Ministro de Lula usa imagem de atendimento a Bolsonaro em Natal para exaltar Samu

Política
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP), utilizou a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nesta sexta-feira, 11, para exaltar o programa, implantado em 2003, no primeiro mandato do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o SAMU 192! Atendimento de urgência para salvar vidas de norte a sul. Criado pelo presidente Lula, para todos os brasileiros, cada vez maior e mais rápido! Viva o SUS!", escreveu Padilha na publicação no X (antigo Twitter).

Bolsonaro passou mal durante uma viagem ao Rio Grande do Norte, onde participava de um ato político na cidade de Santa Cruz. Ele sentiu dores decorrentes de sequelas da facada que sofreu em Juiz de Fora (MG) durante a candidatura à Presidência em 2018 e precisou ser atendido com urgência no local.

Em seguida, o ex-presidente foi caminhando até a ambulância, que o levou até o estádio da cidade, o Iberezão. De lá, um helicóptero levou Bolsonaro para o Hospital Rio Grande, de Natal.

Ao Estadão, o médico Antônio Luiz Macedo, que atende o ex-presidente mas não está na capital potiguar, explicou que Bolsonaro passou por um procedimento no estômago que, por enquanto, é clínico A opção por uma cirurgia, no entanto, não está totalmente descartada, segundo o médico.

Macedo explicou que, como o quadro de Bolsonaro não é grave, os procedimentos aplicados pelo Hospital Rio Grande, em Natal, são suficientes. O ex-presidente é tratado com antibióticos e está recebendo cuidados de hidratação, controle da pressão e remoção de líquido do estômago por meio de uma sonda. Antônio Macedo avalia que as dores sentidas por Jair Bolsonaro podem ter sido causadas por alimentos mal mastigados.

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O Conselho de Melhoria de Licenciamento Federal dos EUA anunciou nesta sexta, 18, que irá acelerar o licenciamento de 10 projetos de mineração nos EUA - em resposta à uma ordem executiva do presidente Donald Trump de medidas para aumentar a produção mineral no país.

"Esse é o primeiro uso da autoridade de transparência do Conselho de Licenciamento, e esperamos mostrar os muitos benefícios que ele pode trazer para projetos de infraestrutura essenciais como parte da ordem do presidente Trump", disse Manisha Patel, diretora executiva em exercício do Conselho de Licenciamento.

A mudança impulsiona propostas como a mina de antimônio e ouro em Idaho da Perpetua Resources, uma mina de cobre no Arizona da Rio Tinto e uma de cobre e prata em Montana da Hecla Mining.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quinta-feira, 17, um instrumento liberando a pesca comercial no Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico (PRIMNM, na sigla em inglês), onde até então era proibida.

O próprio instrumento menciona que o PRIMNM "foi estabelecido para proteger e preservar as terras e o ambiente marinho ao redor das Ilhas Wake, Baker, Howland e Jarvis; os Atóis Johnston e Palmyra; o Recife Kingman; e os objetos históricos e científicos neles contidos", incluindo peixes, aves, mamíferos marinhos, corais e a biodiversidade geral dos ecossistemas locais.

"Como parte da gestão do PRIMNM, a pesca comercial está atualmente proibida dentro de seus limites", menciona a resolução assinada por Trump na quinta-feira, 17. "Considero que uma pesca comercial devidamente gerida não colocaria em risco os objetos de interesse científico e histórico que o PRIMNM protege", completou.

No documento, o presidente norte-americano afirma que proibições à pesca comercial fizeram as frotas pesqueiras de seu país perderem acesso a quase metade da Zona Econômica Exclusiva dos Estados Unidos nas Ilhas do Pacífico.

"Isso levou os pescadores americanos a pescarem em águas internacionais mais distantes da costa para competirem com frotas estrangeiras pouco reguladas e altamente subsidiadas. Isso impõe desvantagens aos pescadores comerciais honestos dos Estados Unidos e prejudica territórios americanos como a Samoa Americana, cuja economia do setor privado depende em mais de 80% da indústria pesqueira", justificou Trump, na resolução.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o país está pronto para mediar e auxiliar nas negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos. "Estamos prontos para ajudar, mediar e desempenhar qualquer papel que, do ponto de vista do Irã, seja útil e aceitável para os Estados Unidos", disse Lavrov, durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 18, ao lado do ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi.

Nesta sexta-feira, o Irã buscou apoio da Rússia para um possível acordo com os Estados Unidos sobre o rápido avanço do programa nuclear de Teerã, antes de uma segunda rodada de negociações neste fim de semana, em Roma.

Araghchi elogiou o papel da Rússia no acordo nuclear de 2015 do Irã com potências mundiais, que culminou no levantamento das sanções em troca da imposição de limites por Teerã às suas atividades nucleares. "Estamos esperançosos e esperamos que a Rússia continue apoiando qualquer novo acordo", disse.

O acordo nuclear de 2015 fracassou com a saída unilateral do presidente americano Donald Trump, enquanto o Irã abandonou todos os limites ao seu programa nuclear e enriqueceu urânio com até 60% de pureza - próximo aos níveis de 90% para armas nucleares.

Segundo a agência de notícias russa Interfax, Lavrov contou ter discutido detalhadamente com Araghchi o Plano de Ação Conjunta Abrangente sobre o programa nuclear iraniano. "Partimos do fato de que a única opção para um acordo, como o ministro (iraniano) acabou de dizer, é um acordo exclusivamente sobre questões nucleares", destacou Lavrov.

O ministro russo também disse que Araghchi se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, na quinta-feira, em conversas que "enfatizaram a dinâmica sem precedentes do diálogo político" entre Moscou e Teerã. Ele não deu detalhes, apenas disse que Putin estava "muito satisfeito" com as negociações.

Já em Paris, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, expressou esperança de que as negociações com o Irã sejam "frutíferas e que possam levar a algo". "Todos nós preferimos uma resolução pacífica e duradoura", afirmou.