Tarcísio tem 38% e Lula 34% em cenário de eleição presidencial em SP, diz pesquisa AtlasIntel

Política
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O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem mais intenções de votos para presidente da República entre os eleitores do estado de São Paulo do que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira, 8.

 

Entre os eleitores paulistas, Tarcísio tem 38% de intenções de voto a presidente da República, enquanto Lula tem 34%. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro, com 9%, enquanto Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil) obtiveram 4%.

 

A pesquisa AtlasIntel ouviu 2.059 eleitores de São Paulo no período entre 29 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

 

Em um eventual segundo turno para a disputa presidencial, Tarcísio venceria Lula no estado de São Paulo por 52% a 44%. Outros 4% correspondem a brancos, nulos ou não souberam opinar.

 

Governo de São Paulo e aprovação

 

A pesquisa também ouviu os eleitores sobre cenários para o governo de São Paulo. No primeiro cenário testado, Tarcísio disputaria o primeiro turno contra os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB). Nesse caso, Tarcísio tem 47,3% de intenções de voto, Boulos chega a 22,6% e Márcio França obtém 18,2%. Felipe D'Ávila (Novo) registra 1,8% e Paulo Serra tem 0,6%.

 

Caso a disputa tivesse o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio continuaria na frente. Esse cenário registra 48,6% de intenções de voto para Tarcísio e 34,2% para Alckmin. Esse cenário também tem Érika Hilton com 8,3%, Felipe D'Ávila com 1,9% e Paulo Serra com 0,2%.

 

Tarcísio é aprovado por 52% dos eleitores de SP. Sua reprovação é de 43%, enquanto 4% não souberam opinar. A avaliação de Tarcísio é ótima ou boa para 47,1% dos eleitores, ruim ou péssima para 31,5% e regular para 21,4%.

 

Também no Estado, Lula é desaprovado por 56% e aprovado por 42%, enquanto 2% não souberam opinar. A avaliação do presidente da República entre os eleitores paulistas registrou ótima ou boa para 36,7%, ruim ou péssima para 50,3% e regular para 13%.

 

Cenários para o Senado

 

A sondagem de intenção de votos na eleição para o Senado, que terá duas vagas em disputa, registrou como os dois mais votados Simone Tebet (MDB), com 22,1%, e Fernando Haddad (PT), com 19,7%. Eduardo Bolsonaro (PL) aparece em terceiro lugar, com 14,8%, e Guilherme Derrite (PP) tem 14,4%. Ricardo Salles (Novo) aparece na quinta posição com 7,5%.

 

Em uma disputa com outros candidatos testados na pesquisa, os mais votados seriam Geraldo Alckmin, com 23,1%, e Marina Silva (Rede), com 17,1%. Nesse cenário, Guilherme Derrite aparece com 15,5% e Ricardo Salles com 12%. Rodrigo Manga (Republicanos) aparece na quinta posição com 7,9%.

 

Esses dois panoramas foram calculados com base nas intenções dos eleitores envolvendo o primeiro e o segundo votos para o Senado.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, e o Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, finalizaram uma série de acordos para aprofundar a parceria estratégica entre os países, segundo comunicado da Casa Branca desta terça-feira, 18.

Mohammed bin Salman prometeu que a Arábia Saudita aumentará seus compromissos de investimento nos EUA para quase US$ 1 trilhão. No âmbito de defesa, Trump aprovou um grande pacote de futuras entregas de jatos F-35 e garantiu que a Arábia Saudita comprará quase 300 tanques americanos, disse a Casa Branca.

"As principais conquistas incluem ainda o Acordo de Cooperação Nuclear Civil, avanços na cooperação em minerais críticos e um Memorando de Entendimento sobre Inteligência Artificial - todos os quais destacam o compromisso dos Estados Unidos em garantir acordos que beneficiem diretamente o povo americano", acrescentou o governo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 18, que a regulamentação excessiva de inteligência artificial por estados americanos está ameaçando minar esse "grande motor de crescimento".

"Alguns estados estão até tentando incorporar a ideologia de diversidade em modelos de IA", escreveu ele na rede Truth. "Devemos ter um padrão federal único em vez de um mosaico de 50 regimes regulatórios estaduais. Se não o fizermos, a China nos alcançará facilmente na corrida pela IA", acrescentou.

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, 18, por unanimidade, um projeto de lei que obriga as autoridades a tornar públicos arquivos do caso do falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein, horas depois de a proposta ter passado pela Câmara dos Representantes.

Os senadores utilizaram um procedimento especial para que o texto fosse considerado aprovado de forma automática, sem debates e sem emendas. A proposta de lei será enviada ao gabinete de Donald Trump para sua promulgação.

O presidente americano está preparado para assinar o projeto de lei sobre os arquivos de Epstein assim que ele chegar à sua mesa, disse um funcionário da Casa Branca.

Jeffrey Epstein era um magnata e criminoso sexual que se suicidou em sua cela em agosto de 2019, antes de enfrentar um julgamento federal por uma série de escândalos ligados à sua rede de menores de idade abusadas sexualmente por ele e alguns de seus convidados, em muitos casos personalidades mundiais.

A lei aprovada pelo Congresso dos EUA obriga o Departamento de Justiça a publicar documentos não confidenciais da investigação sobre o financista e sua morte na prisão.

A medida foi tomada depois que os democratas, acompanhados por um pequeno grupo de dissidentes republicanos, conseguiram levar a legislação à votação na Câmara, apesar da veemente oposição de Trump e dos líderes do Partido Republicano. Isso refletiu como o caso Epstein e a forma como o presidente lidou fragmentaram a coalizão política de Trump e sugeriram uma fragilidade em seu controle absoluto sobre o partido.

A moção para levar o projeto ao plenário ficou parada por meses na Câmara e precisava de mais uma assinatura para avançar. O destino do projeto mudou na semana passada depois da reabertura do governo federal, que possibilitou a posse da deputada Adelia Grijalva. A democrata deu a última assinatura à moção.

Em paralelo, a divulgação de e-mails de Epstein obtidos por meio de liminar pelo Comitê de Supervisão da Câmara, também na semana passada, aumentou a pressão sobre Trump e os republicanos.

Nos mais de 20 mil arquivos, o presidente é citado mais de 1,6 mil vezes, e em alguns e-mails Epstein diz que Trump sabia de seus crimes e passou horas com uma das vítimas. O republicano nega qualquer conduta criminosa e considera o assunto uma "farsa".

Na segunda-feira, Trump disse que assinaria o projeto de lei se ele fosse aprovado por ambas as casas do Congresso, acrescentando: "Deixem o Senado analisá-lo".

A votação desta terça reforça as exigências para que o Departamento de Justiça divulgue os arquivos do caso de Epstein, um empresário influente que se suicidou em uma prisão de Manhattan enquanto aguardava julgamento em 2019, acusado de abuso sexual e tráfico de menores.

Trump muda de posição

Trump afirmou ter rompido relações com Epstein há anos, mas tentou durante meses contornar as pressões pela divulgação dos documentos. Na segunda-feira, ele disse a repórteres que Epstein tinha ligações mais com democratas e que não queria que os arquivos de Epstein "prejudicassem o grande sucesso do Partido Republicano".

Ainda assim, muitos na base republicana continuam a exigir a divulgação dos arquivos. Para aumentar essa pressão, várias sobreviventes dos abusos de Epstein comparecerão ao Capitólio nesta terça para pressionar pela divulgação dos arquivos. Elas também se reuniram com Johnson e protestaram em frente ao Capitólio em setembro, mas tiveram que esperar dois meses pela votação.

Isso porque Johnson manteve a Câmara fechada para atividades legislativas por quase dois meses e também se recusou a empossar a deputada democrata Adelita Grijalva, do Arizona, durante a paralisação do governo.

Após vencer uma eleição suplementar em 23 de setembro, Grijalva havia prometido fornecer o voto crucial de número 218 para a petição referente ao projeto de lei sobre os arquivos de Epstein. Mas somente depois de tomar posse na semana passada ela pôde assinar a petição de desobstrução, garantindo a maioria necessária na Câmara, composta por 435 membros.

Rapidamente ficou evidente que o projeto de lei seria aprovado, e tanto Johnson quanto Trump começaram a ceder. No domingo, Trump disse que os republicanos deveriam votar a favor do projeto.

O deputado Thomas Massie, republicano do Kentucky e autor do projeto de lei juntamente com o deputado democrata Ro Khanna, disse que Trump "cansou de me ver ganhar. Ele queria se juntar a nós."

Mesmo com todos votando a favor da divulgação dos arquivos, os líderes republicanos descartaram a medida como uma "votação política para inglês ver", orquestrada por democratas que apenas fingiam interesse no caso Epstein na esperança de prejudicar politicamente Trump. E embora o presidente tenha afirmado que sancionaria o projeto de lei caso chegasse à sua mesa, seus defensores questionaram se o Departamento de Justiça de fato divulgaria os arquivos.

*Com informações de agências internacionais.