Esclerose Múltipla: Diversidade de sintomas iniciais pode dificultar diagnóstico

Saúde
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A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, desmielinizante e neurodegenerativa, que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC). Sua diversidade de sintomas pode transparecer imediatamente sua gravidade ou se assemelhar a traços comuns e cotidianos fazendo o paciente a não buscar assistência durante meses e anos [1]. Somente no primeiro trimestre de 2024, os surtos relativos à doença geraram 1044 internações - queda de 6,8% ao registrado no mesmo período de 2023 [2]. Apesar do caráter progressivo, os tratamentos disponíveis podem contribuir para a manutenção da qualidade de vida e controle das manifestações e avanço doença.
 
A Esclerose Múltipla apresenta maior incidência em pessoas do sexo feminino, fenótipo caucasiano e idade entre 20 e 50 anos, podendo gerar severo comprometimento no bem-estar da pessoa que convive com a doença. Atualmente, estima-se que a EM atinja cerca de 40 mil pessoas no país, sobretudo da região sul [3]. Contudo, a ampliação do acesso ao diagnóstico tem contribuído para a identificação e tratamento mais precoces da doença. A adesão às terapias nessas fases iniciais possibilita melhor controle de sintomas, redução de comorbidades e ampliação da qualidade de vida e potencial de autonomia.
 
Os potenciais impactos da EM no cotidiano de pacientes não precisa ser fator limitante para projetos pessoais e profissionais – incluindo o planejamento familiar e concepção. Acometidas majoritariamente pela doença, as mulheres, quando assistidas em tratamento, se desejarem, podem engravidar sem a implicação de riscos para sua saúde ou do bebê.  Os atuais medicamentos disponíveis possibilitam a estabilização da doença. 
 
“É importante derrubarmos estigmas. O impacto da esclerose múltipla não pode ser definidor dos objetivos de vida. Com os cuidados médicos necessários, a realização da maternidade e paternidade pode ser compatível com o controle da doença”, comenta Tatiana Branco, diretora médica da Biogen Brasil.
 
A esclerose múltipla pode se manifestar por meio de variada gama de sintomas como neurite óptica (inflamação do nervo ótico); diplopia (visão dupla), paresia (fraqueza muscular), redução da mobilidade e coordenação, fadiga, dor crônica, disfunções cognitivo-comportamentais e outros. As manifestações podem ocorrer de forma isolada ou combinada e ainda por meio de surtos ou ataques agudos – que podem seguir por redução ou desaparecimento espontâneo ou associado a medicações. Transtornos depressivos têm prevalência de 36% e 54%, estando relacionados à redução da qualidade de vida, nas esferas pessoal, social e profissional.