Pesquisa revela que 40% dos consumidores ainda não aderiram a programas de benefícios online

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A busca por vantagens nas compras online tem impulsionado a adesão dos consumidores aos programas de benefícios, uma estratégia cada vez mais presente no varejo digital. É o que aponta a pesquisa "Dados sobre o consumo e fidelização do Brasil 2025", da Neogrid, companhia especializada em tecnologia e inteligência de dados, e a Opinion Box, empresa de tecnologia e soluções de pesquisa de mercado. Entretanto, de acordo com o levantamento, 40% dos brasileiros ainda não participam de nenhum programa em lojas virtuais, o que mostra que ainda há um potencial enorme a ser explorado pelas marcas.
 

Divulgado em junho, o estudo ouviu 2.300 pessoas e trouxe informações estratégicas para os varejistas. Entre os 60% dos consumidores que participam de algum programa de benefícios, 27% compram com frequência na mesma loja virtual, indicando que alguns programas já conquistaram a preferência de mais da metade dos brasileiros.
 

"Além de preço e qualidade, os consumidores estão atentos aos benefícios que podem ser oferecidos durante a compra e os 40% que ainda estão fora desses programas representam uma grande oportunidade para o varejo aumentar sua base de clientes", afirma Eduardo Esparza, VP General Manager da Tenerity na Iberia e no Brasil empresa especialista em engajamento que aumenta o valor do relacionamento entre os varejistas e seus clientes.
 

Oportunidade para aprimorar a comunicação
 

Para Esparza, a chave está em entender melhor os hábitos e preferências do público. Neste cenário, o retail media, estratégia que insere anúncios dentro dos próprios canais de venda, como sites e apps pode ser um diferencial. "Ao impactar o consumidor no momento e com o produto certo, as chances de conversão aumentam", afirma o executivo.

A pesquisa também destaca alguns pontos que podem ser decisivos na hora de atrair mais clientes para os programas de benefícios, entre eles está a estratégia omnichannel, que fortalece o contato e a experiência do cliente, ao integrar campanhas físicas e digitais. Um exemplo está no setor de supermercados, que usam amplamente esse recurso e como mostra o levantamento da Opinion Box, 66% dos entrevistados participam de programas desta categoria.
 

Para o varejista, a dica é focar nos benefícios mais desejados pelos consumidores. Os dados do estudo indicam que, ao aderir a um programa, 60% dos clientes buscam descontos, 54% milhas aéreas e 42% promoções exclusivas.
 

Na pesquisa também aparecem os aplicativos como as plataformas mais utilizadas pelos consumidores na hora de buscar um produto. Ao todo, quase 75% dos clientes acessam diariamente algum app de e-commerce, por isso essa plataforma representa uma oportunidade constante para comunicar benefícios, promoções e facilitar a experiência de compra.
 

Por fim, os dados confirmam que o cartão de crédito é uma modalidade que facilita as compras e o engajamento, com acúmulo de pontos em programas. Cerca de 60% dos entrevistados preferem este método para pagamento e a loja pode posicionar os benefícios na página de checkout, usando o retail media, por exemplo.

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O Nubank afirmou, por meio de nota, ter ficado "satisfeito" ao verificar que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) "finalmente reconheceu" que as fintechs pagam tributos mais elevados do que os grandes bancos, fazendo referência a um estudo da entidade, publicado em primeira mão pela Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) nesta segunda-feira, 20.

"A entidade faz argumentos tortuosos para tentar prejudicar a concorrência e penalizar as fintechs, que promoveram a inclusão financeira de 58% de seus clientes", critica a fintech. "O Nubank tem orgulho de ter capitaneado uma transformação no setor, aumentando a concorrência, o acesso ao crédito, e a redução de juros, sempre focado em oferecer os melhores produtos e serviços para seus clientes."

No estudo, a Febraban argumenta que a diferença nas alíquotas nominais pagas por fintechs e bancos, que exercem as mesmas atividades, prejudica a concorrência. A Medida Provisória (MP) 1.303, com alternativas à alta do IOF, previa uma elevação na alíquota nominal de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga pelas fintechs, mas foi derrubada pelo Congresso.

A Cleveland-Cliffs, empresa de aço americana, relatou prejuízo no terceiro trimestre, mas afirmou que a demanda por aço produzido em território americano está avançando por conta das tarifas impostas pela administração do presidente dos EUA, Donald Trump.

O prejuízo líquido foi de US$ 251 milhões, ou US$ 0,51, em comparação com perdas de US$ 244 milhões registradas no mesmo período do ano anterior. Ajustado por ação, a siderúrgica teve lucro de US$ 0,45 entre julho e setembro, em linha com as expectativas dos analistas.

A receita da Cleveland-Cliffs para o período foi de US$ 4,73 bilhões, acima dos US$ 4,57 bilhões do terceiro trimestre de 2024, mas aquém da expectativa da projeção da FactSet, de US$ 4,9 bilhões.

Junto aos resultados, o presidente da companhia, Lourenço Gonçalves, afirmou que, diante da importância renovada das terras raras, a Cleveland-Cliffs reorientou o foco para a "oportunidade potencial em ativos de mineração upstream". "Analisamos todos os nossos corpos de minério e bacias de rejeitos, e dois locais em particular, um em Michigan e outro em Minnesota, apresentam o maior potencial", mencionou, ao informar que nos dois locais as pesquisas geológicas mostram indicadores chave de mineralização de terras raras.

Segundo ele, o projeto "alinhará a Cleveland-Cliffs com a estratégia nacional de independência de materiais críticos", bandeira levantada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para reduzir a dependência da China e ampliar a segurança nacional da cadeia de oferta.

A ação da Cleveland-Cliffs disparou 21,47% no pregão regular em Nova York e seguia em alta de 2,6% no after hours, por volta das 18h40 (de Brasília), após o anúncio.

*Com informações da Dow Jones Newswires.

Empresas americanas como a Learning Resources e hand2Mind apresentaram um processo que pressiona a Suprema Corte dos EUA a confirmar as decisões de tribunais inferiores de que as tarifas impostas pelo presidente do país, Donald Trump, são equivalentes a um imposto ilegal superior a US$ 3 trilhões.

Segundo documento oficial, a empresa de brinquedos educativos Learning Resources alega que Trump aumentou a alíquota tarifária da nação em dez vezes, para o nível mais alto desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial, e, nos meses seguintes, "ele aumentou e diminuiu, pausou e retomou, e ameaçou e desameaçou tarifas à vontade, por uma variedade de razões".

Segundo a empresa, a partir de informações do próprio governo, essas ações representam um aumento de impostos de mais de US$ 3 trilhões para os americanos na próxima década.

"A Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, em inglês) não concede ao presidente um poder unilateral tão vasto. De fato, ela não dá ao presidente qualquer poder de taxação ou tarifação", acrescenta.