Governo exonera Eduardo Pazuello e nomeia Marcelo Queiroga como ministro da Saúde

Política
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O governo federal publicou nesta terça-feira, 23, edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) para formalizar a nomeação do médico cardiologista Marcelo Queiroga como ministro da Saúde, no lugar do general Eduardo Pazuello. Queiroga é o quarto titular da pasta na gestão de Jair Bolsonaro. Ele tomou posse hoje mais cedo, em uma cerimônia reservada no Palácio do Planalto, mesmo antes de ter seu nome confirmado na publicação oficial do governo.

Queiroga foi anunciado como novo chefe da pasta na última segunda-feira, 15, após dias de números recordes da pandemia da covid-19 no País. Sua nomeação era esperada para o dia seguinte, mas não ocorreu. O Estadão/Broadcast mostrou que médico aparece nos registros da Receita Federal como sócio de três empresas, das quais em duas era identificado com sócio-administrador, o que estava atrasando a nomeação.

Além da ligação de Queiroga com as empresas, o destino de Pazuello também travava a oficialização da mudança no comando da pasta. Conforme o Estadão/Broadcast mostrou, Pazuello deve assumir a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que pode sair do Ministério da Economia e ir para o guarda-chuva da Secretaria-Geral da Presidência.

Mas, conforme o Broadcast Político apurou, ao menos cinco ministros entraram em campo para tentar dissuadir Bolsonaro da ideia. A avaliação é de que não há tempo a perder na agenda de concessões, e que dar o posto ao general, cuja atuação no Ministério da Saúde era criticada, pode ser fatal para a imagem da gestão Bolsonaro nessa área.

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taques israelenses no sul da Faixa de Gaza mataram pelo menos 19 palestinos durante a noite deste domingo, 23, incluindo um importante líder político do Hamas, segundo autoridades do grupo.

Salah Bardawil, membro do bureau político e do parlamento palestino, foi morto em um ataque perto de Khan Younis que também matou sua mulher. Bardawil era um membro bem conhecido da ala política do grupo que deu entrevistas à mídia ao longo dos anos.

Dois hospitais no sul de Gaza informaram ter recebido 17 corpos vítimas de ataques durante a noite, incluindo mulheres e crianças. O membro do Hamas e a esposa não foram incluídos nos números relatados pelos hospitais.

Enquanto isso, rebeldes Houthi apoiados pelo Irã no Iêmen, aliados do Hamas, lançaram outro míssil contra Israel, disparando sirenes de ataque aéreo. O exército israelense disse que o projétil foi interceptado, e não houve relatos de vítimas ou danos.

Israel encerrou seu cessar-fogo com o Hamas na semana passada quando lançou uma onda surpresa de ataques aéreos que mataram centenas de palestinos em todo o território. Os Houthis retomaram seus ataques a Israel, retratando-os como um ato de solidariedade aos palestinos, apesar dos recentes ataques dos EUA visando os rebeldes iemenitas.

O cessar-fogo que entrou em vigor em janeiro interrompeu 15 meses de intensos combates iniciados pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel.

Israel realizou uma série de ataques aéreos em vários pontos do Líbano neste sábado, 22, em retaliação a uma ofensiva com foguetes, matando seis pessoas na maior troca de fogo desde que a trégua com o grupo militante Hezbollah, que começou há quase quatro meses.

A iniciativa causou preocupações sobre a manutenção do cessar-fogo, dias após Israel reiniciar sua guerra contra o Hamas, em Gaza. Em um comunicado, o Hezbollah negou ser responsável pelo ataque no norte israelense, que teria motivado a ofensiva israelense, dizendo estar comprometido com a trégua.

O primeiro-ministro do Líbano, Nawaf Salam, pediu às forças militares do país para tomarem todas as medidas necessárias no sul, onde os ataques israelenses se concentraram, mas disse que o país não quer voltar à guerra.

O governo do Reino Unido ordenou neste sábado, 22, uma investigação sobre a "resiliência energética" da região, após o incêndio em uma subestação elétrica ter forçado o fechamento do aeroporto de Heathrow na sexta-feira.

O Secretário de Energia britânico, Ed Miliband, pediu ao National Energy System Operator (NESO), que supervisiona as redes de gás e eletricidade do Reino Unido, para "investigar urgentemente" o incêndio, "para entender quaisquer lições mais amplas a serem aprendidas sobre resiliência energética para infraestrutura nacional crítica", e informou que o governo está determinado a fazer de tudo para evitar que a situação se repita.

Espera-se que descobertas iniciais sejam relatadas dentro de seis semanas.

O líder da Comissão Nacional de Preparação - grupo que faz campanha para melhorar a resiliência -, Toby Harris, afirmou que o fechamento do aeroporto foi "um grande constrangimento". "É um grande constrangimento para o país que um incêndio em uma subestação elétrica possa ter um efeito tão devastador", disse.