Embaixador da União Europeia no Brasil compartilha crítica a Lula no Twitter

Política
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O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, compartilhou neste domingo, 5, em sua conta do Twitter, um artigo que criticava a aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com países como Cuba, Nicarágua e Venezuela. O movimento foi reprovado por políticos apoiadores do petista, já que é vetado a embaixadores expressarem críticas aos países nos quais atuam.

O texto em questão, intitulado "Fóssil" e feito pelo colunista Demétrio Magnolli, do jornal Folha de S.Paulo, faz uma análise do discurso de Lula proferido no encontro da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), e critica o posicionamento do presidente em relação ao regime de esquerda desses países. "Democracia? Instituições? Perdido nos labirintos do passado, o líder da esquerda brasileira não enxerga nessas palavras mais que artifícios retóricos oportunos", cita o artigo.

Ybáñez compartilhou a publicação em sua timeline e citou um trecho do artigo que fazia alusão à canção "Carolina" de Chico Buarque, em que diz "o tempo passou na janela e só Carolina não viu". Em resposta, o deputado Alencar Santana (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara, disse ser lamentável que um diplomata reforce uma crítica ao País.

Após sua atitude ressoar negativamente pelas redes sociais, o embaixador retirou o tuite do ar e respondeu ao deputado que aceita receber as críticas e pediu desculpas. Em nota enviada ao jornal O Globo, Ybáñez disse que tem o hábito de 'retuitar' opiniões de outras pessoas que não são necessariamente as suas. "Isso foi o que eu fiz ao retuitar o artigo mencionado. Tirar de lá uma opinião ou uma crítica específica não corresponde à realidade", afirmou.

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O Hamas alertou nesta segunda-feira, 8, que a expansão das operações militares de Israel na Cidade de Gaza e o deslocamento de milhares de residentes poderiam ter "repercussões desastrosas" nas negociações que visam um cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses.

O grupo militante disse num comunicado que o seu principal líder político, Ismail Haniyeh, alertou os mediadores sobre o "colapso" das negociações, dizendo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o exército do país assumiriam "total responsabilidade".

A declaração foi feita dias depois de os dois lados parecerem ter reduzido as lacunas nas negociações de longa data que visam interromper os combates nove meses após o início da guerra em Gaza. Esperava-se que as negociações sobre um cessar-fogo fossem retomadas esta semana. O Hamas quer um acordo que garanta a saída total das tropas israelenses de Gaza e que a guerra termine.

Israel diz que não pode parar a guerra antes que o grupo militante palestino seja eliminado. O governo pós-guerra e o controle da segurança do enclave também têm sido questões controversas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 8, esperar que o grupo político do presidente francês, Emmanuel Macron, e as forças de esquerda do país europeu possam chegar a um acordo para governar.

O segundo turno das eleições legislativas francesas foram realizadas neste domingo. Os blocos de esquerda e de Macron conseguiram ficar à frente da extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, mas nenhum dos dois grupos conseguiu maioria absoluta das vagas em disputa.

"Espero que o meu amigo Macron, que meu amigo Mélenchon Jean-Luc Mélenchon, líder do França Insubmissa, que meu amigo François Hollande e tantos outros companheiros na França se coloquem de acordo para montar um governo que possa atender aos interesses do povo francês", declarou o presidente brasileiro.

Há o temor de que o país europeu fique ingovernável com o Legislativo dividido em três grandes blocos. Esquerda e centro fizeram acordos eleitorais para barrar o avanço da extrema-direita, mas têm muitas divergências programáticas.

Lula mencionou a união contra o grupo de Le Pen. "Quando parecia que tudo estava confuso, tudo estava dando errado, o povo se manifesta, vai para a rua e diz 'queremos que os setores democráticos continuem governando a França'", comentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 8, que a única pessoa que sabe se Joe Biden tem condições de concorrer à reeleição para a presidência dos Estados Unidos é o próprio Biden. O americano está sendo pressionado a deixar a corrida eleitoral por ter demonstrado fragilidades contra Donald Trump, seu adversário.

"É muito difícil um cidadão de outro país dar palpite sobre a candidatura de outro presidente de outro país. Somente o Biden tem o direito de tomar uma posição sobre ele. Somente ele se conhece perfeitamente bem, sabe o que ele tem, o que ele não tem, se ele pode ou não pode", disse Lula.

O presidente brasileiro deu as declarações a jornalistas em Assunção, no Paraguai, onde foi participar de reunião com os demais líderes do Mercosul.