Galeria de ex-presidentes vandalizada no 8 de janeiro é reinaugurada no Planalto

Política
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O Palácio do Planalto voltou a expor a galeria de ex-presidentes destruída por vândalos durante a invasão do prédio em 8 de janeiro de 2023. As fotos, que estavam cobertas havia quase dois anos, voltaram a ser exibidas no espaço, localizado no piso térreo da sede do Executivo federal em Brasília.

Além das fotos do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), colorida, e dos ex-presidentes, em preto e branco, o mural recebeu também uma imagem do local depredado durante os ataques golpistas.

Como mostrou da Coluna do Estadão, o painel de fotos novo custou R$ 11 mil ao Planalto. Além das imagens, foram feitas molduras de acrílico, ao custo de R$ 230 cada. A galeria dos presidentes ficou coberta por tapumes até ser restaurada. Não houve cerimônia para a reabertura do espaço.

Em 2 de janeiro de 2023, a foto do ex-presidente Jair Bolsonaro foi substituída por uma em preto e branco, procedimento adotado ao término do mandato na Presidência. Em seguida, uma foto colorida do presidente Lula foi inaugurada no espaço. Dias depois, o Palácio do Planalto, assim como as sedes do Legislativo e do Judiciário, foi atacado por insatisfeitos com o resultado das eleições.

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A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, discursou Howard University nesta quarta-feira, 6, em Washington, após ligar para o presidente eleito Donald Trump e conceder a derrota nas eleições presidenciais americanas na tarde desta quarta-feira, 6.

Kamala inicia o discurso agradecendo a sua família, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz.

"As pessoas estão sentindo e vivenciando uma série de emoções agora, eu entendo. Mas devemos aceitar os resultados desta eleição", disse Kamala. "Hoje mais cedo falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória", apontou Kamala, em meio a vaias de plateia após o nome do presidente eleito ser mencionado.

Kamala também apontou que a administração Biden irá ajudar Trump e sua equipe no processo de transição. "Embora eu esteja concedendo esta eleição, não concedo os valores que contribuíram para esta campanha", disse Kamala. "A luta pela liberdade, pelas oportunidades, pela justiça e pela dignidade de todas as pessoas não acabou."

Ligação para Trump

Segundo um assessor da candidata democrata, Trump e Kamala discutiram a importância de uma transição pacífica de poder. Já Steven Cheung, um porta-voz da campanha de Trump, descreveu o telefonema de Kamala para Trump como cordial.

"O presidente Trump reconheceu a vice-presidente Harris por sua força, profissionalismo e tenacidade durante toda a campanha, e ambos os líderes concordaram sobre a importância de unificar o país", disse Cheung em uma declaração.

O republicano garantiu a vitória segundo as projeções da Associated Press (AP) após vencer no Estado do Wisconsin, contabilizando 277 delegados no colégio eleitoral. Para um presidente ser eleito nos EUA, 270 delegados são necessários.

Neste momento, Trump tem 292 delegados após a AP projetar a vitória do ex-presidente em Michigan. Arizona, Nevada, Alasca e Maine são os Estados que a AP ainda não projetou um vencedor. O republicano lidera nos três primeiros e Kamala deve vencer no Maine.

Derrota

A derrota foi um balde de água fria na campanha de Kamala Harris, que se animou na reta final da eleição com algumas pesquisas que deram a vice-presidente numericamente à frente de Trump em alguns Estados-pêndulo. A realidade, no entanto, provou que as estatísticas subestimaram a força eleitoral do republicano pela terceira vez consecutiva.

A democrata apostou na força do voto feminino para tentar derrotar Trump, usando principalmente o tema como a legalização do aborto para mascarar o alto custo de vida e o pessimismo do americano com a economia que ela herdou do presidente Joe Biden, que desistiu da reeleição em julho após uma performance ruim em debate contra Trump e preocupações sobre sua idade.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deve discursar nesta quarta-feira. Segundo a Casa Branca, Biden telefonou para Kamala e Trump nesta tarde e parabenizou a ex-colega de chapa pela "campanha histórica", e o ex-rival, pela vitória.

O presidente disse também ao sucessor que está comprometido com uma transição tranquila e ressaltou a importância de que ambos trabalhem para unificar o país. Biden convidou Trump para uma reunião na Casa Branca.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou Donald Trump por telefone após a vitória do republicano nas eleições americanas, segundo a Casa Branca. Biden disse durante a ligação que estaria comprometido a "uma transição suave" e enfatizou "a importância de unir o país". No comunicado, o presidente convidou Trump para um encontro no breve futuro para tratar da transição.

O atual presidente fará um pronunciamento à nação na quinta-feira para falar sobre os resultados da eleição e o próximo governo. Biden também enviou seus parabéns para Kamala Harris por sua "campanha histórica".

Os Republicanos lideram a disputa pela Câmara dos Representantes, mas o controle da casa segue em aberto, com mais de 50 cadeiras ainda a serem definidas. Projeções apontam 199 cadeiras para os republicanos e 180 para os democratas, com 56 ainda a serem definidas.

Para controlar a casa, um partido precisa de 218 assentos. Fonte: Associated Press.