Pimenta diz que aguardará chamamento de Lula para saber destino no governo

Política
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O agora ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse depois da posse de seu sucessor no ministério, Sidônio Palmeira, que não sabe qual será seu destino.

"Não adianta me perguntarem para onde vou, também estou nessa indefinição", declarou, em conversa com jornalistas. "Essa pergunta só quem pode responder é o presidente", disse o ministro.

Pimenta também foi perguntado se preferia ficar no Executivo ou voltar para o Legislativo. Disse que tudo depende de Lula. "Eu não tenho vontade própria", brincou.

O petista disse que esperará o presidente da República o chamar para conversar sobre sua próxima tarefa. Pimenta deverá tirar alguns dias de férias.

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O Hamas libertou neste sábado, 22, os últimos seis reféns vivos como parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel. Em troca, Tel-Aviv concordou em soltar 602 prisioneiros palestinos, o maior número até então. Houve atraso nessa entrega, o que aumentou a tensão em torno das negociações da próxima fase da trégua.

Segundo os termos do acordo de cessar-fogo, o Hamas se comprometeu a libertar pelo menos 33 dos quase 100 reféns restantes na Faixa de Gaza, alguns dos quais se acredita estarem mortos, em troca de mais de 1.000 palestinos presos por Israel e uma retirada parcial da tropas israelenses do enclave. Ambos os lados estão prontos para negociar os termos para estender a trégua, mas um acordo parece remoto.

Ainda há 62 israelenses sob poder do Hamas dos mais de 250 sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, mais da metade deles mortos, segundo Israel. Até o momento, o grupo terrorista libertou 25 reféns e os corpos de outros quatro, incluindo da família Bibas, que virou símbolo da brutalidade do ataque do grupo terrorista.

Em novembro de 2023, o grupo havia libertado 105 civis durante uma trégua curta e quatro reféns foram libertadas durante as primeiras semanas de guerra. Além disso, oito reféns foram resgatados vivos pelas forças israelenses e os corpos de 40 foram recuperados.

Ainda nesta primeira fase, espera-se que o Hamas entregue na próxima semana os corpos de mais quatro reféns.

Dos seis libertados ontem, dois estavam nas mãos do Hamas havia cerca de dez anos. Os outros quatro foram capturados durante o ataque de 7 de outubro. Eles foram libertados aos poucos ao longo do dia.

Encenações

Assim como nas libertações anteriores, terroristas armados e encapuzados exibiram os reféns em um palco antes de entregá-los à Cruz Vermelha.

Sob chuva e cercado por terroristas armados, Tal Shoham, de 40 anos e sequestrado em 7 de outubro, foi forçado a dizer algumas palavras em um microfone em Rafah, no sul de Gaza. Ao seu lado, Avera Mengistu, de 38 anos, que passou mais de 10 anos em cativeiro no território palestino, abaixou a cabeça. Os dois homens subiram em seguida nos veículos da Cruz Vermelha antes de serem entregues a Israel.

A mesma situação se repetiu mais tarde em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, com a libertação de Eliya Cohen, Omer Shem Tov e Omer Wenkert, com idades entre 22 e 27 anos, sequestrados no festival de música Nova, no sul de Israel.

Após 505 dias de cativeiro, eles apareceram sorridentes enquanto a escolta os fazia acenar para a multidão. As encenações foram denunciadas por Israel, ONU e Cruz Vermelha. Sob coação, Shem Tov beijou dois terroristas na cabeça e jogou beijos para a multidão. Os reféns usavam uniformes falsos do Exército, embora não fossem soldados quando foram sequestrados.

Um sexto refém foi entregue posteriormente à Cruz Vermelha e transferido para Israel, de acordo com o Exército israelense. Trata-se de Hisham al-Sayed, um beduíno israelense de 37 anos que passou uma década sequestrado em Gaza.

Atraso israelense

Em troca, era esperado que Israel entregasse imediatamente os 602 presos palestinos prometidos, a maior libertação em um único dia até então.

Fontes dentro do governo disseram às agências internacionais que as entregas haviam sido adiadas para a realização de "consultas de segurança".

Os prisioneiros só foram libertados depois da meia-noite do horário local.

O Hamas afirmou que Israel violou o acordo de cessar-fogo, com o porta-voz Abdel Latif Al-Qanou acusando o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de "deliberadamente protelar".

Israel ocasionalmente atrasou a libertação de prisioneiros em outros momentos durante o cessar-fogo para protestar contra a conduta do Hamas durante as trocas.

Na lista de libertação havia pelo menos 50 palestinos cumprindo penas perpétuas por ataques mortais contra israelenses.

O atraso aumentou as tensões em torno das negociações para a próxima fase do cessar-fogo, que ainda não começaram. A primeira etapa da trégua de seis semanas deve expirar no início de março. Mas os dois lados falharam em chegar a um acordo sobre o próximo estágio, aumentando o temor de que o conflito possa recomeçar em breve.

A segunda fase incluiria o fim da guerra, uma retirada total de Israel e a libertação dos reféns restantes em Gaza, em troca de mais prisioneiros palestinos.

As negociações para a fase seguinte serão as mais difíceis. O Hamas disse que não libertará os reféns restantes sem um cessar-fogo duradouro e a retirada israelense completa. Já Binyamin Netanyahu, com o apoio de Donald Trump, diz que está comprometido em destruir as capacidades militares e de governo do Hamas e devolver todos os reféns, objetivos amplamente vistos como incompatíveis. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os alemães irão escolher neste domingo, 23, o próximo chanceler e a nova formação do Parlamento do país para os próximos quatro anos. O futuro governo terá de lidar com desafios internos, como a reforma do sistema migratório do país e uma modernização da economia, além de tópicos de política externa, como a coordenação da resposta da União Europeia (UE) à presidência de Donald Trump nos Estados Unidos e a guerra na Ucrânia.

Segundo as pesquisas de opinião, o favorito para suceder Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), é Friedrich Merz, da União Democrática Cristã (CDU), partido conservador tradicional. Apesar da liderança de Merz nas pesquisas, a legenda de extrema direita, Alternativa para a Alemanha (AfD) está em segundo lugar nas sondagens, o que deve prejudicar as negociações para a formação de um governo, já que todos os principais partidos do país se recusam a formar uma coalizão com a AfD - uma estratégia criada desde o fim da 2ª Guerra para impedir o retorno de extremistas ao poder após a derrota do nazismo.

A eleição é importante para a definição do futuro da Europa. A Alemanha é a maior economia do continente e a nação mais populosa da UE. O bloco tem sofrido com ameaças de tarifas de Donald Trump e foi deixado para escanteio durante as negociações entre o republicano e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para o fim da guerra na Ucrânia.

"Os resultados desta eleição devem moldar a direção futura da Alemanha e também da Europa", avalia Judy Dempsey, pesquisadora sênior do Carnegie Endowment for International Peace, uma think-tank de política externa. Em uma análise no site da entidade, Dempsey destaca que a volta de Trump à Casa Branca ressalta a necessidade da liderança alemã. "Trump está desmantelando as instituições multilaterais do mundo pós-1945 e uma Alemanha forte e confiante pode dar à UE uma liderança há muito esperada".

Horários

As urnas devem abrir às 8h no horário local (4h no horário de Brasília) e fechar às 18h (14h no horário de Brasília). Os alemães também podem votar por correio, mas suas cédulas devem chegar no horário do fechamento dos locais de votação no dia das eleições para serem contadas.

A contagem de votos começa imediatamente após o fim da votação e os resultados de boca de urna serão divulgados horas depois. Um resultado oficial é esperado na manhã de segunda-feira, 24.

Temas

Economia e imigração são os principais temas deste período eleitoral na Alemanha.

O país não registra um crescimento econômico significativo há cinco anos e está passando por uma crise energética que aumentou os preços de eletricidade desde que a Rússia parou de fornecer gás natural para Alemanha. Berlim também sofre com falta de profissionais qualificados e não investiu em projetos de longo prazo, como linhas ferroviárias e internet de alta velocidade.

Já a imigração se tornou um tema importante no cenário político da Alemanha por conta de diversos ataques terroristas cometidos por cidadãos de países como Afeganistão e Síria.

Merz diz que a Alemanha tem tido uma "política equivocada de asilo e imigração" há uma década - desde que Angela Merkel, uma chanceler do seu próprio partido, permitiu a entrada de um grande número de imigrantes no país.

O governo de Olaf Scholz afirmou que muita coisa já mudou. O atual chanceler instituiu controles temporários em todas as fronteiras da Alemanha e afirma que reforçou muitas leis para facilitar as deportações.

As autoridades disseram que 229.751 pessoas solicitaram asilo na Alemanha no ano passado, uma diminuição de 30% em relação ao ano anterior. Houve 18.384 deportações nos primeiros 11 meses do ano, em comparação com 16.430 em todo o ano de 2023.

Candidatos

Quatro candidatos concorrem para ser o próximo chanceler da Alemanha: o atual chanceler Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), Friedrich Merz, do partido conservador União Democrática Cristã (CDU), Alice Weidel, do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e o atual vice-chanceler Robert Habeck, do Partido Verde.

Merz está na liderança das pesquisas com 30% dos votos, seguido de Alice Wiedel, da AfD, com 20%. Scholz está em terceiro, seguido pelo Partido Verde.

Scholz está no cargo desde dezembro de 2021 e foi prefeito de Hamburgo e ministro do Trabalho antes de assumir a função de chanceler. No cargo mais alto da Alemanha, Scholz lançou um esforço para modernizar as Forças Armadas da Alemanha após a invasão da Ucrânia e fez do país o segundo maior fornecedor de armas da Kiev. O seu governo caiu em novembro em meio a discussões sobre como revitalizar a economia.

Já Merz, o líder da oposição alemã, é o favorito para chegar ao cargo de chanceler. Ele se tornou líder da CDU depois que a ex-chanceler Angela Merkel deixou o cargo. O político levou o seu partido para uma direção mais conservadora e quer reduzir a imigração ilegal na Alemanha.

Um partido que pode surpreender no pleito é o Alternativa para a Alemanha, de extrema direita. A legenda tem uma plataforma anti-imigração e tem como sua líder a economista Alice Wiedel, de 46 anos. Wiedel se juntou ao AfD pouco depois da criação do partido, em 2013 e é uma das líderes da legenda no Parlamento alemão desde 2017. O AfD está em segundo nas pesquisas de opinião, mas todos os partidos tradicionais ressaltam que não irão formar uma coalizão com a legenda de extrema direita.

Formação de governo

Ainda não está claro como o novo governo será formado. A facilidade de formar um governo pode depender, em parte, de quantos partidos farão parte do novo Parlamento.

Há 29 partidos nas urnas, mas é provável que entre cinco e oito deles obtenham votos suficientes para ganhar assentos no Parlamento. Na maioria dos casos, os partidos devem obter pelo menos 5% dos votos para obter uma parcela dos assentos. A Bundestag, ou Câmara baixa do parlamento, tem 630 membros.

Após a eleição, os partidos devem formar uma coalizão. Não existe um limite de tempo definido para este processo. Após a formação do governo, a Bundestag poderá eleger o novo chanceler.

Merz afirmou que, caso vença, espera formar um novo governo até meados de abril. Scholz permanece como chanceler de forma interina até que a Bundestag eleja seu substituto. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente Donald Trump anunciou nesta sexta-feira, 21, a substituição do chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, o oficial de mais alta patente nas forças armadas do país. O general Charles Brown, que foi nomeado pelo ex-presidente democrata Joe Biden em 2023 e se tornou o segundo general negro nesta posição-chave no Pentágono, será substituído por Dan Caine, indicou o presidente em sua rede Truth Social.

"É uma honra anunciar que estou indicando o tenente-general da Força Aérea Dan 'Razin' Caine para ser o próximo chefe do Estado-Maior Conjunto, detalhou o líder republicano. "Caine é um piloto de excelência, especialista em segurança nacional, empresário de sucesso e um 'combatente de guerra' com importante experiência interagencial e em operações especiais", escreveu Trump.

A biografia de Caine no site da Força Aérea americana diz que ele serviu em postos como o de diretor associado para assuntos militares na Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês), bem como em várias funciones operacionais, incluindo manobras de combate como piloto de um F-16.

Trump agradeceu a Brown em sua mensagem por "seus mais de 40 anos de serviço" ao país. O futuro do militar havia sido questionado durante a audiência de confirmação do Comitê de Serviços Armados do Senado para Pete Hegseth no mês passado. Questionado se ele demitiria Brown, Hegseth respondeu sem rodeios: "Cada oficial sênior será avaliado com base na meritocracia, padrões, letalidade e comprometimento com ordens legais que receberão."

O papel do presidente do chefe do Estado-maior foi estabelecido em 1949 como um conselheiro do presidente e do secretário de defesa, como uma forma de filtrar todas as visões dos chefes de serviço e fornecer mais prontamente essas informações à Casa Branca sem que o presidente tenha que entrar em contato com cada ramo militar individual, de acordo com um briefing do Atlantic Council escrito pelo major-general aposentado Arnold Punaro. O papel não tem autoridade de comando real.

Hegseth, em uma declaração elogiando Caine e Brown, anunciou a demissão de mais dois oficiais superiores: a chefe de operações navais, almirante Lisa Franchetti, e o vice-chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Jim Slife. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)