Sidebar

18
Ter, Mar
197 Noticias Novas

Digitalização de dados na Saúde: o que os EUA nos ensinam

Tecnologia
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Mesmo com todo o avanço em tecnologia e legislação, a área da Saúde enfrenta mais desafios na digitalização e no armazenamento de dados do que outros segmentos de mercado. Além de manter informações financeiras e de recursos humanos, as empresas de Saúde precisam arquivar dados de saúde, classificados pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) como sensíveis.

 

A LGPD especifica "como informações sensíveis" origem racial ou étnica, convicções filosóficas ou religiosas, opiniões políticas, questões genéticas, biométricas sobre saúde ou a vida sexual. Além dessas, as informações pessoais também precisam ser mantidas de forma apropriada.

 

Embora a nossa legislação tenha sido influenciada pelo conjunto normativo norte-americano em relação à segurança médica, o conceito de informação sensível no Brasil é mais amplo do que nos Estados Unidos – que conceitua especificamente quais os dados médicos precisam ser protegidos.

 

Em 1966 foi criado nos EUA o Health Insurance Portability and Accountability Act – HIPAA (Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguro Saúde, em português) para assegurar a confidencialidade, integridade e disponibilidade na proteção de informações dos pacientes como: diagnóstico, número do seguro social, tratamento, exames, prescrição médica, faturas de cobrança, entre outros. Conhecer como as empresas norte-americanas protegem esses dados pode ajudar os profissionais do Brasil em sua estratégia de digitalização e armazenamento.

 

Do físico para o digital

O grande avanço de digitalização nos Estados Unidos começou a partir de 2009, com a Health Information Technology for Economic and Clinical Health – HITECH (Lei de Tecnologia de Informação em Saúde para Saúde Econômica e Clínica, em português), que estimulou, por meio de incentivos financeiros, a digitalização dos dados de saúde. O programa MyHealthEData, lançado em 2018, promoveu o conceito que os pacientes deveriam ter o controle de suas informações e poderiam transferi-las de um médico a outro, o que estimulou as organizações a buscarem ferramentas para a interoperabilidade de dados.

 

Segundo o Office of the National Coordinator for Health Information Technology – ONC (Gabinete da Coordenação Nacional de Tecnologia da Informação em Saúde, em português), dos Estados Unidos, em 2008, 9% dos hospitais e 17% dos médicos usavam registros eletrônicos dos pacientes. Em 2021, os números eram de 96% dos hospitais e 78% dos médicos.

 

No Brasil, em 2009, foi publicada a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 1.931. A norma estabelecia que o prontuário ficaria sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente, vedava o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional e concedia ao paciente ter acesso ao seu prontuário quando solicitado.

 

A digitalização avançou aqui a partir de 2018, ano de publicação da LGPD e da Lei 13.787, que dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente. Nos anos posteriores, o governo já organizou várias iniciativas para ampliar a digitalização. A última, em janeiro de 2024, foi a realização da 1ª Jornada de Proteção de Dados Pessoais no SUS, pela Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde – Seidigi, que buscou orientar sobre a necessidade de serem desenvolvidas habilidades para aumentar a segurança da informação, interpretação da LGPD e tratamento e compartilhamento de dados pelo poder público em conjunto com a sociedade civil.

 

Atualmente, as organizações de saúde devem ter políticas e procedimentos de gestão de registros médicos - físicos e agora digitais - para manter a conformidade, garantir a privacidade dos pacientes e mitigar riscos como erros médicos e violações de dados. Ao mesmo tempo é preciso se preparar para uma era de interoperabilidade dessas informações.

 

O preço da má gestão

Segundo o relatório da IBM Cost of a Data Breach Report, de 2023, pelo 13º ano seguido o setor de saúde foi o que registrou o maior prejuízo com o vazamento de dados com o custo médio de US$ 10,93 milhões, valor 53,3% superior ao registrado em 2020. A pesquisa, realizada entre março de 2022 e março de 2023, analisou mais de 550 empresas, de 17 setores da economia, em 16 países, incluindo o Brasil.

 

Nos Estados Unidos, um único ataque ocorrido em 2015, causou a um hospital prejuízos estimados em US$ 260 milhões. O valor inclui indenizações às pessoas que tiveram os dados vazados, ações para notificar sobre a ocorrência e a implantação de medidas de segurança.

 

O ataque mais recente, que ganhou notoriedade no Brasil, aconteceu em janeiro de 2024, quando funcionários do Instituto Nacional do Câncer (Inca) não conseguiram inserir informações no sistema. Apesar dos hackers não acessarem os dados dos pacientes, a unidade do instituto que mais recebe pacientes para fazer o tratamento de radioterapia precisou parar o serviço por três dias.

 

Além de ataques, o mau gerenciamento dos dados gera prejuízo e riscos jurídicos. Em 2019, a 7ª Vara Cível de Campo Grande (MS) condenou um hospital ao pagamento de R$ 5 mil de danos morais a um paciente, pois o hospital não forneceu seu prontuário médico. A solicitação foi feita no ano de 2015, pois o paciente queria solicitar a indenização do seguro DPVAT. E a resposta do hospital, já na esfera judicial, foi que não conseguia encontrar o documento.

 

Como gerenciar bem os dados

A conversão de arquivos físicos em documentos eletrônicos pode ser complexa. Contar com o apoio de uma empresa especializada na gestão de documentos com especialistas, que tenham as ferramentas corretas para digitalizar as informações pode tornar o processo mais simples e eficiente.

 

Da criação até a destruição, os registros dos pacientes devem estar seguros. Os registros eletrônicos devem ter uma trilha de auditoria detalhada e os registros em papel devem ser trancados com segurança em uma sala com acesso restrito. Os registros armazenados fora do local devem ser mantidos em instalações certificadas e com controle climático. No final de seu ciclo de vida, 20 anos após a última consulta do paciente, os registros em papel e eletrônicos devem ser destruídos com segurança.

 

As organizações devem treinar todos os membros da força de trabalho nos procedimentos de segurança dos registros médicos, limitar o acesso às instalações onde os registros são armazenados ou acessíveis, implementar hardware, software e procedimentos para monitorar o acesso.

 

Os registros realizados em vídeo e áudio devem ter o mesmo tratamento dos textuais e precisam ser realizados de maneira transparente e com autorização do paciente. Também é preciso manter a privacidade dos dados dos funcionários das instituições de saúde.

 

A finalidade dos avanços tecnológicos, da digitalização à interoperabilidade das informações, é reduzir os custos operacionais das instituições de saúde, melhorar o desfecho do atendimento e aumentar a percepção de acolhimento do paciente e seus familiares.

Em outra categoria

Módulos fazem parte do programa Mãos e Mentes Paulistanas
e são oferecidos gratuitamente durante todo o mês
 

Artesãos e manualistas da capital paulista poderão realizar, ao longo do mês de março, o ciclo completo de cursos do programa Mãos e Mentes Paulistanas voltado à qualificação empreendedora.
 

A iniciativa, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, tem como objetivo fomentar e qualificar o setor de artesanato e manualidades da cidade, oferecendo oportunidades de capacitação profissional e acesso ao mercado.
 

Os módulos, disponibilizados semanalmente, abordam temas essenciais para o sucesso dos negócios criativos, como definição de metas e objetivos, organização financeira e produtiva, precificação de produtos autorais, parcerias estratégicas e comercialização em diferentes canais de venda (online e offline).
 

Ao todo são sete módulos divididos em: Modelagem de Negócio, Desenvolvimento de Coleção, Planejamento de Futuro, Presença Digital, Planejamento Financeiro, Parcerias e Formalização e Segurança do Trabalho. Disponíveis de segunda a domingo, os módulos ficarão disponíveis, novamente, após o fim de um ciclo completo.
 

"A qualificação empreendedora é fundamental para que os artesãos fortaleçam seus negócios e ampliem suas oportunidades de mercado. A Prefeitura de São Paulo oferece capacitação gratuita e acessível, permitindo que esses profissionais aprimorem sua gestão, organizem suas finanças, expandam sua presença digital e se preparem para comercializar seus produtos de forma estratégica", declara o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart.
 

Descrição dos módulos

De 03 a 09 de março estará disponível o módulo de Segurança do Trabalho, onde artesãos e manualistas aprenderão a trabalhar com segurança e garantir processos saudáveis durante a jornada de trabalho de execução de trabalhos manuais.
 

De 10 a 16 de março, os módulos disponíveis serão Modelagem de Negócios e Planejamento de Coleção.

O primeiro apresenta ferramentas para o entendimento completo do empreendimento artesanal, possibilitando uma análise aprofundada para melhores resultados e apoio na tomada de decisão. Já o segundo módulo ensina como aplicar o conceito de coleção no artesanato, explorando técnicas para criar linhas de produtos mais coesas e estratégicas

Entre 17 e 23 de março, estarão abertos os módulos de Planejamento Financeiro e Formalização e Parcerias.
 

O primeiro módulo é onde o aluno será capacitado para organizar, construir e seguir um planejamento financeiro profissional para o seu ateliê ou marca. Além disso, também são passadas técnicas de precificação, para que o empreendedor manual saiba aplicar o preço adequado em seus produtos, com um passo a passo completo e atualizado.
 

Em "Formalização e Parcerias", o objetivo é apresentar os benefícios da formalização para o artesão e como ele pode fazer isso. Nesta etapa, o empreendedor também aprenderá a estabelecer boas parcerias para o seu negócio.

Por fim, na semana de 24 a 30 de março, ficarão disponíveis os módulos de Planejamento de Futuro e Presença Digital.
 

Planejamento de Futuro tem como foco a determinação de metas, objetivos e como alcançá-los, além de mostrar como um planejamento estratégico é a chave para o sucesso do seu negócio.

Completando, Presença Digital traz um conteúdo completo sobre como posicionar um negócio artesanal na internet e, principalmente, como vender artesanato no ambiente digital.
 

Como Participar

Para participar, é necessário realizar um cadastro na plataforma de qualificação do programa, acessível neste link. O curso está disponível de forma contínua, com novos conteúdos liberados semanalmente. Não é obrigatório concluir um módulo para acessar os seguintes, pois eles são independentes.
 

Aulas de revisão ao vivo

Também será oferecida uma monitoria online ao vivo com revisão de cada curso, com o objetivo de complementar o conteúdo, tirar dúvidas e promover a interação dos participantes.

Semanalmente as aulas de revisão acontecem às terças-feiras pelo no canal do Mãos e Mentes Paulistanas do YouTube, pelo link.

Não é necessário ser artesão ou manualista credenciado no Mãos e Mentes Paulistanas para participar do curso. Empreendedores manuais interessados em participar de outras ações do programa podem fazer o credenciamento pelo link.
 

Cursos obrigatórios para as oportunidades comerciais
Além do credenciamento no Mãos e Mentes, os cursos da qualificação empreendedora também são parte dos pré-requisitos para participação nas oportunidades de comercialização oferecidas pelo programa, como feiras e eventos de artesanato e os espaços fixos de vendas localizados em shoppings e centros comerciais.
Todos os cursos, com exceção do "Segurança do trabalho", são pré-requisitos para participação nas lojas do Programa. Já para os quiosques é necessário concluir os quatro módulos sobre "Modelagem de negócio", "Desenvolvimento de coleção", "Planejamento de futuro" e "Parcerias e formalização".

No caso das feiras de artesanato, os cursos modulares "Modelagem de negócios" e "Planejamento de coleção", cursos disponíveis nesta semana, são obrigatórios desde 1 de abril de 2024.

Por fim, além da programação semanal de feiras, o Mãos e Mentes conta também com cinco quiosques localizados nos Shoppings Center Norte, Lar Center, Anália Franco, Itaquera e Mercadão das Flores, bem como três lojas localizadas nos Shoppings Frei Caneca, Center 3 e Mais Shopping.
 

Cursos obrigatórios:
Feiras de artesanato:
- Modelagem de negócio
- Planejamento de coleção
 

Quiosques:
- Modelagem de negócio
- Planejamento de coleção
- Planejamento financeiro
- Parcerias e formalização

Lojas:
- Modelagem de negócio
- Planejamento de coleção
- Planejamento financeiro
- Parcerias e formalização
- Planejamento de futuro
- Presença digital
 

Programação dos módulos:

03/03 a 09/03 - Segurança do trabalho
10/03 a 16/03 - Modelagem de negócio e Planejamento de coleção
17/03 a 23/03 - Planejamento financeiro e Parcerias e formalização
24/03 a 30/03 - Planejamento de futuro e Presença digital
 

Serviço
Qualificação empreendedora - Mãos e Mentes Paulistanas
Cadastro para os módulos abertos pelo site: Link

O projeto Núcleo Conexão Cultural, patrocinado pela ISA ENERGIA BRASIL em Guarulhos, abre inscrições para curso que tem como objetivo capacitar os alunos para o uso eficiente das tecnologias digitais, desde os conceitos fundamentais da informática até a criação de páginas web funcionais e visualmente atrativas.

Iniciando com a disciplina Introdução ao Mundo Digital, os alunos exploram o ambiente virtual, compreendendo a importância da conectividade, segurança online e o impacto da tecnologia no cotidiano. Em Informática Básica, desenvolvem habilidades essenciais no uso de sistemas operacionais, editores de texto, planilhas e apresentações, fundamentais para qualquer atividade digital. O módulo de Redes Sociais foca no uso estratégico de plataformas, ensinando desde a criação e gestão de perfis até técnicas de engajamento e produção de conteúdo relevante para diferentes públicos. A disciplina de Ferramentas Digitais amplia o leque de competências, apresentando aplicativos e softwares de produtividade, colaboração e design gráfico. Em Web Design, os alunos aprendem os princípios do design de interfaces, usabilidade, estruturação de sites básicos. O curso culmina com o Projeto Final, onde os participantes aplicam os conhecimentos adquiridos no desenvolvimento de um site voltado para o âmbito cultural, consolidando assim uma formação prática e completa para atuação no universo digital.

O programa terá 196 horas de formação e oferecerá 50 vagas distribuídas em duas turmas de 25 alunos. Podem se inscrever jovens a partir de 16 anos. As inscrições acontecem até 19 de março pelo link. Os selecionados passarão por entrevista no dia 20 de março, com a lista final divulgada em 21 de março. O início das aulas do projeto está marcado para 24 de março. A iniciativa ainda prevê a entrega de material (caderno e caneta) e cesta básica mensal para os alunos que estiverem frequentando as aulas.

A iniciativa é patrocinada pela ISA ENERGIA BRASIL, e é realizada pelo Instituto São Paulo de Arte e Cultura e Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O projeto Cultural Das Letras, que já implantou mais de 50 estantes literárias e beneficiou mais de 20 mil crianças pelo Brasil, oferece mais uma palestra gratuita sobre a arte de contar histórias. Durante o maior evento Literário da América Latina, a palestrante Paula Negrão entra em cena para levar ao público a importância da literatura em sala de aula, além de técnicas para encantar os jovens e estimular a imaginação. A palestra Ação Formativa Ler e Contar para Encantar acontecerá dia 13 de setembro, às 14h, na 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. "Vamos ressaltar como a leitura, através da audição de boas histórias, pode auxiliar na educação e no desenvolvimento de quem as escuta", conta a Paula Negrão, narradora de histórias, mediadora de leitura e pesquisadora.

Além da palestra na Bienal, o projeto Das Letras ofereceu mês passado aos educadores das escolas EMEI Carlos Drummond e EMEF Almeida Junior, de São Paulo, oficinas com técnicas para trabalhar com a literatura em sala de aula e como construir uma narrativa criativa e lúdica, auxiliando no desenvolvimento dos alunos em sala de aula. "O DAS LETRAS é um projeto que, além de equipar espaços com estantes, livros, jogos pedagógicos e ambientações criativas, visa ampliar o conhecimento dos profissionais envolvidos na área para estimular o gosto pela leitura em tempos atuais. A palestra na Bienal será mais uma maneira de fazer esse propósito acontecer. Venham prestigiar!", convida Ana Paula Santos, da Villa7 Produções Culturais , responsável pela ação. A palestra do dia 13 de setembro será gratuita no Estande da Secretaria de Educação de São Paulo durante a Bienal. Acessível para PCDs, terá tradução em libras, também. A iniciativa faz parte da contrapartida social do projeto "Das Letras - Estante Literária", idealizado pela Vila7 Produções, em parceria com a Agroinfo. Produzido pela AH7 produções culturais e viabilizado pelo Ministério da Cultura, a palestra é uma parceria com a Secretaria de Cultura de São Paulo, com a Coordenadoria Pedagógica do núcleo da Academia Estudantil de Letras.