CPI: confiança em fechar acordo com País veio em só em março de 2021, diz Murillo

Política
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Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, afirmou que só se sentiu confiante na celebração de um contrato entre a Pfizer e o governo brasileiro em 19 março deste ano, quando o contrato foi efetivamente assinado.

A resposta foi dada logo após o relator da Comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), ler as declarações do presidente Jair Bolsonaro de dezembro do ano passado, quando o mandatário afirmou: "Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: 'Nós (Pfizer) não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral'. Se você virar um jacaré, é problema seu".

Calheiros queria saber se naquele momento havia confiança da farmacêutica na assinatura de um contrato. Murillo respondeu que "não poderia estar confiante oficialmente de um acordo até o acordo ser assinado".

Indagado se as declarações do presidente haviam atrapalhado as negociações com a Pfizer, Murillo negou que isso tenha ocorrido. Segundo ele, nunca ouviu esse tipo de declaração das pessoas com quem estava negociando a venda do imunizante.

O gerente-geral também discordou das posições do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do presidente da República sobre as acusações de que o contrato da Pfizer teria "condições leoninas" que teriam impedido a assinatura do contrato. Segundo ele, as negociações da empresa com o Brasil tiveram "exatamente as mesmas condições que a Pfizer negociou e assinou neste momento com mais de 110 países do mundo".

Pazuello

No depoimento à CPI da Covid, Carlos Murillo afirmou que teve duas interações com ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em novembro e dezembro do ano passado. Além disso, Murillo também se encontrou com integrantes da equipe econômica em 7 de agosto, quando estava presente o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa.

Segundo ele, o primeiro contato com Pazuello partiu de uma ligação feita pelo ex-ministro a ele em novembro. De acordo com Murillo, Pazuello tinha se colocado à disposição da farmacêutica. Naquela ocasião, a Pfizer tinha enviado nova oferta de 70 milhões de doses.

A segunda interação com Pazuello foi em 22 de dezembro, numa reunião no Ministério da Saúde com o ex-secretário-executivo da pasta Élcio Franco. Murillo relatou que, naquela ocasião, Pazuello disse a ele que era necessário "contar com mais doses" da vacina para o Brasil". "Respondi que tínhamos compromisso de estar procurando mais doses para o Brasil", contou o representante da Pfizer.

Segundo ele, havia uma preocupação por parte do ministério sobre as condições do armazenamento da vacina. "Essa era uma das preocupações do governo", disse, lembrando que em outubro foi apresentado ao governo a embalagem que permitiria o armazenamento. Murillo afirmou que o Ministério da Saúde entendeu que para assinar o contrato era necessário o aval da Anvisa e de uma legislação específica. Portanto, no final de novembro teria começado a conversa sobre a legislação para comprar a vacina.

Murillo lembrou ainda que o preço unitário de cada dose oferecido ao Brasil foi de US$ 10. "O preço sempre foi o mesmo desde a primeira oferta em 14 de agosto", disse o representante da farmacêutica.

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A ex-atriz canadense Jasmine Mooney, que participou do filme American Pie: O Livro do Amor (2009), relatou ter ficado 12 dias presa após tentar um visto para trabalhar nos Estados Unidos. Jasmine narrou o ocorrido em uma entrevista ao jornal The New York Times nesta terça, 18.

Nem o Serviço de Imigração e Alfândega e nem a Casa Branca responderam a pedidos do NYT para um pronunciamento sobre o assunto.

Segundo a ex-atriz, ela havia levado sua documentação a oficiais de uma fronteira na Califórnia para tentar seu visto. Jasmine havia recebido uma oferta para trabalhar em uma startup de saúde e bem-estar.

Ao chegar lá, ela foi informada pelos agentes que estava no local errado e levada a outra sala. Jasmine, então, foi surpreendida ao ser presa pelo Serviço de Imigração e Alfândega do país.

"Eles disseram: 'Mãos na parede'", narrou a ex-atriz. Jasmine afirma ter tentado conversar com os agentes, dizendo que não tinha a intenção de entrar ilegalmente nos Estados Unidos, mas em vão.

Seis dias depois, a ex-atriz contou ter sido informada de que ela e outras presas seriam transferidas a outra prisão no Arizona. Na ocasião, Jasmine disse que teve de responder a uma série de perguntas sobre se havia sido abusada sexualmente, se havia tentado suicídio, além de ser obrigada a fazer testes de gravidez em banheiros sem porta.

Enquanto ainda estava presa, ela conversou com uma emissora local, a KGTV, e afirmou que teve de dormir em um colchonete, sem cobertor e sem travesseiro, e enrolada com uma folha de alumínio. "Nunca na minha vida vi algo tão desumano", disse Jasmine.

A ex-atriz foi solta na última sexta, 14, e retornou a Vancouver, no Canadá. Ela foi proibida de entrar nos EUA por cinco anos. Jasmine, porém, pretende apelar da decisão.

Desde que assumiu o mandato, o presidente Donald Trump vem tomando "táticas linha-dura" para tentar barrar as imigrações para o país. Entenda as medidas do governo Trump aqui.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que ninguém quer que a Rússia e a China fiquem juntos, completando que seu governo buscará uma relação amigável com os dois países.

Em entrevista à Fox News nesta terça-feira, 18, Trump disse que "é verdade" ao responder a uma pergunta sobre se o seu governo teria interesse em melhorar a relação com a Rússia.

Para Trump, a Rússia gostaria de ter um pouco do poder econômico dos Estados Unidos. Trump disse que teve uma "boa ligação" com Putin, que durou cerca 2 horas, afirmando que a conversa foi sobre o cessar-fogo na Ucrânia, mas também sobre outros assuntos.

Nesta terça-feira, 18, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou em suspender os ataques a alvos de infraestrutura energética da Ucrânia por 30 dias, atendendo a uma proposta de Trump.

Sobre os processos que pairam sobre o presidente, Trump disse que não desafiaria uma ordem judicial e que conhece como ninguém as instâncias judiciais do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou esperar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, "entrem em paz", pois o mundo "não comporta mais guerra". "Espero que o cara que comanda o exército de Israel tenha ouvido (Geraldo) Alckmin para parar de atacar palestinos", disse.

"Só para vocês terem ideia, no ano passado, o mundo gastou US$ 2,4 trilhões de armas, enquanto isso nós temos 730 milhões de pessoas passando fome no mundo", continuou o petista. "Significa uma inversão de valores que não poderia acontecer no mundo hoje."

A declaração foi dada durante visita à fábrica da Toyota no município de Sorocaba nesta terça-feira, 18, no interior de São Paulo. Além de Lula, estão presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Mais cedo, Zelensky afirmou que a Ucrânia apoiaria uma proposta dos EUA para interromper os ataques à infraestrutura energética russa e que espera falar com o presidente americano Donald Trump sobre seu telefonema de hoje com o presidente Putin.

O presidente ucraniano disse que, após a ligação entre Putin e Trump, ele mesmo conversou por telefone com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz, ambos aliados europeus importantes. Zelensky diz esperar que os parceiros de Kiev não cortem a assistência militar vital para a Ucrânia, depois que Putin enfatizou que qualquer resolução do conflito exigiria o fim de toda a assistência militar e de inteligência.