Cabodá é a mais nova exposição da Capela do Morumbi em que Marcia Pastore apresenta esculturas e reflexão sobre o espaço

Cultura
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A artista paulistana Marcia Pastore inaugura, em 16 de novembro, na Capela do Morumbi/Museu da Cidade de São Paulo, a instalação inédita Cabodá. A obra foi selecionada pelo 1º Edital de Artes Visuais do Museu da Cidade de São Paulo, instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Prefeitura de São Paulo, e tem origem na observação dos furos deixados pelas travessas de madeira utilizadas na construção em taipa de pilão, conhecidas como cabodás.
 

O projeto parte da estrutura da edificação, feita em taipa de pilão, para construir uma obra que conecta interior e exterior do edifício. A partir dos vazios deixados no processo construtivo, Pastore transforma elementos arquitetônicos em escultura e propõe uma reflexão sobre equilíbrio, corpo e espaço.
 

Durante o processo de erguer uma parede, essas travessas sustentam o molde enquanto o barro é compactado; quando retiradas, deixam orifícios que permanecem como marcas da ausência. A partir desses "vestígios", Pastore concebeu gangorras em ferro e argila, cada uma atravessando um dos furos originais da parede do altar. As peças se projetam entre o interior e o exterior da capela, conectadas por um mesmo eixo, mas separadas pela parede, num sistema de forças que mantém o equilíbrio sem contato visual.
 

Essa tensão invisível — entre o que sustenta e o que é sustentado — sintetiza a pesquisa da artista, marcada pela observação das estruturas físicas e simbólicas do espaço. "Sempre me interessou o modo como a arquitetura e o corpo se sustentam mutuamente. Em Cabodá, esse equilíbrio aparece entre o que é visível e o que permanece oculto. A parede da capela separa as partes, mas também as conecta. É um trabalho sobre a força que existe no que não se vê — sobre a presença que se constrói a partir da ausência".
 

Cabodá torna visível o modo como o corpo e a arquitetura se afetam mutuamente. As gangorras, apoiadas em cavaletes de alturas variáveis, configuram uma coreografia estática de pesos e contrapontos. Para que um corpo se eleve, outro precisa tocar o chão. A força de um existe apenas pela resistência do outro. A parede, por sua vez, separa e conecta, funcionando como limite e mediadora — uma membrana entre dois mundos que se equilibram sem se ver.
 

A artista realizou uma imersão em uma olaria no interior paulista para desenvolver as peças de argila que compõem o trabalho. Durante o processo, testou deformações em blocos cerâmicos industriais, batendo-os contra a parede até que perdessem as arestas e ganhassem forma cilíndrica, próxima à dos vazios da taipa. O gesto, quase performático, é tanto físico quanto simbólico: um embate entre corpo e matéria que evidencia a resistência do material e a dimensão experimental de sua prática.
 

"O trabalho acontece quando se estabelece o diálogo. Não se trata de dominar a matéria, mas de aprender com ela", sintetiza a artista.
 

Ao longo de mais de três décadas, Marcia Pastore consolidou uma trajetória singular na arte contemporânea brasileira, investigando a plasticidade dos materiais e as formas de ocupação do espaço. Sua pesquisa combina técnicas da escultura, da engenharia e da arquitetura, incorporando estruturas pré-fabricadas, prumos, roldanas e materiais maleáveis como gesso, breu e parafina.
 

A moldagem, recorrente em sua obra, é tanto procedimento construtivo quanto metáfora — um modo de convocar o público a perceber o espaço como extensão do corpo. Em Cabodá, esse princípio atinge novo grau de síntese: a escultura se confunde com a própria estrutura que a acolhe, revelando as linhas invisíveis que mantêm o edifício de pé.
 

Pastore já realizou exposições individuais em instituições como a Pinacoteca de São Paulo, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE) e a Fundação Ema Klabin. Seus trabalhos integram acervos da Pinacoteca, do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), do MAC USP e da Fundação Marcos Amaro, entre outros.
 

Em Cabodá, a artista amplia esse percurso com um trabalho de precisão formal e densidade poética. Ao transformar os vazios da taipa em corpos de argila e ferro, Pastore propõe uma escuta atenta da arquitetura e de sua memória material. O resultado é uma instalação que atravessa o tempo e o espaço, fazendo da Capela do Morumbi não apenas um cenário expositivo, mas um organismo em equilíbrio, sustentado por forças que raramente se veem, mas sempre se sentem.
 

Museu da Cidade de São Paulo

O Museu da Cidade de São Paulo, ligado ao Departamento dos Museus Municipais da Secretaria Municipal de Cultura, tem como missão refletir sobre as dinâmicas físicas e simbólicas da capital paulista, tratando a própria cidade como acervo operacional. Em uma metrópole marcada pela expansão urbana, pela multiplicidade de centralidades e pela diversidade cultural, o museu busca compreender e registrar a memória coletiva e as expressões urbanas que moldam São Paulo.
 

Originado do Departamento Municipal de Cultura criado por Mário de Andrade em 1935, o museu consolidou-se em 2018 como parte do Departamento dos Museus Municipais. Sua rede física abrange doze edificações históricas e um logradouro: Solar da Marquesa de Santos, Casa da Imagem, Chácara Lane, Casa Modernista, Casa do Butantã (Bandeirante), Casa do Caxingui (Sertanista), Sítio da Ressaca, Casa do Grito, Casa do Tatuapé, Sítio Morrinhos, Cripta Imperial, Capela do Morumbi e Beco do Pinto.
 

Com acervo composto por seis tipologias — arquitetônico, fotográfico, bens móveis, história oral, documental e bibliográfico — o Museu da Cidade promove pesquisas, exposições e debates sobre o passado, o presente e os futuros possíveis, reafirmando sua missão de gerar e socializar conhecimento sobre São Paulo para o desenvolvimento social.
 

Atuando na categoria dos museus da cidade, o Beco do Pinto e a Capela do Morumbi abrigam instalações site specific. Desde 2024, a seleção das propostas artísticas é regulamentada pelo Edital de Artes Visuais do Museu da Cidade de São Paulo.
 

SERVIÇO

Exposição: Cabodá, de Marcia Pastore
Abertura: 16 de novembro de 2025 (domingo), das 11h às 15h
Visitação: até 31 de maio de 2026
Local: Capela do Morumbi – Av. Morumbi, 5387, Morumbi, São Paulo
Horário: terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita
Realização: Museu da Cidade de São Paulo/Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa

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A travessia para a Jordânia é feita com apoio da Excursy, passando pela capital Amã, as ruínas romanas de Jerash e o ponto alto do roteiro: Petra, a cidade esculpida nas rochas rosadas e uma das 7 Maravilhas do Mundo. Para fechar com chave de ouro, o grupo visita o deserto de Wadi Rum, cenário de filmes como Lawrence da Arábia e Perdido em Marte.

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Mais do que um destino de praias perfeitas, o arquipélago convida o viajante a viver experiências autênticas, em harmonia com a natureza e o próprio ritmo da vida.

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Em Seychelles, a paisagem parece ter sido pintada com os tons mais vivos da natureza: o azul translúcido do mar, o verde das florestas tropicais e o dourado das areias finas. O país abriga espécies endêmicas, parques nacionais e reservas marinhas que convidam à imersão completa na biodiversidade local — um verdadeiro santuário natural para quem busca contato genuíno com o meio ambiente.

 

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Mais do que um destino de luxo, Seychelles é um mosaico cultural. Suas raízes africanas, europeias e asiáticas se misturam em uma identidade criola vibrante, refletida na gastronomia aromática, nas danças alegres e na hospitalidade calorosa de seu povo. A cada refeição — à base de peixes frescos, coco e especiarias — o visitante experimenta um pouco da alma local.

 

Créditos : Tourism Seychelles

Luxo com propósito

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Crédito - Michel Denousse - Tourism Seychelles

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