A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que a assinatura do acordo entre o governo federal e a Prefeitura do Rio de Janeiro para a descentralização da gestão dos hospitais federais do Andaraí (HFA) e Cardoso Fontes (HFCF) é um “marco histórico” para o estado e para o Sistema Único de Saúde (SUS).
“A gestão de qualidade tem que se dar próxima do cidadão. A prefeitura está assumindo com a gente esse compromisso. Sabemos que vamos entregar uma solução 100% SUS com mais leitos e mais atendimentos para a população”, destaca a ministra.
Na tarde desta quarta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Nísia Trindade e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciaram a parceria.
"O Rio de Janeiro é um estado que recebe gente de fora além das pessoas do próprio estado. É preciso que a gente tenha, pelo menos, aquilo que é o mais elementar. É preciso que a gente tenha uma saúde respeitosa”, disse o presidente Lula.
“Queremos uma gestão mais adequada. Muitas soluções foram tentadas ao longo do tempo. Como ministra, vou garantir que esse processo aconteça e tenha sustentabilidade financeira”, reforça Nísia.
Ela emendou: “Montar um programa de reestruturação é um marco histórico para o Rio de Janeiro e para o SUS. É uma parceria entre o governo federal e a prefeitura do Rio de Janeiro e firmamos mais do que com esperança, mas convicção que entregaremos um serviço de qualidade para a população”, concluiu a ministra.
O acordo prevê a incorporação de R$ 610 milhões de Teto Média e Alta Complexidade para a cidade do Rio de Janeiro. Além disso, será feito o repasse de R$ 150 milhões - sendo R$ 100 milhões para o HFA e R$ 50 milhões para o HFCF para as providências imediatas. O valor será pago em parcela única, ainda em dezembro de 2024.
O prefeito Eduardo Paes ressaltou que a população do Rio de Janeiro voltará a ter serviços de qualidade e sinalizou que as emergências das duas unidades serão reabertas em janeiro de 2025. “Esse montante é o suficiente para o custeio dos hospitais. Essa foi uma premissa desde o início”, pontuou.
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, detalhou algumas metas do governo local para as unidades. “Uma delas é a abertura de 420 leitos fechados. Isso representa um terço dos leitos que estão fechados no Rio de Janeiro. Vamos fortalecer muito o tratamento de câncer e de urgência e emergência”, salienta.
As mudanças fazem parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, elaborado pela ministra Nísia Trindade. Além do HFA e do HFCF, outras duas unidades já iniciaram seu processo de reestruturação: os hospitais federais de Bonsucesso (HFB) e Servidores do Estado (HFSE).
O HFB é gerido, desde outubro de 2024, pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC). O objetivo é reabrir 200 leitos que atualmente estão fechados.
O HFSE iniciou estudos para a fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.
“Marco histórico para o SUS”, diz Nísia Trindade sobre acordo de gestão com Prefeitura do Rio
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