Pena não pode ser dada de acordo com nossa convicção moral, diz Fux

Política
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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), argumentou nesta quarta-feira, 10, que "se um fato escapou" à previsão em lei, não sendo enquadrado de forma objetiva e subjetiva a "figuras delituosas" descritas pela norma, uma pessoa "não deve contas à justiça repressiva".

Fux destacou que a lei penal é um "sistema fechado", que não pode ser "ser suprida pelo arbítrio judicial ou pela analogia ou pelos princípios de direitos". "Pouco importa que alguém haja cometido um ato antissocial, excitante da reclamação pública", apontou, em uma lógica de que o direito não se confunde com a moral.

Depois de acolher quatro questões preliminares suscitadas por defesas, pregando a nulidade de atos da ação penal sobre uma tentativa de golpe de estado gestada no governo Jair Bolsonaro, Fux fez agora uma avaliação teórica sobre temas relacionadas ao caso. E passou a tecer considerações sobre o crime de organização criminosa.

Antes de abordar um dos pontos centrais da suposta trama golpista, Fux chegou a lembrar juristas para destacar que a "interpretação de acordo com o bem jurídico protegido conduz até mesmo a equívocos, quando não se leva suficientemente em conta que o legislador protege a maioria dos bens somente contra determinados tipos de agressão".

Nesse contexto, Fux argumentou que a interpretação extensiva de tipos penais conduz à "dissolução de limites". "O que ocorre, por exemplo, quando uma interpretação elimina na política uma elementar da lei - aqui no caso, com violência - e a faz desaparecer por trás de outra elementar, aqui coagir", explicou.

"Coagir não é violência. Há crimes em que se usa violência, há crimes em que se usa a expressão coagir", completou. Durante as sustentações orais, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a argumentar que os atos narrados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) não foram cometidos com "grave violência", em uma tentativa de afastar o enquadramento penal.

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O presidente Donald Trump formalizou a nomeação de Stuart Levenbach para o cargo de diretor do Departamento de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB na sigla em inglês), segundo registro do Congresso americano. O diretor da agência era Russell Vought.

Stuart ocupava um cargo sênior no escritório de administração e orçamento lidando com questões de recursos naturais e energia, e é um assessor próximo de Russell Vought, o diretor de orçamento da Casa Branca.

Com essa nomeação, Vought se torna chefe de Stuart Levenbach. Essa mudança é vista pelos democratas como uma manobra legal para permitir que Vought permaneça indefinidamente no comando do CFPB enquanto trabalha para desmantelar a instituição. Pela Lei de Vacâncias, Vought só poderia atuar como diretor interino por 210 dias, mas com a indicação formal de um sucessor, esse prazo fica suspenso até que o Senado aprove ou rejeite a confirmação de Levenbach.

O CFPB foi criado em 2008, após a crise financeira, como parte da Lei Dodd-Frank para proteger consumidores de práticas abusivas no sistema financeiro, e tem operado de forma limitada durante grande parte do ano, com muitos funcionários impedidos de trabalhar e a agência focada apenas em desfazer regulamentações implementadas durante o governo Biden. No início de novembro, a Casa Branca anunciou que não pretende retirar fundos do Federal Reserve para financiar a agência após 31 de dezembro, usando uma controversa interpretação legal que condiciona o financiamento do CFPB à lucratividade do Fed.

*Com informações da Associated Press.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 19, um projeto de lei que obriga o Departamento de Justiça a tornar públicos os arquivos do caso Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais.

Após meses de oposição, o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que sancionará o projeto, que foi aprovado por ampla maioria na Câmara e no Senado. Com a assinatura presidencial, o Departamento de Justiça terá 30 dias para liberar os chamados "Epstein files".

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, destacou que a lei exige "total transparência" do presidente. Schumer afirmou que os democratas estão prontos para reagir caso percebam qualquer tentativa de obstrução à transparência prometida.

A rápida ação bipartidária no Congresso reflete a crescente demanda pública pela divulgação dos arquivos, especialmente devido às conexões de Epstein com líderes globais, incluindo Trump, o ex-presidente Bill Clinton e Andrew Mountbatten Windsor, que perdeu seu título real de Príncipe Andrew por conta do escândalo.

(*Fonte: Associated Press).

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A União Europeia busca alternativas para se desvincular da energia russa, e o Chipre surge como uma solução promissora. O presidente cipriota Nikos Christodoulides disse que parte dos 20 trilhões de pés cúbicos de gás natural descobertos em águas cipriotas pode chegar aos mercados europeus já em 2027, conforme anúncio feito nesta quarta-feira (19).

As reservas cipriotas representam uma fonte significativa de segurança energética para o continente. As atuais quantidades de gás natural de Chipre equivalem aproximadamente a um suprimento de 10 anos do hidrocarboneto que a Rússia transportava para a Europa através do gasoduto Nord Stream, hoje inoperante, com capacidade para alimentar mais de 22 milhões de residências anualmente.

A primeira exportação virá do depósito Cronos, operado pela italiana Eni e francesa TotalEnergies, que será processado no Egito e transportado por navio para a Europa. O consórcio do Cronos deve tomar a decisão final sobre o projeto em 2026, consolidando Chipre como peça-chave na diversificação energética europeia.

(*Fonte: Associated Press).

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.