Com impasse no Senado, oposição tenta emplacar CPI da Covid na Câmara

Política
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Deputados da oposição vão fazer um "esforço concentrado", nos próximos dias, com o objetivo de conseguir adesões para impor novas dificuldades ao Palácio do Planalto. Adversários do presidente Jair Bolsonaro viram no imbróglio do Senado a chance de reunir apoio para criar uma CPI da Covid focada no governo federal e pressionar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a dar aval à proposta.

A instalação de uma CPI na Casa depende da assinatura de 171 deputados e, posteriormente, do respaldo de Lira, que é aliado de Bolsonaro e já se mostrou contrário à iniciativa. A oposição reúne 130 parlamentares. Atualmente, há diversos pedidos para a abertura de CPIs na Câmara, mas nenhum deles tem o apoio necessário.

"Vamos decidir se reforçaremos algum desses pedidos ou se vamos fazer um novo requerimento conjuntamente (partidos da oposição) sobre a crise sanitária e as responsabilidades do governo federal aqui na Câmara", afirmou o líder do PT, deputado Bohn Gass (RS).

Para Gass, com as assinaturas e o apelo da sociedade será possível reverter a resistência do presidente da Câmara. Na última sexta-feira, 9, em um evento da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Arapiraca, (AL), Lira afirmou não ser esse o momento de "apontar o dedo para ninguém".

"A CPI não nasce à toa. Tem de ter um fato determinado e assinaturas. E ela tem de ter a ocasionalidade. Eu comungo da ideia de que esse não é o momento de encontrar culpados, de apontar o dedo para ninguém", argumentou Lira, que está à frente do "Centrão".

Para o líder da Minoria, Marcelo Freixo (PSOL-RJ), é possível haver mudança da decisão de abertura de uma CPI no Senado, mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal. "Isso também é importante para balizar o que pode ou não acontecer na Câmara", observou.

"Não há disposição do presidente da Câmara de abrir uma CPI. Ele tem deixado isso explícito. Ao mesmo tempo, há cada vez mais uma necessidade de responsabilizar aqueles que têm levado luto para dentro das famílias", disse a líder do PSOL na Câmara, Taliria Petrone (RJ). "Sem dúvida é fundamental a gente instalar uma CPI em ambas as Casas".

No Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), avalia a possibilidade de ampliar o escopo das investigações da CPI da Covid para incluir Estados e municípios, após a ordem do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que determinou a abertura da comissão. Pacheco vai consultar a Secretaria-Geral da Mesa nesta terça-feira, 13.

Um primeiro requerimento, de iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pede apenas a apuração das ações e omissões do governo federal na pandemia. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apresentou, no entanto, um adendo para incluir no escopo da CPI a investigação sobre o uso de recursos federais, por parte de governadores e prefeitos, no combate ao coronavírus.

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Uma forte tempestade atingiu várias regiões dos Estados Unidos neste fim de semana, provocando tornados, incêndios e ventos extremos. Pelo menos 17 pessoas morreram e centenas de casas foram destruídas. O Estado mais afetado foi o Missouri, onde 11 mortes foram confirmadas após tornados durante a madrugada deste sábado, 15. Em Arkansas, três pessoas morreram e 29 ficaram feridas em oito condados. No Texas, três pessoas morreram em colisões causadas por uma tempestade de poeira.

Os ventos chegaram a 130 quilômetros por hora, causando incêndios em Oklahoma, Texas, Kansas, Missouri e Novo México. Mais de 130 focos de fogo foram registrados apenas em Oklahoma, onde 300 casas foram danificadas ou destruídas. O governador Kevin Stitt afirmou que 266 mil hectares já foram queimados. Em Texas e Oklahoma, milhares de pessoas ficaram sem energia após os ventos derrubarem linhas de transmissão e tombarem caminhões em rodovias.

O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu alertas para tornados, incêndios e nevascas. Em Estados do norte, como Minnesota e Dakota do Sul, a previsão é de nevascas com ventos de 100 quilômetros por hora e acúmulo de até 30 centímetros de neve. Fonte: Associated Press.

Os bombardeios americanos contra alvos dos rebeldes houthis no Iêmen mataram pelo menos nove civis e feriram outros nove em Sanaa, capital do país, segundo informou neste sábado, 15, Anees al-Asbahi, porta-voz do ministério da saúde controlado pelo grupo.

Imagens que circulam na internet mostram colunas de fumaça preta sobre a área do complexo do aeroporto de Sanaa, que inclui uma extensa instalação militar. Moradores relataram que pelo menos quatro ataques aéreos atingiram o bairro Eastern Geraf, no distrito de Shouab, ao norte da capital. "As explosões foram muito fortes", disse Abdallah al-Alffi, morador da região. "Foi como um terremoto."

Nasruddin Amer, vice-chefe do escritório de mídia dos houthis, afirmou que os bombardeios não vão dissuadir o grupo, que promete retaliar contra os Estados Unidos. "Sanaa continuará sendo o escudo e o apoio de Gaza e não a abandonará, não importam os desafios", acrescentou em mensagem nas redes sociais.

O presidente Donald Trump anunciou a operação enquanto passava o dia no Trump International Golf Club em West Palm Beach, Flórida. O ataque foi realizado exclusivamente pelos EUA, segundo uma autoridade americana, sem participação de Israel ou do Reino Unido, países que também já bombardearam alvos houthis no passado.

A operação ocorre poucos dias depois de os houthis anunciarem que retomariam ataques contra embarcações israelenses em águas próximas ao Iêmen, em resposta ao bloqueio de Israel a Gaza. Segundo o grupo, as ameaças valem para o Mar Vermelho, o Golfo de Áden, o Estreito de Bab el-Mandeb e o Mar Arábico.

O escritório de mídia dos houthis afirmou que os ataques americanos atingiram "um bairro residencial" no distrito de Shouab. Para os houthis, as agressões elevam seu perfil em um momento em que enfrentam problemas econômicos e intensificam a repressão aos dissidentes e trabalhadores humanitários em meio à guerra civil que há uma década desestrutura o país mais pobre do mundo árabe.

Os bombardeios acontecem duas semanas após Trump enviar uma carta aos líderes iranianos oferecendo um caminho para retomar conversas bilaterais sobre o programa nuclear do Irã. Ao mesmo tempo, o presidente americano adotou uma postura mais dura ao reinstituir a designação de "organização terrorista estrangeira" para os houthis e prometeu responsabilizar Teerã pelas ações do grupo rebelde, como parte de sua estratégia de "pressão máxima" contra o regime iraniano. Fonte: Associated Press.

Dezenas de milhares de italianos participaram neste sábado (15) de um ato em apoio à União Europeia (UE), reunindo manifestantes no centro de Roma em meio a debates sobre um plano do bloco para fortalecer sua defesa. A iniciativa, lançada pelo jornalista Michele Serra, foi apoiada por partidos da oposição de centro-esquerda e buscou reforçar a unidade europeia, sem bandeiras partidárias.

O slogan do evento foi: "Aqui fazemos a Europa, ou morremos". O ato ocorreu em um momento de tensão entre EUA e Europa, agravado pelas políticas do presidente Donald Trump, a guerra na Ucrânia e disputas comerciais.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, apoia com ressalvas o plano da União Europeia para aumentar os gastos militares. A proposta, defendida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prevê um investimento de 800 bilhões de euros em quatro anos, financiado pelo aumento dos orçamentos nacionais de defesa. Meloni teme que o projeto pressione ainda mais a dívida pública italiana.

Líderes do governo não participaram do evento. O vice-premiê Antonio Tajani disse que a Europa precisa de reformas concretas, não de atos simbólicos. O vice-premiê Matteo Salvini, da Liga, criticou a manifestação e afirmou que trabalha para mudar uma União Europeia que, segundo ele, prejudica trabalhadores e empresários com suas regras. Fonte: Associated Press.