Quem é o padre que participou de plano de golpe com Bolsonaro, segundo a PF?

Política
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Além de militares de alta patente, de aliados de Jair Bolsonaro (PL) e do próprio ex-presidente, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva também foi um dos 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 21. Todos são suspeitos de tramar um golpe de Estado para manter o ex-chefe do Executivo federal no poder após perder as eleições de 2022.

O sacerdote, que atua na diocese de Osasco, na Grande São Paulo, tem 43 anos e fez doutorado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma, na Itália, em 2012. Como tese, apresentou uma proposta a partir da doutrina de São Tomás sobre "o papel global da virtude da religião". Silva tornou-se oficialmente padre na Igreja Católica há 18 anos, em 2006.

A defesa do sacerdote foi procurada pelo Estadão para comentar o indiciamento, mas não havia sido encontrada até a publicação deste texto.

Silva possui perfis nas redes sociais que acumulam milhares de seguidores. Em seu canal no YouTube, ele já publicou mais de 2,7 mil vídeos e possui 137 mil seguidores. No Instagram desde 2013, o padre reuniu 427 mil seguidores, onde atua como um típico criador de conteúdo - alguns deles, polêmicos.

No último dia 31 de outubro, data em que se comemora o Halloween nos Estados Unidos, o padre gravou vídeos falando sobre satanismo e feitiçaria, convidando os seguidores a renegarem a data e comprarem seu curso sobre "batalhas espirituais". As aulas em questão custam R$ 397, mas também é possível assinar um pacote com cinco cursos sobre leitura bíblica, matrimônio, entre outros temas católicos, por R$ 897.

O padre foi alvo da Operação Tempus Veritatis da PF em fevereiro deste ano, apontado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como integrante do núcleo jurídico no planejamento do golpe. Segundo a decisão do ministro na época, Silva atuaria "no assessoramento e na elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado".

Também fariam parte deste núcleo o ex-assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, o advogado Amauri Feres Saad, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o tenente-coronel Mauro Cid, o delator do esquema e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A apuração da PF apontou que ele participou de uma reunião em 19 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto, ocasião em que a minuta golpista teria sido discutida. Na operação em fevereiro, Silva foi alvo de busca e apreensão e entregou seu celular às autoridades. Entretanto, o padre não passou as senhas, alegando que o aparelho continha os "dramas mais profundos" de fiéis e que seu "sigilo sacerdotal não pode ser violado".

Após o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, em que Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avançaram para a segunda etapa, Silva postou uma foto de um altar revestido com uma bandeira do Brasil, apoiando uma imagem de Nossa Senhora. Na legenda, escreveu: "Uns confiam em carros, outros em cavalos. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos".

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A atriz Jennifer Garner, de 52 anos, revelou que perdeu uma amiga nos incêndios que afetaram a cidade de Los Angeles nos últimos dias. Segundo ela, a mulher não conseguiu sair a tempo das chamas que invadiram sua casa.

Segundo as autoridades, 11 pessoas morreram e mais de 10 mil imóveis foram destruídos desde o dia 7 de janeiro. A área devastada já é quase do tamanho da zona oeste de São Paulo.

Garner, famosa por De Repente 30 e Elektra, concedia uma entrevista ao canal americano MSNBC quando falou da amiga: "Para nossa igreja, é algo muito delicado, então não acho que devemos falar sobre isso ainda. Mas, sim, eu perdi uma amiga. Ela não conseguiu sair a tempo."

"Meu coração sangra pelos meus amigos", acrescentou Garner. "Quero dizer, posso pensar em 100 famílias, e há 5 mil casas que foram perdidas. Posso - sem nem mesmo [pensar] - escrever uma lista de 100 amigos que perderam suas casas."

Na sexta-feira, 10, a atriz estava trabalhando como voluntária ao lado do fundador da ONG World Central Kitchen, José Andrés, para ajudar pessoas que tiveram de deixar suas casas por conta dos incêndios.

"Eu me sinto quase culpada ao andar pela minha casa. Você sabe, o que posso fazer? Como posso ajudar? O que posso oferecer? O que tenho a oferecer com essas mãos, essas paredes e a segurança que tenho?", desabafou.

Muitos famosos foram obrigados a desocupar as suas residências em Los Angeles. Nomes como Billy Cristal, Tom Hanks, Paris Hilton, Adam Brody e Leighton Meester tiveram as casas consumidas pelo fogo.

As forças ucranianas capturaram dois soldados da Coreia do Norte que lutavam ao lado das tropas da Rússia na região fronteiriça de Kursk, anunciou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma mensagem via Telegram, neste sábado.

"Nossos soldados capturaram soldados norte-coreanos em Kursk. São dois soldados que, embora feridos, sobreviveram, foram levados para Kiev e estão se comunicando", mencionou ao compartilhar fotos dos presos usando bandagens no corpo e descansando em macas. Segundo Zelensky, capturar os soldados vivos "não foi fácil".

A Walt Disney, gigante empresa de entretenimento americana, anunciou que fará uma doação de US$ 15 milhões para responder aos incêndios e ajudar na reconstrução das instalações afetadas pelo fogo na Califórnia. Segundo a companhia, o dinheiro será distribuído para diversos grupos, incluindo a Cruz Vermelha Americana, a Fundação do Corpo de Bombeiros de Los Angeles e o Banco Regional de Alimentos de Los Angeles.

"Estamos orgulhosos de fornecer assistência a esta comunidade resiliente e vibrante neste momento de necessidade", disse o CEO da Disney, Bob Iger, em comunicado.