Favorito para a sucessão de Milton Leite na Câmara de SP atuou com Haddad

Política
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O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) tem sido discreto e evitado comentar publicamente a possibilidade de se tornar o presidente da Câmara Municipal de São Paulo a partir de 2025. Ele se tornou o favorito para suceder a Milton Leite (União Brasil) após o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) vetar o nome de Rubinho Nunes (União Brasil). Antes da eleição, Rubinho era o nome mais cotado; ele, no entanto, trocou de lado e apoiou a candidatura de Pablo Marçal (PRTB).

 

Teixeira é visto como um parlamentar experiente, com 16 anos de Câmara e boa relação tanto com a base governista quanto com a oposição. Ele foi secretário de Mobilidade e Trânsito de Nunes por quase dois anos, o que lhe permitiu fazer campanha como o "pai" da Faixa Azul para motos, e também integrou o primeiro escalão durante a gestão Fernando Haddad (PT).

 

O petista chegou a exonerá-lo duas vezes após decisões judiciais determinarem que Teixeira não poderia ser secretário em razão de uma condenação anterior por improbidade administrativa quando atuava na Dersa, antiga estatal paulista responsável por administrar rodovias. As sentenças foram revertidas em segunda instância, e Teixeira voltou à administração Haddad.

 

Ao Estadão, a assessoria de imprensa do vereador disse, em nota, que não havia impedimento jurídico para que ele fosse secretário, "tanto que Ricardo Teixeira foi candidato a vereador e deputado federal nas eleições seguintes (2016, 2018, 2020 e 2024)".

 

Acerto

 

O nome do vereador do União Brasil ganhou força diante da falta de alternativas para que o acordo firmado entre o partido, o MDB e o PL seja cumprido. Com Nunes na cabeça de chapa, o União aceitou que o coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) fosse o candidato a vice. Em troca, obteve o compromisso de que o prefeito, o MDB e o PL apoiariam um nome da sigla para presidir a Câmara.

 

Reeleito, Nunes indicou que o acerto está de pé, mas declarou que não aceita a indicação de Rubinho. O prefeito disse ainda que deseja que o próximo presidente da Câmara Municipal não seja um vereador de primeiro mandato. Teixeira, até agora, é o único a se encaixar na exigência. "O Ricardo Teixeira é bom, já tem experiência", afirmou Nunes, na semana passada.

 

A tese do prefeito, contudo, não é unanimidade. Milton Leite, que, além da Câmara, preside o União Brasil em São Paulo, afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que qualquer vereador pode comandar a Casa. Ele decidiu se aposentar da política após quase 30 anos no Legislativo municipal.

 

"Imaginemos que nenhum vereador do União fosse reeleito. Eu abriria mão da vaga para a presidência? Naturalmente, não", disse Leite. "Não estou aqui descartando Ricardo Teixeira nem outro nome. Faremos a construção junto com todas as bancadas."

 

Teixeira tem dito que a maioria da bancada é que escolherá o candidato do União e que todos os colegas de partido têm condições de exercer o cargo. O processo é acompanhado de perto por João Jorge (MDB) e Isac Félix (PL), que nutrem esperança de serem os candidatos governistas.

 

Parlamentares da oposição avaliam que Teixeira possui o perfil adequado para presidir a Câmara, destacando sua capacidade de honrar acordos e ouvir diferentes lados. Vereadores do PT manifestaram preocupação com a possibilidade de um presidente "com forte viés ideológico", como Rubinho Nunes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A China está disposta "a fortalecer a comunicação, expandir a cooperação e superar diferenças com os Estados Unidos, de acordo com os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação com ganhos para ambos os lados", afirmou He Yongqian, porta-voz do Ministério de Comércio, nesta quinta-feira, um dia após a eleição de Donald Trump à presidência dos EUA.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz disse ainda que Pequim deseja "conduzir conjuntamente o desenvolvimento das relações econômicas e comerciais entre China e EUA em uma direção estável, saudável e sustentável, para melhor beneficiar ambos os países e também o mundo", ao ser perguntado sobre como o ministério pretende a reagir a eventuais tarifas dos EUA a produtos chineses.

Durante a campanha eleitoral, Trump ameaçou impor tarifas de 60% a importações chinesas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os mercados de previsão já começaram a negociar apostas sobre potenciais membros que serão escolhidos para o gabinete do governo do republicano Donald Trump, que venceu a disputa pela Casa Branca. A posse na Presidência dos Estados Unidos está prevista para janeiro de 2025.

Na plataforma Polymarket, as enquetes incluem a potencial nomeação do diretor executivo da Tesla Motors Elon Musk. A probabilidade de o empresário ser uma das escolhas de Trump era de 30% nesta quarta-feira. Na esteira da eleição de Trump, as ações da Tesla avançaram 14,75% na sessão de hoje da Bolsa de Nova York. É esperado que, sob o governo Trump, a fabricante de veículos obtenha ganhos significativos.

Outro potencial nome do time do republicano é o de Robert F. Kennedy Jr., que aparecia com uma chance de 70% de ser designado para algum cargo. Na terça-feira, Trump disse que Kennedy Jr. "faria praticamente o que quisesse" em seu governo. Os comentários foram dados aos repórteres depois de o republicano votar em Palm Beach, na Flórida. Kennedy, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, desistiu da candidatura para apoiar o presidente eleito.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, discursou Howard University nesta quarta-feira, 6, em Washington, após ligar para o presidente eleito Donald Trump e conceder a derrota nas eleições presidenciais americanas na tarde desta quarta-feira, 6.

Kamala inicia o discurso agradecendo a sua família, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz.

"As pessoas estão sentindo e vivenciando uma série de emoções agora, eu entendo. Mas devemos aceitar os resultados desta eleição", disse Kamala. "Hoje mais cedo falei com o presidente eleito Trump e o parabenizei por sua vitória", apontou Kamala, em meio a vaias de plateia após o nome do presidente eleito ser mencionado.

Kamala também apontou que a administração Biden irá ajudar Trump e sua equipe no processo de transição. "Embora eu esteja concedendo esta eleição, não concedo os valores que contribuíram para esta campanha", disse Kamala. "A luta pela liberdade, pelas oportunidades, pela justiça e pela dignidade de todas as pessoas não acabou."

Ligação para Trump

Segundo um assessor da candidata democrata, Trump e Kamala discutiram a importância de uma transição pacífica de poder. Já Steven Cheung, um porta-voz da campanha de Trump, descreveu o telefonema de Kamala para Trump como cordial.

"O presidente Trump reconheceu a vice-presidente Harris por sua força, profissionalismo e tenacidade durante toda a campanha, e ambos os líderes concordaram sobre a importância de unificar o país", disse Cheung em uma declaração.

O republicano garantiu a vitória segundo as projeções da Associated Press (AP) após vencer no Estado do Wisconsin, contabilizando 277 delegados no colégio eleitoral. Para um presidente ser eleito nos EUA, 270 delegados são necessários.

Neste momento, Trump tem 292 delegados após a AP projetar a vitória do ex-presidente em Michigan. Arizona, Nevada, Alasca e Maine são os Estados que a AP ainda não projetou um vencedor. O republicano lidera nos três primeiros e Kamala deve vencer no Maine.

Derrota

A derrota foi um balde de água fria na campanha de Kamala Harris, que se animou na reta final da eleição com algumas pesquisas que deram a vice-presidente numericamente à frente de Trump em alguns Estados-pêndulo. A realidade, no entanto, provou que as estatísticas subestimaram a força eleitoral do republicano pela terceira vez consecutiva.

A democrata apostou na força do voto feminino para tentar derrotar Trump, usando principalmente o tema como a legalização do aborto para mascarar o alto custo de vida e o pessimismo do americano com a economia que ela herdou do presidente Joe Biden, que desistiu da reeleição em julho após uma performance ruim em debate contra Trump e preocupações sobre sua idade.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deve discursar nesta quarta-feira. Segundo a Casa Branca, Biden telefonou para Kamala e Trump nesta tarde e parabenizou a ex-colega de chapa pela "campanha histórica", e o ex-rival, pela vitória.

O presidente disse também ao sucessor que está comprometido com uma transição tranquila e ressaltou a importância de que ambos trabalhem para unificar o país. Biden convidou Trump para uma reunião na Casa Branca.