Moraes: está claro e cristalino que Bolsonaro buscou apoio de militares por golpe de Estado

Política
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, disse que está "claro e cristalino" que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro buscou apoio dos comandantes das Forças Armadas para dar um golpe de Estado. "Por que um presidente da República, às vésperas de terminar seu mandato, convocaria os comandantes das Forças Armadas, para discutir sua manutenção no poder? Essa foi reunião. A perpetuação no poder. Na ausência de um instrumento jurídico para a impugnação, só restava um instrumento: a força. A intervenção militar. É claro e cristalino é que o então presidente, líder da organização criminosa, pretendia o apoio, porque sem tropas ele não conseguiria naquele momento", declarou.

Moraes fez uma evolução dos fatos como se falasse em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por essa sequência cronológica dos fatos, a falta de apoio dos comandantes das Forças Armadas ao plano golpista levou a uma tentativa derradeira de se manter no poder: fazer com que o povo clamasse por uma intervenção militar, o que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023.

"Se não conseguir que os comandantes militares apoiem o golpe de Estado antes de terminar meu mandato, o que eu faço? Continuo demonstrando que não reconheço a legitimidade das eleições, da Justiça Eleitoral e nem a vitória do meu adversário. Viajo e a organização criminosa, esse é o conceito da autoria mediata, continua influenciando, instigando e coordenando, e o que não conseguir nesse momento, vamos organizar o chamado do povo brasileiro. E esse chamado, não do povo, mas de criminosos golpistas, resultou no 8 de janeiro. É uma sequência de atos executórios, em que organização criminosa, do início ao fim, pretendia a mesma coisa: a perpetuação no poder", afirmou.

Segundo o ministro, ainda, a crise institucional, na cabeça dos integrantes da organização criminosa, era o fato de perder o poder. Disse que "não é golpista só quem oferece as tropas, quem pede as tropas também é". Afirmou, também, que o ex-presidente, ao pedir o apoio das tropas militares, consumou um crime que tentou por todos os meios.

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A justiça argentina determinou, nesta terça-feira, 18, a apreensão de mais de 100 propriedades, contas bancárias, empresas e fazendas ligadas à ex-presidente Cristina Kirchner e a outras oito pessoas condenadas por corrupção em projetos de obras públicas durante o mandato da líder peronista. A estimativa é que o montante desviado chegue a US$ 500 milhões. Os bens já haviam sido congelados após as condenações dos envolvidos.

Kirchner está em prisão domiciliar em Buenos Aires, pena que começou a cumprir em junho deste ano após o trânsito em julgado da sentença de seis anos, à qual foi condenada por administração fraudulenta no final de 2022. Ela também foi permanentemente proibida de ocupar cargos públicos.

O caso de corrupção que levou à prisão da também ex-vice-presidente envolve irregularidades detectadas em 51 licitações, de acordo com a Justiça. Foram identificados desvios para a construção de rodovias e estradas nacionais na província de Santa Cruz entre 2003 e 2015, período que compreende a presidência de Néstor Kirchner, seu falecido marido, e o que Cristina foi presidente.

Segundo o tribunal, ocorreu um "esquema fraudulento extraordinário" que prejudicou os interesses da administração pública. O desfalque foi estimado em cerca de 85 bilhões de pesos (cerca de US$ 70 milhões na época), valor posteriormente atualizado por especialistas do Supremo Tribunal de Justiça do país.

Entre os outros réus afetados pela decisão estão Lázaro Báez, empresário próximo aos Kirchner que se beneficiou de contratos de obras públicas, um ex-secretário do departamento e ex-funcionários da autoridade rodoviária.

O tribunal que os considerou Kirchner e os outros oito culpados deixou a critério dos réus determinar a porcentagem dos bens que cada um receberia pela confiscação. Mas nenhum deles acatou a medida e entraram com recursos que foram rejeitados por instâncias superiores.

A ex-presidente, que afirma ser vítima de perseguição judicial orquestrada por setores conservadores para afastá-la da cena política, não comentou a nova decisão. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, finalizaram uma série de acordos para aprofundar a parceria estratégica entre os países, segundo comunicado da Casa Branca desta terça-feira, 18.

Mohammed bin Salman prometeu que a Arábia Saudita aumentará seus compromissos de investimento nos EUA para quase US$ 1 trilhão. No âmbito de defesa, Trump aprovou um grande pacote de futuras entregas de jatos F-35 e garantiu que a Arábia Saudita comprará quase 300 tanques americanos, disse a Casa Branca.

"As principais conquistas incluem ainda o Acordo de Cooperação Nuclear Civil, avanços na cooperação em minerais críticos e um Memorando de Entendimento sobre Inteligência Artificial - todos os quais destacam o compromisso dos Estados Unidos em garantir acordos que beneficiem diretamente o povo americano", acrescentou o governo.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 18, que a regulamentação excessiva de inteligência artificial por estados americanos está ameaçando minar esse "grande motor de crescimento".

"Alguns estados estão até tentando incorporar a ideologia de diversidade em modelos de IA", escreveu ele na rede Truth. "Devemos ter um padrão federal único em vez de um mosaico de 50 regimes regulatórios estaduais. Se não o fizermos, a China nos alcançará facilmente na corrida pela IA", acrescentou.