Milei vai ao Congresso argentino pessoalmente apresentar o Orçamento de 2025

Internacional
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O presidente da Argentina, Javier Milei, apresentou o Orçamento de 2025 ao Congresso na noite do domingo, 15. A peça orçamentária reflete a promessa de Milei de acabar com o déficit fiscal crônico do país e promete render novos embates com os parlamentares.

 

Em uma iniciativa sem precedentes, o presidente fez a apresentação pessoalmente, ao invés de delegar a função ao ministro da Economia, como ocorre tradicionalmente. No discurso, Milei relembrou o histórico de má gestão macroeconômica do país e prometeu vetar qualquer medida que comprometa a dura estratégia de austeridade.

 

"A pedra basal deste Orçamento é a primeira verdade da macroeconomia, uma verdade que durante muitos anos foi relegada na Argentina: o déficit zero", disse Milei aos parlamentares. "Administrar é sanear o balanço do Banco Central e desativar a bomba da dívida que herdamos."

 

Milei foi interrompido várias vezes com aplausos por parlamentares aliados. Por outro lado, muitos oposicionistas boicotaram a apresentação. Fonte: Associated Press.

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que é preciso encontrar uma reformulação para o PSDB e que aguarda a decisão da sigla sobre a possível fusão com o PSD. "Tenho muito orgulho desse partido. Mas é verdade que os caminhos se estreitam para o PSDB por uma série de fatores", afirmou durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

Reafirmando suas intenções de ser candidato à Presidência da República em 2026, Leite disse que vai primeiro aguardar as definições do PSDB. Para o governador, o enfraquecimento do partido tem raízes em questões como "erros de lideranças em processos recentes". "Perdeu o protagonismo, foi perdendo o espaço e se torna muito difícil permanecer no formato que está", disse.

Sobre a possível mudança para o PSD, confirmou diálogos com o presidente da sigla, Gilberto Kassab. "O PSD é um partido que de fato se tornou grande e que, inclusive, tem muitos dos tucanos que ao meu lado estiveram em muitos momentos", apontou. Para o governador, há a visão de que no PSD pode haver muitas pessoas que pensam como ele e têm os mesmos objetivos para o País.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), rebateu as acusações de que sua gestão tem sido lenta para utilizar recursos federais enviados para socorrer o Estado após as enchentes de 2024. Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, o governador disse que as críticas vindas da "bancada do PT" é "política pura" e "absolutamente inoportunas".

O fundo criado oficialmente em dezembro do ano passado conta com R$ 6,5 bilhões para obras contra enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo Eduardo Leite, a aplicação desses recursos demanda uma série de ritos burocráticos por serem voltados a obras complexas. "É uma mentira que o recurso está parado porque o governo (do RS) não está se mexendo. Está parado porque tem uma etapa até a execução das obras."

O governador disse que não aceita que o governo federal, que em suas palavras "não conseguiu construir uma casa" após o desastre climático do ano passado, venha criticá-lo por demora em obras complexas como a construção de diques, as barreiras contra enchentes. Para Leite, as críticas visam a disputa eleitoral de 2026.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a intimação do líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), para que preste informações em 48 horas sobre declarações em relação às emendas parlamentares de comissão, verbas do Orçamento distribuídas entre os colegiados permanentes e temáticos da Câmara.

Conforme o Broadcast Político havia mostrado, o líder do PL na Câmara disse a jornalistas na noite da quarta-feira, 23, que poderia declarar o rompimento com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) caso não seja pautado o requerimento de urgência para a anistia aos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Na ocasião, Sóstenes disse que o PL pode tomar para si o controle da totalidade das emendas das comissões que preside, como Saúde, Agricultura e Turismo. De acordo com o parlamentar, há um acordo de líderes em que os partidos têm direito sobre 30% das emendas de comissões que presidem, enquanto os outros 70% ficam divididos entre as outras bancadas. Se o PL descumprir esse acordo, poderá gerir 100% dessas emendas.

"Eu não quero fazer isso, mas, se for necessário esticar a corda e colocar a corda no pescoço, o rompimento até nisso pode afetar", declarou Cavalcante a jornalistas. "Não queremos fazer isso. Se ele (Hugo Motta) romper conosco, podemos chegar nessa medida extrema", disse.

Em decisão neste domingo, 27, Dino diz que as declarações "poderiam indicar que

emendas de comissão estariam novamente em dissonância com a Constituição Federal e com a Lei Complementar nº 210/2024". O ministro também diz constatar que são "imprescindíveis" esclarecimentos sobre a questão.

"Esses esclarecimentos, ora requisitados, associam-se ao dever do Relator de assegurar o fiel cumprimento do Acórdão do Plenário do STF, no tocante ao fim de qualquer modalidade de 'orçamento secreto'", escreveu Dino na decisão. "O mesmo dever de observância emerge da homologação, pelo plenário do STF, do Plano de Trabalho apresentado a esta Corte pelos Poderes Legislativo e Executivo", prossegue.

"Ante o exposto, intime-se o citado parlamentar Sóstenes Cavalcante para que apresente as indispensáveis informações, em 48 horas, possibilitando uma melhor análise quanto a estes fatos novos revelados pelo multicitado líder partidário", determina Dino. "Após as informações a serem prestadas pelo Deputado Federal, venham os autos conclusos para a análise de novas medidas eventualmente necessárias."

A reportagem procurou Sóstenes e ainda não obteve resposta. O líder do PL segue com a pressão na Câmara para que a anistia seja pautada, mas, na quinta-feira, 24, Hugo Motta declarou à imprensa que não deve colocar o tema em votação na próxima semana.