“Malês” é exibido no Cine Alvorada e Camila Pitanga recebe Ordem do Mérito Cultural durante a sessão especial

Cultura
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O Palácio da Alvorada recebeu no sábado (6) uma sessão especial de “Malês”, longa-metragem dirigido por Antônio Pitanga que retrata a Revolta dos Malês, ocorrida em 1835, em Salvador/BA. Aproveitando a exibição e a presença de parte do elenco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, entregaram a Ordem do Mérito Cultural (OMC) à atriz Camila Pitanga, que participa do filme. 

Considerado o maior levante organizado por pessoas escravizadas no Brasil, a Revolta dos Malês é revisitada no cinema com uma narrativa que conecta memória, resistência e identidade cultural. A ministra da Cultura reforçou a relevância atual da obra. “É sempre muito especial quando celebramos o cinema brasileiro, sobretudo obras que trazem nossa história à tona. Malês resgata um levante fundamental para compreender a luta do povo negro por liberdade e, ao mesmo tempo, nos brinda com o talento desse elenco, em especial de um dos grandes mestres do cinema nacional, Antônio Pitanga”, disse. 

Nesta edição do Cine Alvorada, o presidente Lula e a primeira-dama Janja Lula da Silva receberam parte do elenco e da equipe criativa do filme, incluindo Antônio e Camila Pitanga, Edvana Carvalho, Rodrigo de Odé, Heraldo de Deus, Samira Carvalho, a roteirista Manuela Dias, o produtor Flávio Ramos Tambellini e o distribuidor Jean Thomas Bernardini. Além das ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro da Educação, Camilo Santana, o presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, a deputada federal Benedita da Silva, o deputado federal Lindbergh Farias, entre outros convidados e convidadas.

Um chamado da história

No longa, Antônio Pitanga interpreta Pacífico Licutan, um dos líderes da revolta, que reforçava a união entre diferentes tribos e religiões na luta pelo fim da escravidão. Para ele, trazer essa história para o cinema é também um ato de resistência. “O século XIX foi marcado por acontecimentos que mudaram o Brasil: a independência, a abolição, a república e os levantes populares. A Revolta dos Malês é um desses episódios fundamentais, mas pouco ensinado nas escolas”, destacou o diretor. “Esse filme mostra que os negros não foram apenas vítimas, mas sujeitos ativos que sonhavam, lutavam e construíam um país melhor. É uma história de resistência, de democracia e de esperança”.

Camila Pitanga, que interpreta Sabina no filme, enfatiza a ideia atemporal da obra. “Malês é um convite para pensarmos o Brasil de ontem e o de hoje. A revolta fala de insurgência, de sabedoria, de coalizão e de resistência. Nós, negros e negras, somos protagonistas da nossa história. Esse filme precisa ir além porque ele provoca, convoca e inspira”.

A força da memória no cinema

Também presente no Cine Alvorada, a roteirista Manuela Dias afirmou a magnitude de trazer a Revolta dos Malês para as telas. “O cinema brasileiro tem o poder de nos fazer pensar nossa própria história. Contar esse levante é fundamental porque ele não pertence apenas à Bahia, mas a todo o Brasil”, reitera. “Esse filme mobilizou artistas incríveis e só foi possível graças a investimentos que garantem que nossas histórias sejam contadas e cheguem ao público. Sem memória não construímos um futuro diferente. A arte nos permite ver o Brasil”.

O ator Rodrigo de Odé destacou que a obra promove autoestima e pertencimento. Para ele, o longa amplia a compreensão da força simbólica da população negra, ao mostrar personagens que, apesar da escravidão, emergem com afeto e resiliência. “Trazer essa história para o cinema é enaltecer a capacidade criativa da população negra. O filme mostra como, mesmo diante da degradação, essas pessoas resistiram e se reinventaram. O cinema tem esse poder de inspirar mudanças profundas, que tocam a vida de qualquer pessoa”, afirmou.

Edvana Carvalho afirmou que o filme é um marco coletivo, sobretudo pela direção de Antônio Pitanga. Ela lembrou o simbolismo de ver essa narrativa ganhar espaço nas telas de todo o país, em diálogo com políticas públicas de valorização da cultura. “Malês vem para celebrar um momento icônico, porque é a nossa história contada no cinema. E tem ainda mais força por ser dirigida pelo Pitanga, um ícone da nossa cultura. O filme mostra um Brasil que se une pela liberdade, e é disso que a gente precisa”, disse a atriz.

Já Samira Carvalho ressaltou como a obra conecta passado e futuro. Para ela, o filme é de época, mas dialoga diretamente com o presente, revelando a importância da arte como ferramenta de transformação. “Lá em 1835, os malês enfrentaram um governo que não dialogava. Hoje, poder apresentar essa narrativa em uma casa de governo mostra que a arte aponta caminhos para o amanhã. Malês ajuda a construir um novo olhar para o Brasil que queremos”, afirmou.

Heraldo de Deus reafirmou o caráter ancestral da produção e a importância de um elenco majoritariamente negro. Para o ator, esse encontro é raro e poderoso. “Dar corpo, voz e sotaque a essa história foi uma resposta ancestral. O cinema constrói imaginários e o filme fortalece o orgulho negro e brasileiro. Tivemos um encontro raro: um elenco majoritariamente negro, sob a direção de Antônio Pitanga, que é mestre e referência. Esse legado agora chega às telas como mensagem de fortalecimento da nossa identidade”, destacou.

Malês tem patrocínio da Petrobras Cultural, além do apoio de empresas públicas e privadas e recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine). O projeto também foi contemplado em editais da Lei Paulo Gustavo, viabilizada pelo Ministério da Cultura.

O elenco ainda reúne nomes como Rodrigo de Odé, Bukassa Kabengele, Heraldo de Deus, Thiago Justino, Rocco Pitanga e Samira Carvalho. O filme também conta com produção associada de Cacá Diegues e Lázaro Ramos, coprodução da Globo Filmes, Obá Cacauê Produções, Gangazumba Produções e RioFilme, e distribuição da Imovision. Sua estreia nos cinemas de todo o Brasil será no dia2 de outubro.

OMC 

Durante a cerimônia, Camila Pitanga também recebeu a Ordem do Mérito Cultural. A atriz lembrou a emoção de ver seu pai, Antônio Pitanga, receber a mesma honraria anos atrás. “É uma honra enorme receber essa medalha da ministra Margareth Menezes e do presidente Lula. Lembro quando acompanhei meu pai sendo homenageado aqui em Brasília, e, agora, como ativista da cultura, sinto que sigo os passos dele. É um reconhecimento que carrego com muita gratidão e responsabilidade”.

A Ordem do Mérito Cultural (OMC) é a maior honraria pública do Brasil, concedida pelo Ministério da Cultura (MinC) a personalidades, órgãos e entidades que se destacam por suas contribuições à cultura brasileira. Criada em 1991, a OMC recompensa a relevância de tais contribuições e foi retomada em 2025, após ser suspensa desde 2019. A condecoração divide-se nas categorias de Cavaleiro, Comendador e Grã-Cruz. A atriz Camila Pitanga foi condecorada na classe Comendadora.

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Ministro Celso Sabino e autoridades recepcionam voo internacional que simboliza a marca de 6,8 milhões de visitantes até agosto em todo o país

O Governo Federal promoveu na última quarta-feira, 17.09, uma ação no Aeroporto Internacional de Belém para celebrar o recorde histórico do recebimento de 6,8 milhões de turistas estrangeiros. O número representa entradas de janeiro à agosto em todo o país. O evento contará com a presença do ministro do Turismo, Celso Sabino, parlamentares, representantes do trade turístico e gestores estaduais e municipais.

Na ação, a capital paraense fará uma recepção especial a um voo internacional da TAP, vindo de Portugal, simbolizando o aumento da entrada desses visitantes no país, em um ano que consolida o turismo como motor do desenvolvimento econômico nacional, reforçando também o papel da capital paraense como porta de entrada da Amazônia e destino estratégico na preparação para a COP30, que será realizada em novembro próximo.

Na oportunidade será feita também, pelo Ministério do Turismo, a apresentação do Calendário Turístico Oficial do Brasil. Ao final da ação, o ministro Celso Sabino atenderá a imprensa no local para informações complementares.

Muitas vezes, não cobre o valor mínimo exigido para entrar nos principais destinos. Além disso, costuma focar apenas em emergências médicas, desconsiderando outros problemas como extravio de bagagem ou cancelamentos de passagem

O final do ano bate à porta e, a esta altura, muita gente começa a se programar. Se o objetivo é fazer uma viagem internacional, no checklist não pode faltar a contratação de um seguro. Ele é obrigatório em dezenas de países, inclusive nos destinos mais procurados. Em muitos, há até um valor mínimo estipulado.

Nesse ponto, há uma dúvida comum: para quê contratar seguro viagem se cartões de crédito costumam incluir esse benefício? Especialistas em turismo internacional alertam, porém, que nem sempre o seguro oferecido pela bandeira do cartão é suficiente. Muitas vezes, sequer abrange o valor mínimo para ingressar em alguns países. Resultado: risco de ser barrado na imigração.

Mesmo que o valor mínimo esteja de acordo, costuma haver um outro problema: a maioria dos seguros dos cartões de crédito oferece cobertura limitada, explica o especialista Hugo Reichenbach, diretor de operações da Real Seguro Viagem. “Geralmente, só despesas médicas e hospitalares, muito básicas. Até problemas comuns, como extravio de bagagem e cancelamentos ficam de fora”, alerta.

Outro perrengue: o seguro do cartão de crédito se dá pelo sistema de reembolso. Ou seja, primeiro o viajante arca com aquela despesa do problema enfrentado, para depois ser ressarcido. “Imagina a situação: estar em outro país, enfrentando uma emergência, e precisar desembolsar, no ato, uma quantia considerável. Isso gera um outro transtorno: além da situação emergencial, ter que se preocupar com dinheiro para pagar aquilo”, sublinha o especialista.

O caso pode se agravar se o seguro do cartão não for ativado. Isso não é difícil de acontecer, já que muita gente pensa que o seguro é automático. Reichenbach adverte: “Para ter o benefício, é preciso que a passagem seja comprada com o cartão de crédito. Só que às vezes a compra é feita por outros meios, seja porque custa mais que o limite, ou porque, por outros meios, o preço foi mais vantajoso”.

Segundo o diretor da Real Seguro Viagem, em média o valor do seguro dos cartões de crédito é de US$ 15 mil. Na Europa, no entanto, o mínimo exigido é de 30 mil euros. Em quase 30 países do continente, signatários do Tratado de Schengen (sobre a circulação de pessoas no continente), para entrar é preciso comprovar ter seguro viagem.

O mesmo ocorre em outras partes do planeta. Na América Latina, Cuba, Venezuela e Equador exigem seguro. É item obrigatório também no Oriente Médio (Afeganistão, Emirados Árabes, Irã, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria e Turquia). Austrália e Irlanda exigem seguro para intercambistas.

Por tudo isso, a recomendação é pela contratação de um seguro viagem especializado. “É um investimento em uma proteção indispensável. O seguro deve ser feito seja para viagem a passeio, a trabalho e mesmo para visita familiar; seja para viagens internacionais como para dentro do Brasil. É uma prevenção contra gastos inesperados. Além disso, dá tranquilidade, evitando desgaste emocional extra: o da preocupação com dinheiro, diante de uma emergência”, define o especialista.

Ademais, o seguro especializado pode ser contratado conforme o perfil do viajante. Assim, a cobertura contempla riscos inerentes às características de cada pessoa e sua viagem. Por exemplo, se está viajando com crianças, com pets; se é viagem turística convencional ou mais radical. “Com as seguradoras especializadas, tudo isso pode ser personalizado”, assinala o diretor da Real Seguro Viagem.

O ano de 2026 reserva boas oportunidades para quem gosta de viajar e aproveitar cada pausa da rotina. Serão 11 feriados nacionais com possibilidade de emendas, abrindo espaço para momentos de descanso, lazer e descobertas pelo Brasil. Seja em família, em casal ou até mesmo em uma viagem solo, os feriados prolongados se transformam em convites perfeitos para desacelerar, recarregar as energias e viver experiências únicas em diferentes destinos turísticos.

Mais do que simples datas no calendário, os feriados são a chance de unir descanso, boa gastronomia, contato com a natureza e novas vivências culturais. Planejar uma viagem para esses períodos garante não apenas uma pausa estratégica, mas também a oportunidade de conhecer lugares encantadores do país, seja em refúgios de montanha, cidades tranquilas à beira de represas ou destinos mais distantes, que surpreendem por sua autenticidade e riqueza cultural.

Entre as opções, Campos do Jordão, conhecida como "Suíça Brasileira", é sempre um destaque. A cidade encanta os visitantes com o Morro do Elefante, o Horto Florestal e o charmoso centrinho de Vila Capivari. Para quem busca conforto e estrutura completa, o Gran Paradiso Resort oferece experiências de alto padrão, enquanto o I   Com infraestrutura completa para lazer e negócios, o Matiz Vilaboim oferece piscina ao ar livre, academia, salão de beleza, sauna, salão de eventos e o Rick's Restaurante, que garante uma experiência gastronômica especial.