Morre Dom Antonio de Orleans e Bragança, membro da família real brasileira, aos 74 anos

Política
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Dom Antonio de Orleans e Bragança, príncipe herdeiro da família imperial brasileira, morreu nesta sexta-feira, 8, aos 74 anos. Ele estava internado desde julho na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na zona sul do Rio de Janeiro, cidade onde morava desde 2015. Dom Antonio deixa esposa, três filhos e dois netos.

Ele era sucessor de Dom Bertrand, chefe da Casa Imperial. O próximo na linha sucessória é Dom Rafael, de 38 anos. Dom Antonio, que era formado em engenharia civil e trabalhou em empresas multinacionais da área, estava aposentado. Ele também pintava quadros em aquarela e, inclusive, teve obras expostas.

Defensor da volta da monarquia no Brasil, ele viajava pelo País participando de "Encontros Monárquicos", onde palestrava sobre o tema. Dom Antonio é irmão de Dom Bertrand e Dom Luiz, falecido em 2022. Eles são bisnetos da Princesa Isabel e tataranetos de Dom Pedro II.

"Cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Antonio de Orleans e Bragança", diz o anúncio publicado pela Casa Imperial no X (antigo Twitter).

Dom Antonio estava internado por causa de problemas respiratórios. A Casa de Saúde São José confirmou a morte por doença pulmonar obstrutiva.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista à CNN americana divulgada nesta sexta-feira, 8, que haveria desconforto no G20 caso o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participasse. O motivo é a invasão da Ucrânia pelos russos. Putin tem um mandado de prisão emitido por um Tribunal Penal Internacional, mas Lula afirmou que esse seria um problema pequeno.

"O problema não é apenas proteger o Putin para não ser preso no Brasil. Isso é a coisa mais fácil de fazer. O problema é que tem no G20 vários presidentes da República que não ficariam na sala se o Putin entrasse na sala. Todos os países europeus que participam do G20, mais os Estados Unidos, o que seria uma coisa muito desconfortável", declarou o petista.

O presidente russo será representado por seu chanceler, Serguei Lavrov. Lula disse que é necessário acabar com a guerra para que Putin possa voltar a "andar no mundo e participar dos eventos".

"As coisas do Putin vão ser resolvidas quando acabar a guerra da Ucrânia. Aí ele pode participar de uma reunião do G20, como pode participar o [presidente ucraniano, Volodmir] Zelenski. O Zelenski poderia ser convidado. Acontece que eu não quero discutir a guerra da Ucrânia e da Rússia no G20", declarou o presidente brasileiro.

O mandado de prisão, emitido em março do ano passado, tem como causa acusações de transferência e deportação ilegal de crianças durante o confronto na Ucrânia, iniciado por determinação de Putin.

Na Cúpula do G20 do ano passado, Lula foi questionado se recepcionaria Putin no Brasil e disse que o russo entraria no País "tranquilamente" e que tentar prendê-lo seria um "desrespeito". Ele havia dito, no entanto, que esperava que a guerra na Ucrânia tivesse acabado a essa altura, o que não ocorreu.

Por causa da ordem do TPI, Putin não compareceu à Cúpula do Brics na África do Sul no ano passado. Assim como o Brasil, o país africano é signatário da Corte, e houve o temor de desgaste político em tê-lo presente e não o prender. Em setembro desse ano, no entanto, o russo viajou até a Mongólia, que é signatária da Corte, e expôs a fragilidade do pedido.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "vingança desumana" a resposta de Israel aos ataques do Hamas na Faixa de Gaza. Ele deu a declaração em entrevista à CNN internacional divulgada nesta sexta-feira, 8.

"O que não é correto é a gente ver um Estado forte como Israel acabar com o povo que mora na Faixa de Gaza", disse o presidente brasileiro. "Nós condenamos o Hamas quando ele invadiu Tel-Aviv. E ao mesmo tempo condenamos Israel contra essa vingança desumana que fez na Faixa de Gaza. Lamentavelmente a ONU está enfraquecida, não pode tomar decisões", declarou o petista.

O bilionário Elon Musk participou de uma ligação entre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em que o líder ucraniano mandou seus parabéns pela vitória do republicano na disputa pela presidência americana. Segundo a Axios, a participação não foi planejada antecipadamente e Musk e Zelensky trocaram apenas cumprimentos.

A ligação, do ponto de vista dos ucranianos, foi vista como positiva e um sinal que os Estados Unidos não iriam imediatamente suspender o suporte para a Ucrânia. Trump prometeu encerrar a guerra antes de sua inauguração.