Bolsonaro: CPI bateu hoje muito no Queiroga; cloroquina, cloroquina, cloroquina

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

No dia do depoimento de seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado, o presidente Jair Bolsonaro reclamou nesta quinta-feira, 6, na transmissão semanal nas redes sociais, que o colegiado "bateu muito" no titular da pasta: "Cloroquina, cloroquina, cloquina, o tempo todo cloroquina. 'Ah, o presidente falou'...", repetiu. O presidente também chamou a CPI de "xaropada".

Ao fazer nova defesa do uso do remédio sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus, Bolsonaro disse, "ao chutar", que no mínimo dez senadores se trataram com cloroquina. A covid-19, no entanto, matou três senadores: José Maranhão (MDB-PB), Arolde de Oliveira (PSD-RJ) e Major Olímpio (PSL-SP). "Quem não tem alternativa, cale a boca, deixa de ser canalha em criticar quem usa alguma coisa", declarou.

Bolsonaro fez também apologia ao uso da ivermectina. "Estava com sintoma há dias de possível infecção; tomei ivermectina e fiquei bom no dia seguinte", contou.

Para ele, "com certeza vão inventar cloroquina turbinada, com mais uma coisa diferente, e dizer que serve para curar covid". "Tem uns canalhas aí: 'ah, gastou com cloroquina'. Gastou quanto, canalha? Fala quanto, canalha!", questionou, sem citar nomes e reclamar que não apresentam alternativa.

Ao classificar a CPI de "xaropada", Bolsonaro disse que "tem uns quatro senadores ali que, pelo amor de Deus, sabem tudo". Sem citar nomes, desafiou-os a se apresentarem para ser ministros da Saúde. "Eu te nomeio lá no lugar do Queiroga e vai resolver o problema lá das mortes no Brasil." "Continua a CPI da Covid e não tem o que nos acusar; fizemos de tudo", declarou.

O presidente disse que, se estivesse na CPI, responderia que "desvio (de recursos) mata; frase (do presidente) não mata". Ele reclamava da citação de frases que já falou ao longo da pandemia em que minimizava a doença. "O que mata é desvio de recursos públicos que seu Estado desviou. Então vamos investigar o teu filho, que a gente resolve esse problema", disse, sem citar o nome do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), e do filho dele, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). A declaração seria uma referência a frases negacionistas de Bolsonaro que o senador compilou.

Ao reclamar de críticas da imprensa sobre o endividamento dos mais pobres, Bolsonaro citou o lucro da AstraZeneca, fabricante da vacina em parceria com a Universidade de Oxford. "Lucro da Astrazeneca cresceu e vai continuar crescendo em 2022, 2023, 24", disse, ao ler uma notícia.

Em outra categoria

A Casa Branca manifestou que há progressos no desenrolar das negociações para um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. "Estamos na linha de 10 jardas da paz com a Rússia e a Ucrânia", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, dia 17. No futebol americano, a linha de 10 jardas é uma marcação no campo que separa cada tentativa de avanço do time de ataque. Karoline Leavitt também confirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversará na terça-feira, 18, com o homólogo russo, Vladimir Putin.

A Casa Branca refutou a ideia de devolver a Estátua da Liberdade, como sugeriu um político francês, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. "É graças aos EUA que a França não fala alemão hoje", disse a representante em coletiva nesta segunda-feira, 17.

O político de centro-esquerda francês Raphael Glucksmann defendeu o retorno da icônica estátua para a França durante uma convenção de seu movimento de centro-esquerda Place Publique no domingo, 16.

Na visão do político, os EUA não representam mais os valores que levaram a França a oferecer a estátua, que foi inaugurada no porto da cidade de Nova York em 1886 para o centenário da Declaração de Independência americana como um presente do povo francês.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por "cada tiro disparado" pelos Houthis, em publicação na Truth Social, feita nesta segunda-feira, 17. Na postagem, o republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem "dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligência" ao grupo rebelde.

"Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, de agora em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o país será responsabilizado, sofrerá as consequências que serão terríveis", mencionou na postagem.

"As centenas de ataques feitos pelos Houthis, os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, todos emanam e são criados pelo Irã", disse Trump ao enfatizar que "qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força".