Moraes: 'STF estaria condenando velhinhas com Bíblia na mão. Nada mais inverídico'

Política
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A segunda preliminar apresentada diz respeito à competência do STF e da Primeira Turma em julgar os acusados. "Essa matéria já foi pacificada em 1.494 ações. Não é assunto novo", sustentou o relator. "Aproveito para desfazer narrativa completamente inverídica", disse, "de que o STF estaria condenando velhinhas com a Bíblia na mão, que estariam passeando pela Praça dos Três Poderes. Nada mais mentiroso do que isso", sustentou.

Dino afirma que mudança regimental não contou com sua participação

O ministro Flávio Dino afirmou que não estava, em 2023, na mudança regimental para definir que as turmas do STF seriam responsáveis por julgamentos criminais e a formação dos dois grupos. "Nesta cadeira existia uma possibilidade de uma vaga a ser provida por qualquer outro colega da Corte. Não houve decisão casuística da minha participação", disse. À época, Dino era ministro da Justiça do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "Deve-se afirmar a competência da 1ª Turma" para o julgamento do ex-presidente Bolsonaro e integrantes do governo anterior.

Fux diverge do relator e acolhe a preliminar

"Pior do que o juiz que não sabe direito, é o juiz incoerente", afirmou o ministro Luiz Fux, dizendo que a matéria (competência da Turma do STF) não é tão pacificada assim. O ministro relembrou que neste mês votou sobre o assunto, e foi vencido. Para ele, a questão do número de ações que já foram julgadas, como argumentou Moraes, não impede que a questão volte a der debatida. "Peço licença para manter minha coerência que tive semana passada", disse, divergindo do relator e votando à favor da preliminar.

Cármen Lúcia também voto para reconhecer competência da 1ª Turma

A ministra Cármen Lúcia afirmou em seu voto que o STF definiu a norma atual que permite o julgamento ocorrer pela 1ª Turma. "É o STF falando", disse.

Zanin acompanha Moraes e preliminar sobre competência é rejeitada

Zanin, o presidente da Turma, acompanhou o relator pela rejeição da preliminar, também citando os "inúmeros julgamentos" que se posicionou à favor da competência da Corte e das Turmas. O ministro pediu "desculpas" a Fux, dizendo que também teria que manter sua coerência sobre o tema.

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O presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 25, para alterar normas eleitorais dos Estados Unidos, exigindo que as pessoas forneçam documentos comprovando que são cidadãos quando se registrarem para votar. O texto do decreto cita o exemplo do Brasil e da Índia como países que impõem proteções eleitorais.

"Apesar do autogoverno pioneiro, os Estados Unidos agora falham em impor proteções eleitorais básicas e necessárias empregadas por nações modernas e desenvolvidas, bem como por aquelas ainda em desenvolvimento. Índia e Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração para cidadania", diz o decreto executivo assinado por Trump.

A ordem pede que a Comissão de Assistência Eleitoral exija que as pessoas apresentem prova de cidadania americana emitida pelo governo para se registrarem para votar, e orienta autoridades estaduais ou locais a registrar e verificar as informações. Sob essa ordem, os eleitores poderiam usar passaportes ou documentos de identidade para provar cidadania, mas não certidões de nascimento.

Ao The Washington Post, Wendy Weiser, vice-presidente de democracia do Brennan Center for Justice da New York University, disse que, se colocada em prática, a medida privaria milhões de pessoas que não têm acesso tão fácil a documentos que comprovem sua cidadania. O especialista argumentou que o decreto é ilegal, já que o presidente americano não teria poder para anular um estatuto aprovado pelo Congresso.

A mudança parece ter como alvo imigrantes ilegais, amplificando as queixas inverídicas de longa data de Trump sobre a integridade eleitoral. Nas eleições passadas, ele declarou, de forma falsa, que votos ilegais contribuíram para sua derrota na eleição de 2020 e no voto popular em 2016.

A ordem também tenta impedir que Estados contem cédulas de correio que os oficiais eleitorais recebem após o Dia da Eleição. No ano passado, 18 Estados permitiram que cédulas de correio que chegaram após o Dia da Eleição fossem contadas, desde que tivessem carimbo postal do Dia da Eleição.

Essa é uma prática comum em Estados que exigem que as cédulas de correio sejam postadas apenas no Dia da Eleição. Mas mesmo nas semanas após sua vitória decisiva em novembro, Trump continuou reclamando que as cédulas ainda estavam sendo contadas.

A ordem ameaça retirar o financiamento federal dos Estados que não cumprirem.

"Eleições livres, justas e honestas, sem fraudes, erros ou suspeitas, são fundamentais para manter nossa República constitucional", declarou a ordem. "O direito dos cidadãos americanos de terem seus votos devidamente contados e tabulados, sem diluição ilegal, é vital para determinar o vencedor legítimo de uma eleição."

Na assinatura, Trump - que ainda afirma falsamente que venceu a eleição de 2020 - observou que alguns podem não entender por que ele estava reclamando, já que ele venceu "de forma esmagadora" no ano passado.

"Há outros passos que tomaremos como próximos nas próximas semanas, e achamos que conseguiremos acabar tendo eleições justas", disse Trump na assinatura. "Este país está tão doente por causa da eleição, das eleições falsas e das eleições ruins, e vamos consertar isso de uma forma ou de outra." (Com agências internacionais)

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem "plena confiança" em sua equipe de segurança nacional, em entrevista para a Fox News, nesta terça-feira. A fala acontece após a criação de um chat de grupo com supostas informações do governo do país que, por engano, incluiu um jornalista.

"Estamos trabalhando duramente para entender como o número de telefone do jornalista entrou no grupo e vamos assegurar que nunca aconteça novamente", disse. "Os democratas querem que as pessoas acreditem que temos uma crise na segurança nacional americana."

Nesta terça-feira, 25, conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Michael Waltz, assumiu "completa responsabilidade" pelo erro.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Michael Waltz, assumiu "completa responsabilidade" pelo erro em um chat de grupo em um serviço não governamental americano que, por engano, incluiu um jornalista, em entrevista para a Fox News, nesta terça-feira, 25. "Um erro foi cometido, vamos seguir em frente", afirmou.

Waltz, no entanto, chamou o jornalista de "perdedor" e disse que não haviam mensagens confidenciais no grupo de mensagens. "Não precisamos de distrações, estamos focados em cumprir agenda do presidente Donald Trump e em arrumar a bagunça do ex-presidente Joe Biden", acrescentou.