Furacão Milton está chegando à Flórida, com risco de provocar grandes danos

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O furacão Milton se fortaleceu enquanto atravessava o Golfo do México em direção à Flórida, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 9, e pode atingir o Estado com grandes ondas de tempestade, chuvas intensas e ventos fortes.

"Milton tem o potencial de ser um dos furacões mais destrutivos já registrados para o centro-oeste da Flórida", alertou o Centro Nacional de Furacões.

Milton, que voltou ao status de categoria 5 na tarde de terça-feira, 8, está ameaçando a área de Tampa Bay, que abriga mais de 3,3 milhões de pessoas. A região não é impactada diretamente por um grande furacão há mais de 100 anos.

Milton também está ameaçando outras áreas da costa oeste da Flórida que foram devastadas quando o furacão Helene atingiu a costa em 26 de setembro deste ano.

O tráfego estava intenso na quarta-feira, enquanto as pessoas fugiam da área de Tampa antes da chegada de Milton. Equipes ao longo da costa se apressavam para limpar os destroços deixados por Helene para que Milton não os transformasse em projéteis perigosos.

Onde está o furacão Milton?

Milton estava centrado a cerca de 485 quilômetros a sudoeste de Tampa, na Costa do Golfo da Flórida, no início desta quarta-feira, com ventos máximos sustentados de 260 km/h, informou o centro de furacões.

Ele se movia em direção ao nordeste a 22 km/h no início da quarta-feira, e espera-se que continue nessa direção com um aumento na velocidade de avanço até a noite de quarta-feira.

Quando Milton deve chegar ao solo?

Segundo o Centro Nacional de Furacões, Milton deve atingir a terra na noite de quarta-feira, 9, ou início de quinta-feira, 10.

Quão graves podem ser os danos?

A costa do Golfo da Flórida é especialmente vulnerável à maré de tempestade. Helene atingiu cerca de 240 quilômetros ao norte de Tampa e causou mortes por afogamento na área devido às marés de tempestade de cerca de 1,5 a 2,5 metros acima dos níveis normais. Com Milton, os meteorologistas alertam sobre uma possível maré de tempestade de 3 a 4,5 metros em Tampa Bay. Com informações da Associated Press.

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar nesta quarta-feira, 14, a proposta de emenda à Constituição que extingue a reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos. O texto também propõe o aumento do tempo de mandato: cinco anos para os chefes do Executivo e dez anos para senadores.

A reunião para debater a PEC 12/2022, às 9h, contará com cinco itens na pauta. De acordo com o autor da proposta, senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), a intenção é garantir que candidatos a cargos do Poder Executivo tenham "uma maior oportunidade de competir em condições mais igualitárias, sem a vantagem dos atuais ocupantes do cargo".

O texto também menciona que, para a sociedade, "a proposta pode promover a renovação política, permitindo o surgimento de novas lideranças e ideias, além de proporcionar um período maior para a implementação de programas de governo".

Caso aprovada, a proposta prevê que atuais membros do Executivo terminem seus atuais mandatos e, se estiverem no primeiro mandato, possam se candidatar à reeleição uma última vez. Para o sistema eleitoral, a mudança pode exigir ajustes nos calendários e processos eleitorais.

A proposta de Marcelo Castro (MDB-PI) prevê ainda a unificação das eleições para todos os cargos no país a cada cinco anos - tanto no Executivo quanto no Legislativo. Segundo o relator, a medida deve gerar economia de recursos públicos e mais previsibilidade.

A votação da PEC 12/2022 estava prevista para a última quarta-feira, 7, mas foi adiada após um pedido de vista da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Na nova reunião, além desta proposta, o CCJ também vai debater projeto de lei (PL) 5.490/2023, que acaba com a fiança para os crimes relacionados à prática da pedofilia, o PL 2.326/2022, que concede porte de arma de fogo aos integrantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o PL 3.786/2021, que tipifica os crimes de lesão corporal e homicídio relacionados ao trafico.

O deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil) conseguiu as 32 assinaturas necessárias para pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) com o objetivo de investigar descontos indevidos em aposentadorias e pensões e fraudes em empréstimos consignados no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Embora as fraudes tenham ocorrido em todo o Brasil, Zacarias, que é vice-líder do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), justifica que a CPI investigará irregularidades cometidas por sindicatos, entidades e pessoas físicas sediadas em São Paulo.

Cabe ao presidente da Alesp, André do Prado (PL), outro aliado do governador, decidir pela instalação da CPI e pedir que os líderes indiquem os membros do colegiado. Procurada, a assessoria de imprensa da Alesp disse que o pedido entra na fila, indicando que a instauração da CPI pode demorar.

O Legislativo não soube dizer imediatamente qual o tamanho da fila. Neste momento não há nenhuma CPI em andamento na Alesp. O regimento interno da Casa permite o funcionamento de cinco delas simultaneamente.

O escândalo das fraudes do INSS tem desgastado o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas semanas e causou a queda do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), e do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto.

A oposição conseguiu assinaturas suficientes para instalar uma CPI sobre o assunto na Câmara dos Deputados, mas integrantes do Centrão consideram a iniciativa enterrada. Eles acreditam que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não tem interesse em criar o colegiado, como mostrou a Coluna do Estadão.

A aposta da oposição, agora, está na criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que envolve deputados e senadores. Além das assinaturas necessárias, a CPMI só será instalada após ato do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), aliado de Lula.

As fraudes no INSS ganharam destaque após a Operação Sem Desconto realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União no mês passado. A investigação apontou que o prejuízo a aposentados e pensionistas podem chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e maio de 2024.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, recebeu nesta quarta-feira, 7, a oficial de Justiça Cristiane Oliveira, responsável por entregar a intimação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele estava hospitalizado.

Na reunião, Barroso defendeu a atuação da oficial de Justiça e destacou que a Corte vai considerar medidas para reforçar a proteção ao trabalho dos oficiais de Justiça.

"Somos solidários e estamos ao lado de vocês para garantir o apoio e o suporte necessários para o cumprimento das funções, que são essenciais ao Supremo Tribunal Federal", disse Barroso em nota divulgada pelo STF.

Cristiane Oliveira foi a encarregada de intimar Bolsonaro há cerca de duas semanas, enquanto o ex-presidente estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A intimação era sobre a ação penal a qual Bolsonaro e outras sete pessoas respondem por uma suposta tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente registrou o momento em vídeo e reclamou da abordagem no hospital.

Também presente no encontro, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conversou com a oficial de Justiça sobre a influência do machismo na repercussão do caso.

O Supremo havia orientado que a intimação ocorresse em uma data na qual Bolsonaro pudesse ser abordado pela oficial de Justiça. Contudo, como o ex-presidente participou de uma live no dia anterior, a Corte entendeu que havia condições para que a notificação fosse feita.