'É possível que Bolsonaro tenha conhecimento, mas não dá para afirmar', diz Salles sobre golpe

Política
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O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) disse que possivelmente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conhecia os planos para tentativa de golpe que resultaram na prisão preventiva de quatro militares e um policial federal na última terça-feira, 19. O ex-ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro afirmou, contudo, não poder cravar a informação.

"Dizer que é possível que ele tenha conhecimento, claro que sim, é possível que sim, mas não dá para afirmar que ele tenha conhecimento", afirmou em entrevista ao UOL nesta quarta-feira, 20.

"Eu não estou sendo cauteloso só por uma questão política, eu estou sendo cauteloso porque o Brasil tem sofrido nos últimos anos um excesso de açodamento, de condenações, tanto no campo moral quanto jurídico, de atropelamento do processual, de afastamento da presunção de inocência das pessoas", afirmou.

Para ele, o mesmo tipo de "não observância ao devido processo legal" e ao "afastamento da presunção de inocência" no caso Lava Jato está se repetindo agora.

Aliado de Jair Bolsonaro, Salles, que planejava disputar a Prefeitura de São Paulo, acabou não recebendo o aval de seu antigo partido, o PL. O ex-presidente chegou a dizer que "queria o Salles" durante a confirmação de apoio ao agora prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) durante as eleições municipais. Em agosto, o deputado federal se filiou ao Partido Novo e afirmou que pretende disputar uma vaga no Senado pela legenda em 2026.

Operação Contragolpe

A Polícia Federal prendeu na terça-feira quatro militares e um policial na Operação Contragolpe, que identificou um "detalhado planejamento operacional" chamado "Punhal Verde e Amarelo", previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022, com o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O plano também incluía a execução do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que era monitorado continuamente, caso o golpe fosse consumado.

Segundo as investigações, o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto foi o anfitrião de uma reunião na qual foi aprovado o plano de ação dos "kids pretos" para uma operação que envolveria a prisão ou execução do ministro Alexandre de Moraes.

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Órgãos reguladores dos EUA autorizaram nesta terça-feira, 24, o retorno dos voos da American Airlines, após uma breve paralisação devido a um problema técnico em todo o sistema. Pouco antes das 7h, horário do leste dos EUA, a Administração Federal de Aviação ordenou a interrupção de todos os voos da American Airlines nos EUA, a pedido da própria companhia aérea.

A American relatou um problema técnico que afetou todo o seu sistema, com milhões de pessoas viajando durante o feriado. Em respostas nas mídias sociais aos viajantes frustrados, a companhia aérea disse: "Nossa equipe está trabalhando atualmente para corrigir isso. Agradecemos sua paciência contínua'.

A empresa não emitiu um comunicado à imprensa explicando o problema e um e-mail não foi respondido imediatamente.

Uma publicação no site da Administração Federal de Aviação reconheceu a solicitação da companhia aérea de uma "parada nacional" para todos os voos da American Airlines e suas subsidiárias.

A interrupção ocorreu quando se espera que milhões de viajantes voem nos próximos 10 dias.

O Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), ligado ao Departamento de Defesa, informou que dois membros do Estado Islâmico (ISIS) morreram e outro ficou ferido durante um ataque aéreo de precisão à província de Dayr az Zawr, localizada no leste da Síria. O ataque aconteceu nesta segunda-feira, 23, e foi realizado pelo Exército americano.

Em comunicado publicado no X (antigo Twitter), o órgão americano informou que "os terroristas estavam movendo um caminhão de armas que foram destruídas durante o ataque" e que a investida "ocorreu em uma área anteriormente controlada pelo regime sírio e pelos russos".

Ainda segundo o Exército americano, o ataque aéreo faz parte do "compromisso contínuo de interromper e prejudicar os esforços dos terroristas para planejar, organizar e conduzir ataques contra civis e militares dos EUA", além dos aliados e parceiros do Centcom na região.

Diplomatas americanos visitam Damasco

Os ataques contra áreas dominadas pelo Estado Islâmico ocorrem em meio a visitas de diplomatas americanos a Damasco depois da deposição do presidente Bashar Assad no inicio deste mês.

A secretária de Estado assistente para Assuntos do Oriente, Barbara Leaf, o ex-enviado especial para a Síria Daniel Rubinstein e o enviado-chefe do governo Biden para negociações de reféns, Roger Carstens, compõem o grupo enviado para conversar com os líderes interinos da Síria, informou o Departamento de Estado na sexta-feira, dia 20.

É a primeira equipe de diplomatas americanos a visitar formalmente a Síria em mais de uma década, desde que os EUA fecharam sua embaixada em Damasco em 2012.

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton foi hospitalizado nesta segunda-feira (23) em Washington após desenvolver sintomas febris, segundo comunicado de um assessor do democrata.

"Ele continua de bom humor e aprecia profundamente o excelente atendimento que está recebendo", disse Angel Ureña, vice-chefe de gabinete de Clinton. O democrata de 78 anos foi internado no MedStar Georgetown University Hospital.

O ex-presidente americano, que comandou a Casa Branca em dois mandatos consecutivos entre janeiro de 1993 e janeiro de 2001, foi internado em diversas ocasiões nos últimos anos. Em 2021, ele teve uma infecção urológica que evoluiu para sepse, mas o quadro foi revertido.

O democrata também sofreu com problemas no coração e realizou procedimentos em 2004 e em 2010, quando inseriu dois stents após sentir dores no peito. Fonte: Associated Press.