Paulinho da Força deve ser relator da anistia; plano é substituir indulto por redução de penas

Política
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Adversário do governo Lula, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), presidente do Solidariedade, deve assumir a relatoria do projeto de anistia aos condenados pelos atos golpistas do 8 de Janeiro de 2023. Ao lado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Paulinho da Força, como é conhecido, tem sido um dos interlocutores de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Magistrados da Corte já avisaram que não aceitarão a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, nem aos demais envolvidos na trama que atentou contra a democracia. Se o Congresso der sinal verde para uma proposta de perdão nesses termos, o STF barrará o seu avanço, sob o argumento de que é inconstitucional.

 

Agora, a ideia em discussão por Motta é substituir o projeto que prevê anistia ampla por um texto que reduza as penas dos condenados no 8 de Janeiro, uma proposta considerada mais palatável por ministros da Corte. A dúvida é se esse novo projeto beneficiaria Bolsonaro, como quer o PL. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que nenhum projeto de anistia ampla, geral e irrestrita passará pela Casa de Salão Azul.

 

Em minoria no Congresso, o governo sofreu mais uma derrota, na noite desta quarta-feira, 17, com a aprovação do requerimento que prevê urgência na votação do projeto de anistia. Passavam de 22h30 quando o placar da Câmara exibiu 311 votos favoráveis à urgência, 162 contra e 7 abstenções.

 

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que, ao pautar aquele requerimento, Motta se rendeu aos deputados do motim. Era uma referência aos parlamentares que sentaram na cadeira do presidente da Câmara, no início de agosto, em protesto contra a prisão domiciliar de Bolsonaro, decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

O PT e o governo, porém, têm apresentado posições divergentes sobre a redução de pena a quem participou da trama golpista. Em almoço com parlamentares e dirigentes do PT, nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu ser favorável a um acordo com o Centrão para diminuir o tamanho de algumas penas de condenados do 8 de Janeiro, desde que a medida não atinja Bolsonaro.

 

Nos bastidores, dirigentes, deputados e senadores do PT não esconderam o mal-estar com esse comentário de Lula. "O problema é que redução de pena acaba sendo uma anistia disfarçada", resumiu a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

 

Em abril, o Placar da Anistia feito pelo Estadão mostrou que o deputado Paulo Pereira da Silva era contra a anistia. Ele também disse ser contrário à redução de pena aos envolvidos na tentativa de golpe. Paulinho da Força já foi aliado de Lula, mas rompeu com o governo e se aproximou cada vez mais do Centrão.

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Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a região de Petropavlovsk-Kamchatsky, na costa leste da Rússia, nesta sexta-feira, 18 (horário local), desencadeando um alerta de tsunami e provocando uma série de tremores subsequentes de menor escala na região.

O epicentro do terremoto foi localizado 127 quilômetros a leste de Petropavlovsk-Kamchatsky e ocorreu às 6h58 da manhã de sexta-feira, de acordo com Serviço Geológico dos EUA (USGS). A profundidade foi de 19,5 km.

O Sistema de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu brevemente uma ameaça de tsunami, mas depois a suspendeu. O terremoto ocorre após um sismo de magnitude 7,4 atingir a mesma região russa na manhã do último sábado, 13, informou o USGS.

Pelo segundo dia consecutivo, a Venezuela realizou exercícios militares nas proximidades da ilha caribenha de La Orchila, onde desdobrou navios da Marinha e drones, como parte da preparação de suas Forças Armadas diante da atividade de navios de guerra americanos perto das costas do país.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deu a ordem de se preparar diante de uma suposta ameaça de invasão dos EUA para forçar uma mudança de governo. Os exercícios de três dias incluem 12 navios militares, 22 aeronaves, veículos anfíbios, equipamentos de defesa antiaérea, 2.300 efetivos e 20 pequenas embarcações pesqueiras operadas por membros das milícias - voluntários armados.

"Continua a manobra de campanha 'Caribe Soberano 200'", indicou nesta quinta-feira o ministro da Defesa do país, Vladimir Padrino López, através de seu canal no Telegram, onde publicou um vídeo que mostrou aviões Sukhoi de fabricação russa e exercícios de desembarque.

As Forças Armadas venezuelanas "demonstrando mais uma vez que esta pátria tem quem a defenda", acrescentou o ministro. Padrino disse que é necessário "duplicar esforços" e "elevar nosso preparo operacional" diante de um eventual cenário de conflito armado no mar. (Fonte: The Associates Press)

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

O primeiro-ministro canadense Mark Carney se encontrou com a presidente mexicana Claudia Sheinbaum na quinta-feira durante uma visita de dois dias ao México, focada em como diversificar o comércio diante das ameaças tarifárias dos EUA e manter o mais importante acordo de livre comércio no Hemisfério Ocidental.

O acordo de comércio Estados Unidos-México-Canadá, ou USMCA, será revisado em 2026. Mais de 75% das exportações do Canadá e mais de 80% das do México vão para os EUA. Os dois líderes apertaram as mãos e caminharam lado a lado até o palácio presidencial na Cidade do México, onde o senador canadense Peter Boehm disse que os líderes se preparavam para compartilhar preocupações sobre o presidente dos EUA, Donald Trump. "O que eles estão ouvindo dos americanos, o que nós estamos ouvindo. É uma oportunidade para discutir como lidar com o governo dos EUA no futuro", disse Boehm.

Sheinbaum disse que os dois líderes querem aumentar o comércio bilateral em diferentes setores através do acordo de livre comércio e fazer isso por meio de rotas marítimas - o que evitaria que esses produtos tivessem que passar pelos Estados Unidos. "A ideia é fortalecer o comércio através dos portos entre o Canadá e o México em ambos os oceanos", disse na quinta-feira durante sua conferência de imprensa matinal antes da chegada de Carney.

Carney também busca melhorar as relações com o México durante sua visita de dois dias, após alguns chefes de províncias no Canadá terem falado no ano passado sobre excluir o México de qualquer novo acordo de livre comércio com os EUA. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast