Sidebar

30
Dom, Mar
72 Noticias Novas

Bolsonaro é 'baita arregão' na hora de encarar a Justiça, afirma Boulos

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez uma publicação na plataforma X nesta quarta-feira, 26 sobre Jair Bolsonaro. Sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta pode tornar réus o ex-presidente e outras sete pessoas por crime de golpe de Estado.

"Bolsonaro arregou. Muito machão na hora de tentar derrubar a democracia do País, mas um baita arregão na hora de encarar a Justiça. Depois de ontem, desistiu de ir ao STF acompanhar a votação que o tornará réu. Típico!", escreveu Boulos nesta quarta.

O ex-mandatário acompanha o segundo dia de julgamento no gabinete de seu filho, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), no Senado. Na terça-feira, 25, quando o julgamento foi iniciado, o ex-presidente assistiu à analise de dentro do plenário da Suprema Corte.

Em outra categoria

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca repreendeu no sábado, 29, o governo Trump por seu "tom" ao criticar a Dinamarca e a Groenlândia, afirmando que seu país já está investindo mais na segurança do Ártico e continua aberto a uma maior cooperação com os EUA. O chanceler Lars Løkke Rasmussen fez essas declarações em um vídeo nas redes sociais após a visita do vice-presidente dos EUA, JD Vance, à ilha estratégica.

Mais tarde, no sábado, no entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, manteve um tom agressivo, dizendo à NBC News que "nunca descarta o uso de força militar" para adquirir a Groenlândia.

"Muitas acusações e alegações foram feitas. E, claro, estamos abertos a críticas", disse Rasmussen, falando em inglês. "Mas, para ser completamente honesto: não apreciamos o tom em que elas estão sendo feitas. Não é assim que se fala com aliados próximos. E ainda considero a Dinamarca e os Estados Unidos aliados próximos."

A Groenlândia é um território da Dinamarca, que é aliada da OTAN. Trump quer anexar a ilha, alegando que é necessária para fins de segurança nacional. Na entrevista de sábado, Trump admitiu que "acho que há uma boa possibilidade de conseguirmos isso sem força militar". "Isso é paz mundial, isso é segurança internacional", disse ele, mas acrescentou: "Não descarto nada".

Quando questionado pela NBC sobre que mensagem isso enviaria ao presidente russo Vladimir Putin, que tenta consolidar seu domínio sobre o território ucraniano três anos após a invasão, Trump respondeu: "Eu não me importo".

Na sexta-feira, 28, Vance afirmou que a Dinamarca tem "investido pouco" na segurança da Groenlândia e exigiu que o país mudasse sua abordagem, enquanto Trump pressiona para assumir o controle do território dinamarquês.

Vance visitou tropas americanas na Base Espacial Pituffik, no norte da Groenlândia, uma região rica em minerais, acompanhado de sua esposa e de altos funcionários dos EUA. A viagem foi reduzida após um protesto de groenlandeses e dinamarqueses que não foram consultados sobre a agenda original.

"Nossa mensagem para a Dinamarca é muito simples: vocês não têm feito um bom trabalho com o povo da Groenlândia", disse Vance. "Vocês investiram pouco no povo da Groenlândia e na arquitetura de segurança desta incrível e bela massa de terra, repleta de pessoas incríveis. Isso precisa mudar."

Na sexta-feira, Trump divulgou um vídeo em sua rede social, Truth Social, intitulado "Os Estados Unidos apoiam a Groenlândia", mostrando imagens de tropas americanas na região durante a Segunda Guerra Mundial.

Em sua visita à Groenlândia, Vance disse que os EUA "não têm outra opção" a não ser assumir uma posição mais significativa para garantir a segurança da ilha e incentivou a Groenlândia a buscar a independência da Dinamarca.

"Acho que, no fim das contas, eles vão se aliar aos Estados Unidos", afirmou Vance. "Poderíamos torná-los muito mais seguros. Poderíamos oferecer muito mais proteção. E acho que eles também se sairiam muito melhor economicamente."

No entanto, a reação de membros do parlamento da Groenlândia e de seus moradores tornou essa possibilidade improvável, com a população revoltada com as tentativas do governo Trump de anexar a vasta ilha do Ártico.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, rebateu as alegações de Vance de que a Dinamarca não está fazendo o suficiente pela defesa no Ártico, chamando seu país de "um bom e forte aliado".

Na quinta-feira, 27, parlamentares groenlandeses concordaram em formar um novo governo, unindo-se para resistir às investidas de Trump. Quatro dos cinco partidos eleitos neste mês concordaram em formar uma coalizão com 23 dos 31 assentos no parlamento da Groenlândia.

No dia seguinte, o rei da Dinamarca, Frederik X, escreveu no Facebook: "Vivemos uma realidade alterada. Não deve haver dúvidas de que meu amor pela Groenlândia e minha conexão com seu povo permanecem intactos."

No sábado, centenas de manifestantes protestaram em frente à embaixada dos EUA em Copenhague, a capital dinamarquesa. Alguns seguravam cartazes com os dizeres: "Afastem-se, EUA", segundo a emissora dinamarquesa TV2.

Até mesmo a corrida nacional de trenós de cães da Groenlândia, Avannaata Qimussersu, que começou no sábado com 37 condutores e 444 cães, foi afetada. A esposa do vice-presidente, Usha Vance, que deveria participar do evento, desistiu após a decisão do marido de visitar a base militar, reduzindo a chance de contato com os groenlandeses.

Em seu vídeo, Løkke Rasmussen lembrou que há um acordo de defesa de 1951 entre a Dinamarca e os Estados Unidos. Desde 1945, a presença militar americana na Groenlândia caiu de milhares de soldados em 17 bases e instalações para apenas a Base Espacial Pituffik, com cerca de 200 soldados.

O acordo de 1951, segundo ele, "oferece amplas oportunidades para os Estados Unidos aumentarem sua presença militar na Groenlândia". O chanceler completou: "Se esse for o desejo, então vamos discutir isso".

Løkke Rasmussen também destacou que a Dinamarca aumentou seus próprios investimentos em defesa no Ártico. Em janeiro, o país anunciou um compromisso financeiro de 14,6 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 2,1 bilhões) para segurança na região, cobrindo três novos navios de guerra, drones de longo alcance e satélites.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em entrevista à NBC News ontem que não "poderia se importar menos" se montadoras estrangeiras aumentarem os preços dos carros como resposta à política tarifária de seu governo. A Casa Branca se prepara para impor novas tarifas a bens de consumo a partir da próxima quarta-feira, 2 de abril. A medida é alvo de críticas de líderes internacionais e preocupa os consumidores.

"Espero que eles aumentem seus preços, porque se fizerem isso, as pessoas vão comprar carros fabricados nos EUA", disse Trump, que ressaltou que consideraria negociar as tarifas apenas com aqueles dispostos a dar algo de grande valor em troca.

Durante a entrevista, Trump ainda pontuou que está "irritado" com o presidente russo, Vladimir Putin. Caso as negociações com a Rússia para "parar o banho de sangue" na Ucrânia não avancem, Trump afirmou que pode tarifar "a qualquer momento" o petróleo russo em 25%.

O presidente disse ainda que não irá demitir os funcionários envolvidos no "SignalGate" e reiterou sua confiança no secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, e em seu conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz.

À NBC, Trump afirmou ainda que não descarta utilizar a força militar para anexar a Groenlândia.

O primeiro foguete orbital lançado da Europa continental caiu no domingo depois de apenas meio minuto de voo da base espacial norueguesa de Andøya, no Ártico. O foguete Spectrum, uma nave de dois estágios desenvolvida pela empresa alemã Isar Aerospace, começou a oscilar após a decolagem, girou e caiu, conforme imagens ao vivo exibidas no YouTube.

De acordo com a Isar Aerospace, o foguete caiu na água e "a plataforma de lançamento parece estar intacta". A Andøya Space, empresa estatal norueguesa que opera o espaçoporto de Andøya, próximo ao arquipélago de Lofoten, anunciou que havia implementado um "plano de crise" após o "incidente". Nenhum dano humano ou material foi registrado após a queda do foguete, informou a polícia regional.

Um foguete orbital é um lançador capaz de colocar cargas úteis na órbita da Terra ou além dela. Antes da decolagem, que foi adiada várias vezes devido às condições climáticas, a Isar Aerospace disse que tinha pouca esperança de alcançar a órbita em sua primeira tentativa. "Nosso primeiro voo de teste atendeu a todas as nossas expectativas e foi um grande sucesso. Tivemos uma decolagem perfeita, voamos por 30 segundos e conseguimos até mesmo validar nosso sistema de interrupção de voo", disse Daniel Metzler, cofundador e diretor da jovem empresa alemã.

Dois outros foguetes Spectrum já estão em produção, segundo um comunicado da empresa. O Spectrum, com 28 metros de altura por dois metros de diâmetro e capaz de transportar uma tonelada em órbita baixa, fez seu primeiro teste sem carga útil. "Hoje é um dia importante para os voos espaciais alemães e europeus", reagiu o Ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck. "A Isar Aerospace pode e fará uma contribuição decisiva para garantir o acesso independente da Europa ao espaço", acrescentou. Em 2023, houve uma primeira tentativa de voo orbital do Reino Unido pela Virgin Orbit. A empresa do bilionário Richard Branson usou um Boeing 747 para o lançamento, que fracassou e a empresa foi à falência.

O espaço aparece com destaque no relatório Draghi, publicado no ano passado, sobre a competitividade da União Europeia. Privada do acesso aos cosmódromos e lançadores russos devido às sérias tensões com Moscou, a Europa foi afetada por atrasos no desenvolvimento do foguete Ariane 6 e pela suspensão do lançador Vega-C após um acidente. Ela só recuperou sua soberania espacial em 6 de março, com o primeiro voo comercial de um Ariane 6 de Kourou, na Guiana Francesa, após vários meses sem acesso independente ao espaço.

A Isar Aerospace, fundada em 2018 em Munique, é uma das empresas emergentes da nova economia espacial ("New Space"), que se refere a pequenas empresas privadas que se lançam ao espaço ao lado de pesos pesados institucionais, como a Arianespace. Em comparação com os EUA, que têm grandes empresas como a SpaceX de Elon Musk e a Blue Origin de Jeff Bezos, o movimento New Space está apenas em sua infância na Europa. Além da Isar Aerospace, a alemã Rocket Factory Augsburg (RFA) e HyImpulse, da Alemanha, Latitude e MaiaSpace da França (uma subsidiária do Arianegroup) e PLD Space da Espanha estão competindo para se estabelecer no setor de plataformas de lançamento europeu.

O lançamento de domingo gerou "toneladas de dados que as equipes podem agora avaliar e aprender com eles", disse um comentarista da Isar Aerospace no YouTube. Juntamente com os lançadores, surgiram vários projetos de espaçoporto europeu, desde os Açores portugueses até as Shetlands britânicas, sem esquecer Andøya ou Esrange, na vizinha Suécia. Descrevendo-se como "o primeiro espaçoporto operacional da Europa continental", Andøya se vangloria de que sua localização no Ártico é ideal para o lançamento de satélites de órbita polar ou satélites de sincronização solar, ou seja, satélites que passam por qualquer ponto do planeta no mesmo horário solar local todos os dias.