Prefeito de Nova York é indiciado após investigação de corrupção, diz jornal

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O prefeito de Nova York, Eric Adams, foi indiciado em meio a investigações sobre corrupção conduzidas por autoridades federais, de acordo com o jornal The New York Times. Não estão claras quais acusações pesam contra ele.

De acordo com a publicação, Adams é o primeiro prefeito da maior cidade dos Estados Unidos a ser acusado criminalmente enquanto ainda ocupa o cargo. Embora detalhes do processo não estejam claros, o político é investigado há vários meses por envolvimento em doações ilegais que teriam sido feitas à sua campanha, em 2021. Agentes do FBI, a polícia federal americana, também investigam as conexões do democrata com autoridades da Turquia, país em que ele esteve ao menos seis vezes.

Uma das frentes da investigação apura se Adams pressionou funcionários públicos de Nova York para que autorizassem a construção do novo edifício do consulado da Turquia. Também investiga o papel de uma empresa do setor de construção, cujos proprietários são imigrantes turcos, que organizou um evento para arrecadação de fundos à campanha eleitoral do democrata. No ano passado, policiais chegaram a apreender e vasculhar dispositivos eletrônicos do político.

Ainda segundo o New York Times, detalhes das acusações devem vir a público nesta quinta-feira, 25, quando Adams comparecerá a um tribunal.

Adams se declara inocente

Em vídeo, Adams afirmou que, caso as acusações tenham sido feitas, elas seriam "inteiramente falsas e baseadas em mentiras". Ele disse que não vai renunciar. "Se eu for acusado, eu sei que sou inocente. Solicitarei um julgamento imediato para que os nova-iorquinos possam ouvir a verdade", disse.

Adams ainda disse que as acusações "não seriam surpreendentes" com base nos "vazamentos e rumores" que teriam o objetivo de minar sua credibilidade. A despeito dos pronunciamentos, adversários e até correligionários do político já pedem sua renúncia.

"O caminho mais apropriado é que ele renuncie para que a cidade de Nova York possa obter o foco total que sua liderança exige", escreveu na plataforma X o democrata Brad Lander, que pretende representar o partido nas próximas eleições para prefeito da cidade.

Adams, que é ex-policial, já havia negado irregularidades em outras ocasiões. Em agosto, seus advogados disseram em nota que uma investigação conduzida pela equipe de defesa do político não havia encontrado evidências de conduta ilegal por parte do democrata.

"Pelo contrário, identificamos provas extensas que minam as teorias relatadas da acusação federal contra o prefeito, as quais compartilhamos voluntariamente com o procurador dos EUA", escreveram Brendan McGuire e Boyd Johnson, dois dos advogados do prefeito.

A maior cidade dos EUA atravessa um momento administrativo turbulento. Nos últimos dias, várias pessoas próximas ao prefeito renunciaram. O comissário de polícia Edward Caban pediu demissão em 12 de setembro, uma semana depois que agentes do FBI apreenderam seu celular. Dias depois, a principal assessora jurídica de Adams também deixou o cargo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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Em meio ao debate sobre uma possível anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu prisão domiciliar a, pelo menos, seis pessoas sentenciadas por tentativa de golpe de Estado somente neste mês. As decisões se baseiam, principalmente, em laudos médicos que apontam condições graves de saúde ou no tempo de prisão preventiva já cumprido pelos réus.

O caso mais recente é o de Sérgio Amaral Resende, condenado a 16 anos e 6 meses de prisão por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Ele também foi condenado, solidariamente com outros réus, ao pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos.

Resende cumpria pena na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, e teve a prisão convertida após sua defesa apresentar laudos que apontam sepse, necrose na vesícula e sequelas nos rins, pâncreas e fígado.

"O sentenciado no mês de fevereiro de 2025 teve alta do hospital do Paranoá, e não tem condições de permanecer no sistema prisional para tratar a sua saúde", diz o documento enviado ao STF.

A decisão favorável foi concedida na sexta-feira, 18. Ele é o terceiro nome da lista da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav) a obter o benefício por razões médicas.

Antes dele, Jorge Luiz dos Santos e Marco Alexandre Machado de Araújo também tiveram a pena convertida. Jorge Luiz apresentou laudo que indicava necessidade de cirurgia cardíaca. A defesa informou que ele sofre de hipertensão arterial grave e sopro cardíaco de grau 6, com pressão arterial fora de controle. Moraes autorizou a prisão domiciliar em 15 de abril.

Marco Alexandre estava preso desde abril de 2023. Segundo a Asfav, ele desenvolveu transtornos psicológicos durante a detenção, foi internado na ala psiquiátrica do presídio e atualmente faz uso de medicamentos para depressão. O benefício foi concedido em 11 de abril.

Na mesma data, Cláudio Mendes dos Santos e Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior também obtiveram o direito à prisão domiciliar. No dia 13, a medida foi estendida ao indígena Helielton dos Santos.

As concessões de Moraes vêm acompanhadas de medidas cautelares: tornozeleira eletrônica, proibição de acesso a redes sociais (inclusive por terceiros), impedimento de contato com outros envolvidos nos ataques, veto à concessão de entrevistas - salvo autorização expressa do STF - e restrição de visitas a advogados, pais, irmãos e pessoas previamente autorizadas pelo Tribunal.

As decisões recentes ocorrem após a repercussão do caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos.

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A comoção gerada por seu caso motivou manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que passaram a alegar desproporcionalidade na pena. Parte das críticas, porém, ignorava os crimes pelos quais ela foi efetivamente condenada, reduzindo sua participação ao gesto simbólico.