EUA analisam atacar instalações de petróleo do Irã; preço do barril sobe

Internacional
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O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quinta-feira, 3, que está analisando com Israel possíveis ataques contra refinarias petrolíferas iranianas em retaliação aos ataques com mísseis de terça-feira. "Sim, estamos discutindo. Acho que isso seria um pouco, de qualquer forma...", disse, sem completar o raciocínio. O mercado reagiu com nervosismo e os preços do barril subiram mais de 4%. O Brent chegou a US$ 77 o barril pela primeira vez em um mês.

O Irã é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, produzindo cerca de 2 milhões de barris por dia, ou 2% do suprimento global. A produção, porém, tem sido prejudicada por sanções internacionais, e a maior parte de suas exportações é comprada pela China.

Uma eventual ofensiva às refinarias iranianas poderia fazer o preço disparar ainda mais, o que teria um impacto inflacionário nos quatro cantos do mundo, impacto que poderia respingar nas eleições americanas, em novembro - a candidata de Biden, Kamala Harris, luta para se desvencilhar dos meses de inflação alta nos EUA após a pandemia.

Um dia antes, o presidente afirmou ser contra um ataque a instalações nucleares do Irã, dizendo apenas que os israelenses deveriam reagir "de maneira proporcional", sem dar mais detalhes. Os comentários de Biden foram feitos no momento em que Israel intensifica suas operações militares em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano e na Síria, o que já pressiona o preço do petróleo.

A principal preocupação da Casa Branca é que a escalada do conflito possa levar Teerã a tentar restringir o fluxo de petróleo dos principais exportadores, como Arábia Saudita e Emirados Árabes.

Diplomacia

Em junho, um acordo entre Arábia Saudita e sete países produtores previa a reversão de cortes na produção, o que ajudaria a estabilizar os preços. A mera expectativa de uma oferta maior tem ajudado a compensar a preocupação com interrupções decorrentes dos conflitos entre Irã e Israel.

Logo após as declarações de Biden, o Irã ameaçou quem ajudar Israel. "Se qualquer país prestar assistência ao agressor, ele também será considerado cúmplice e alvo legítimo", declarou a missão iraniana na ONU. As advertências foram feitas no momento em que o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, busca garantias de neutralidade de países da região em caso de guerra. Ontem, ele esteve no Catar, em uma cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo.

Embora não tenha ameaçado atacar instalações de petróleo no Golfo, Pezeshkian alertou que os interesses dos "apoiadores de Israel" seriam alvo, no caso de envolvimento direto. Nos bastidores, ele se reuniu com o chanceler saudita, Faisal bin Farhan.

"Pretendemos encerrar para sempre as divergências com o Irã e desenvolver relações amistosas", disse Farhan. Recentemente, Riad afirmou que não haverá normalização diplomática com Israel sem a criação de um Estado palestino. O Irã, xiita, e Arábia Saudita, sunita, são rivais históricos e a aproximação entre os dois, embora improvável, tem potencial para mudar a geopolítica do Oriente Médio. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta. Segundo o boletim médico divulgado nesta segunda-feira, 21, ele apresenta "boa evolução clínica" e pressão controlada. Ainda não há previsão de alta.

O novo relatório médico informou que o ex-presidente segue em jejum oral, se alimentando via corrente sanguínea.

A equipe médica afirmou que Bolsonaro continua intensificando as sessões de fisioterapia motora e outras medidas de reabilitação.

Ele apresentou um episódio de alteração na pressão arterial, de acordo com o boletim do último sábado, 19.

Jejum de orações convocado por Michelle

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou no domingo, 20, um jejum e orações em prol da recuperação o marido. Michelle pediu que os apoiadores do ex-presidente comecem o jejum nesta segunda-feira, estendendo o sacrifício até o próximo dia 28.

"Convoquem seus líderes, familiares e amigos", disse a ex-primeira-dama.

A cirurgia

Bolsonaro passou por uma cirurgia de cerca de 12 horas no último dia 13 para desobstruir uma dobra no intestino delgado que dificultava seu trânsito intestinal.

Segundo a equipe médica responsável pelo procedimento, o pós-operatório deverá ser "prolongado".

O ex-presidente foi atendido com urgência na sexta-feira, 11, após sentir fortes dores abdominais durante um evento do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi levado de helicóptero a um hospital em Natal e, na noite do sábado seguinte, transferido para Brasília em uma aeronave equipada com UTI aérea.

Mensagem sobre o papa Francisco

Nesta segunda-feira, Bolsonaro lamentou na rede X a morte do papa Francisco. "O mundo e os católicos se despedem daquele que ocupava uma das figuras mais simbólicas da fé cristã: o Papa. Mais que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã de valores espirituais que moldaram civilizações. Para o Brasil e o mundo, a figura do Papa sempre foi sinal de unidade, esperança e orientação moral. Sua partida nos convida à reflexão e à renovação da fé, lembrando-nos da força da espiritualidade como guia para tempos de incerteza."

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou neste domingo, 20, um jejum e orações em prol da recuperação o marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Michelle pede que os apoiadores do ex-presidente comecem o jejum nesta segunda-feira, 21, estendendo o sacrifício até o próximo dia 28. "Convoquem seus líderes, familiares e amigos", disse a ex-primeira-dama.

Serão 7 dias de clamor", afirmou ela, em sua conta no Instagram, que inclui uma mensagem religiosa na mensagem.

Novo boletim medico divulgado aponta que o ex-presidente segue sem alimentação oral, mas com pressão arterial sob controle e boa evolução clínica. Não há previsão de alta da UTI do hospital DFStar.

Bolsonaro tem intensificado fisioterapia motora e as medidas de reabilitação.

No domingo passado, dia 13, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de 12 horas para retirar aderências do intestino e reconstruir a parede abdominal.

Foi a sétima desde o episódio em o ex-presidente, na época candidato ao Planalto, foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, em 6 de setembro de 2018, durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (PB), participa na segunda-feira, 21, Dia de Tiradentes, de eventos em Minas Gerais ao lado do governador Romeu Zema (Novo) e do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG).

O dia de Motta vai começar às 9 horas, em Ouro Preto. O presidente da Câmara vai participar da cerimônia da Medalha da Inconfidência 2025, a convite de Zema.

O governador de Minas tenta pavimentar um caminho para a eleição presidencial de 2026 e é a favor da anistia para os condenados do 8 de Janeiro - tema que Motta deve enfrentar nas próximas semanas.

Ainda pela manhã da segunda-feira, Motta vai partir para São João del-Rei, para integrar as homenagens pelo 40º aniversário do falecimento do presidente Tancredo Neves. O deputado foi convidado pelo colega Aécio Neves.

A segunda agenda de Motta contará com três eventos: às 11h45, ele participa da visita ao túmulo do ex-presidente; às 12h30, da reabertura do Memorial Tancredo Neves, e às 13h15 de um almoço no Solar do Presidente.