Hugo Motta sobre anistia aos réus do 8 de janeiro: 'Não foi tentativa de golpe'

Política
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a invasão aos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023 foi "grave", mas "não uma (tentativa) de golpe". A afirmação ocorreu durante entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa (PB), nesta sexta-feira, 7.

"Entendo que estão recebendo penas muito severas", disse o deputado. "É um assunto que divide a Casa, que gera tensionamento com o Judiciário e com o Executivo. Por isso, o nosso cuidado em tratar sobre o tema. Eu não posso chegar aqui dizendo que vou pautar anistia na semana que vem ou não vou pautar de jeito nenhum."

O presidente da Câmara também disse que não tem compromisso em pautar a alteração na Lei da Ficha Limpa. "Minha opinião pessoal é que num sistema democrático que você tem eleições de dois em dois anos, se você não achar que oito anos é um tempo extenso, é não reconhecer a constitucionalidade", disse.

A alteração da Lei da Ficha Limpa consiste num projeto do deputado Bibo Nunes (PL-RS) que fixaria o tempo de inelegibilidade para dois anos. A mudança tornaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elegível para a eleição presidencial de 2026.

Motta foi eleito com 444 votos no dia 1.º de fevereiro para o biênio 2025-2026, sendo a segunda maior votação para presidente da Casa na história, com apoio do PL e do PT - perdendo apenas para Arthur Lira (PP-AL), que recebeu 464 votos em 2023. Ele derrotou os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), que obteve 32 votos, e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que teve 22 votos. Outros dois votos foram em branco.

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A ligação telefônica entre o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, e o presidente dos EUA, Donald Trump, foi adiada devido à mudanças de última hora na agenda do presidente americano, disse o governo panamenho através de uma postagem na rede social X hoje.

Uma nova data será coordenada entre os dois países. A conversa estava prevista para acontecer nesta sexta-feira de tarde.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode estar "falando sério" sobre a anexação do Canadá, devido ao seu interesse em controlar os recursos naturais do país, afirmou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Seus comentários foram feitos durante uma sessão fechada em uma cúpula econômica organizada por seu escritório em Toronto, que reuniu líderes empresariais e trabalhistas para discutir os próximos passos para a economia do Canadá, em meio ao risco de uma guerra comercial com Washington.

Anteriormente, Trudeau e outros altos funcionários canadenses haviam minimizado os comentários de Trump sobre transformar o Canadá no 51º Estado, tratando-os como uma piada ou uma forma de provocar os canadenses.

Porém, de acordo com pessoas presentes no evento, Trudeau afirmou que não acreditava que Trump estivesse brincando sobre querer anexar o Canadá, sugerindo que isso poderia ter relação com os recursos minerais e energéticos do país. Os comentários foram inicialmente publicados pelo Toronto Star, cujo repórter ouviu as palavras de Trudeau porque os organizadores da conferência não perceberam que o microfone do primeiro-ministro ainda estava ligado.

Trudeau estava respondendo a perguntas de líderes empresariais e trabalhistas, após a saída dos jornalistas da sala, depois de suas declarações iniciais.

"Trump e seus assessores estão muito cientes dos nossos recursos, do que temos e querem muito ser capazes de se beneficiar disso", disse Trudeau a portas fechadas. "Mas Trump tem em mente que uma das maneiras mais fáceis de fazer isso é absorver nosso país. E isso é algo real." Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta sexta-feira, 7, que o Japão concordou em dobrar os investimentos em defesa até 2027, em relação aos níveis verificados durante o primeiro mandato do republicano, entre 2017 e 2021. Em coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, na Casa Branca, Trump disse que os dois reforçaram compromisso com a segurança da península da Coreia. "Teremos relação com a Coreia do Norte", disse, antes de completar que se dá bem com o ditador norte-coreano, Kim Jong Un.

Sobre assuntos domésticos, Trump confirmou que pretende demitir alguns dos agentes do FBI que participaram das investigações sobre a invasão do Capitólio por apoiadores do republicano, em 6 de janeiro de 2021. "Há muita corrupção", acusou, sem dar mais detalhes.

Trump também garantiu que o Departamento de Eficiência, liderado pelo CEO da Tesla, Elon Musk, não vai mexer com a Previdência, apenas "fortalecê-la".