à reeleição uma última vez. Para o sistema eleitoral, a mudança pode exigir ajustes nos calendários e processos eleitorais.

A proposta de Marcelo Castro (MDB-PI) prevê ainda a unificação das eleições para todos os cargos no país a cada cinco anos - tanto no Executivo quanto no Legislativo. Segundo o relator, a medida deve gerar economia de recursos públicos e mais previsibilidade.

A votação da PEC 12/2022 estava prevista para a última quarta-feira, 7, mas foi adiada após um pedido de vista da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Na nova reunião, além desta proposta, o CCJ também vai debater projeto de lei (PL) 5.490/2023, que acaba com a fiança para os crimes relacionados à prática da pedofilia, o PL 2.326/2022, que concede porte de arma de fogo aos integrantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o PL 3.786/2021, que tipifica os crimes de lesão corporal e homicídio relacionados ao trafico.