'Não podemos no meio da guerra julgar os crimes de guerra', diz Guedes, sobre CPI

Política
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Enquanto ex-ministros da Saúde foram convocados para depor aos senadores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta terça-feira, 4, que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado pode prejudicar o próprio combate à pandemia. "É claro que queremos saber quem errou e quem não errou na CPI. Mas não podemos no meio da guerra julgar os crimes de guerra, você cria o tribunal da guerra depois da guerra", afirmou. "O que vai acontecer é que um prefeito não vai soltar um dinheiro, vai querer a garantia do Ministério da Saúde, que não vai mandar uma vacina sem um documento mais explicadinho. O meio receio é que ao criar um tribunal de guerra no meio da guerra você dificulte o combate. Ninguém para no meio da guerra para prender general que atuou errado", completou.

Ainda assim, o ministro da Economia disse que a CPI irá mostrar que os governos estaduais aumentaram salários com recursos da União carimbados para a Saúde. "Vai ter de tudo na CPI da Covid, vão ver que recursos foram para pagamento de salário e não para a Saúde", afirmou, em audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação; Educação; Trabalho, Administração e Serviço Público; e Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

Guedes aproveitou para se explicar sobre uma fala sua na reunião ministerial de 22 de abril do ano passado, de que a proposta de suspender por dois anos os reajustes salariais de servidores públicos seria uma "granada" colocada pelo governo "no bolso do inimigo".

"Mais uma vez as pessoas deformam o sentido do que eu falei. Aquilo não era uma guerra contra o funcionário público. Eu queria dizer que as transferências para saúde não poderiam ser usados para fazer política e dar reajustes. Nunca foi granada no bolso do povo brasileiro", completou o ministro.

Guedes acrescentou que a guerra seria com os governos estaduais, alinhados ao então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "A guerra era dos governadores contra a União, disputando recursos. Isso voltou na reforma tributária, coma sugestão de criar um fundo de R$ 400 bilhões bancados pela união. Nós não podemos quebrar a União", complementou.

Veto à vacina

O ministro da Economia explicou também que os recursos para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a covid-19 precisaram ser vetados no Orçamento de 2021 para obedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os recursos faziam parte do orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia. "O ministro Marcos Pontes acaba de receber R$ 5 bilhões a mais no orçamento dele, não é por falta de dinheiro. O veto aos R$ 200 milhões da vacina brasileira ocorreu porque não é gasto emergencial", afirmou.

E acrescentou: "Botamos R$ 20 bilhões na compra de vacinas já, para combater a pandemia. Já a despesa para fabricar uma vacina nacional que talvez fique pronta daqui a um ou dois anos, como um gasto recorrente de pesquisa, pela LRF precisa ser vetado."

Guedes disse ainda que brincou com Marcos Pontes sobre as reclamações do ministro astronauta sobre a falta de recursos. "Eu até falei. Faz menos foguete e faz mais vacina. Se tem prioridade, a prioridade é a vacina e não o foguete", completou.

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A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a declaração conjunta da reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 buscam difamar o país e interferir em assuntos internos, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 17. A representante chinesa "lamentou fortemente" a situação e disse que o G7 deve parar de "semear a discórdia e provocar disputas".

"A China sempre promoveu negociações de paz sobre a questão da Ucrânia, nunca forneceu armas letais a nenhuma parte do conflito e exerceu controle rigoroso de exportação sobre artigos de uso duplo", explicou.

Segundo Mao, a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico, segue uma política de defesa nacional de natureza defensiva e sempre mantém sua força nuclear no nível mínimo exigido pela segurança nacional. "O G7 deve parar de politizar e armar os laços comerciais e econômicos e parar de minar a ordem econômica internacional e desestabilizar as cadeias industriais e de suprimentos globais", ressaltou.

A porta-voz apelou para que o grupo "veja a tendência da história e descarte o viés ideológico". "Eles precisam se concentrar em questões importantes, incluindo abordar os desafios globais e promover o desenvolvimento global, e fazer mais coisas que sejam propícias à solidariedade e cooperação internacionais", defendeu.

A milícia houthi prometeu neste domingo, 16, retaliar os EUA após uma série de bombardeios ordenados pelo presidente Donald Trump no sábado, 15, no Iêmen. A maior ação militar desde o retorno do republicano à Casa Branca, envolvendo ataques aéreos e navais, matou 31 pessoas, segundo o grupo iemenita, incluindo mulheres e crianças.

Mohamed al-Bukhaiti, um dos principais líderes houthis, afirmou que os ataques foram "injustificados" e prometeu responder na mesma proporção. "Responderemos à escalada com escalada", escreveu Bukhaiti na rede social X.

Pouco depois, a milícia reivindicou um ataque contra ao porta-aviões americano USS Harry Truman no Mar Vermelho. Os rebeldes afirmaram que dispararam 18 mísseis e um drone. O Pentágono não comentou a alegação.

Repetição

Os houthis, uma milícia xiita que conta com apoio do Irã, vêm realizando ataques contra Israel e ameaçando a navegação comercial no Mar Vermelho há mais de um ano, em solidariedade ao Hamas.

Os ataques americanos destruíram radares, defesas antiaéreas e sistemas de mísseis e drones, reduzindo a capacidade do grupo de interferir em rotas marítimas no Mar Vermelho. A estratégia é a mesma usada pelo governo de Joe Biden, embora Trump tenha dito que seu antecessor agiu de forma "fraca".

O Comando Central dos EUA, que publicou um vídeo mostrando a destruição de um complexo no Iêmen, afirmou que os ataques do fim de semana foram realizados com precisão para "defender os interesses americanos, dissuadir inimigos e restaurar a liberdade de navegação".

Os ataques atingiram a capital, Sana, além das províncias de Saada, al-Bayda, Hajjah e Dhamar. Segundo autoridades americanas, a pressão militar deve continuar por mais algumas semanas. No sábado, Trump exigiu que o Irã interrompa o apoio ao grupo.

Rússia

O conflito ganhou ramificações globais. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, pediu ao chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, em uma ligação telefônica, a suspensão dos ataques.

"Lavrov enfatizou a necessidade de um cessar imediato do uso da força e a importância de que todas as partes participem do diálogo político para encontrar uma solução que evite um maior derramamento de sangue", disse a chancelaria russa, em comunicado.

No ano passado, a Rússia condenou os ataques dos EUA e do Reino Unido contra o Iêmen e tem mantido conversas com os iranianos, que estão cada vez mais próximos de Moscou. Na semana passada, China, Rússia e Irã realizaram um exercício naval conjunto no Golfo de Omã. Na sexta-feira, diplomatas dos três países se reuniram em Pequim e pediram o fim das sanções ao Irã. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após acusar o ex-presidente Joe Biden de assinar documentos oficiais do governo americano utilizando uma auto pen, uma caneta automática para assinaturas em série, o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, uma montagem com a foto oficial de Biden substituída por uma imagem do nome do democrata sendo assinado por uma máquina.

A provocação foi compartilhada numa publicação conjunta feita pelos perfis oficiais da Casa Branca e do POTUS (sigla em inglês para President of the United States) no Instagram.

"O verdadeiro presidente durante os anos Biden foi a pessoa que controlou a auto pen", disparou o magnata em publicação na sexta-feira, 14, à noite.

Na quinta, 13, durante entrevista para a rede de televisão americana Fox News, Trump já havia chamado Biden de "incompetente" ao acusá-lo de usar o dispositivo feito para duplicar assinaturas e comumente usados por celebridades para distribuição de produtos autografados.

"Se você observar, ele assina com auto pen", disparou. "São documentos importantes, você tem orgulho de assiná-los", mas "quase tudo foi assinado com auto pen". "Nunca deveria ter acontecido", finalizou.