Atos contra Bolsonaro reúnem milhares em 24 Estados

Política
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Dezenas de milhares de pessoas voltaram às ruas neste sábado, 19, em manifestações críticas ao governo federal realizadas em ao menos 24 Estados e no Distrito Federal, segundo registros nas redes sociais. Organizados por movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos de oposição, os atos pediram o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, a retomada do auxílio emergencial de R$ 600 e a vacinação em massa contra o novo coronavírus.

Segundo os organizadores, foram 427 atos no Brasil e em outros 17 países com cerca de 750 mil pessoas. Não há registros oficiais que confirmem os locais nem o número de participantes em cada um deles. No início da tarde, o País bateu a marca de 500 mil mortes por covid-19, impulsionando ainda mais as manifestações e dominando os discursos.

Em São Paulo, milhares fecharam a Avenida Paulista, ocupando pelo menos oito quarteirões da via, enquanto tentavam atender às recomendações para manter o distanciamento. O vão livre do Museu de Arte de São Paulo foi protegido por gradis, o que provocou aglomerações ao redor do carro de som estacionado em frente ao Masp.

"Sabemos do risco da pandemia, mas nós tomamos todo o cuidado do mundo, hoje eu vim com duas máscaras, e fazemos isso porque temos de sacudir o Brasil", discursou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) também falou aos manifestantes. Lamentou as mortes e alertou para a possibilidade do descontrole da pandemia continuar. "Só um impeachment vai salvar a democracia."

Segundo colocado na disputa pela Prefeitura de São Paulo ano passado, Guilherme Boulos (PSOL) disse que a manifestação ocorria "em homenagem e em solidariedade" aos 500 mil mortos e que o País "não vai esperar sentado até 2022".

No início da noite, os manifestantes iniciaram uma passeata em direção à Praça Roosevelt. No caminho, a Polícia Militar teve de dispersar um grupo que ateou fogo a sacos de lixo em meio a um congestionamento. Próximo das ruas da Consolação e Maceió, mais uma intercorrência foi interrompida pela PM, que usou bombas de efeito moral para conter vândalos que atacavam um agência bancária.

Capitais

No Rio, milhares de manifestantes percorreram a Avenida Presidente Vargas, no centro, até a Igreja da Candelária, com faixas pedindo vacina e impeachment. O ato teve a presença do cantor Chico Buarque e do pastor Henrique Vieira, da Igreja Batista do Caminho, que lidera um movimento de evangélicos contra Bolsonaro.

Palco de tumultos em que dois homens foram atingidos por disparos de balas de borracha da PM, no ato do dia 29, Recife teve protestos mais tranquilos ontem e menores, em função da chuva. Já em Belo Horizonte, o protesto ganhou força. As ruas ficaram mais cheias, e o ato durou toda a tarde, sendo acompanhado de uma carreata.

Em Salvador, centrais sindicais e movimentos estudantis formaram a linha de frente do ato, que tomou o centro para cobrar "vacina, comida e emprego". Mesmo com forte chuva, manifestantes estiveram na Praça Santos Andrade, em Curitiba, para criticar e pedir a saída do presidente da República.

Exterior

Atos foram registrados também no exterior, como em Berlim, Londres, Dublin, Viena, Zurique e Lisboa.

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O presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, disse nesta quinta-feira, 20, que o orçamento de defesa da ilha excederá 3% de sua produção econômica, à medida que reformula suas forças armadas diante da crescente ameaça da China.

Juntamente com os equipamentos mais modernos - grande parte deles provenientes dos Estados Unidos -, os militares estão buscando fundos para manter mais militares com salários mais altos e para prolongar o serviço nacional obrigatório de quatro meses para um ano.

Em um discurso hoje para a Câmara Americana de Comércio, Lai disse que seu governo está determinado a "garantir que nosso orçamento de defesa exceda 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao mesmo tempo, continuaremos a reformar a defesa nacional".

A ilha autônoma, que depende dos EUA para grande parte de seu armamento de ponta, atualmente gasta cerca de 2,45% do PIB em suas forças armadas.

O Gabinete de Israel aprovou o pedido do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, para demitir o chefe do serviço de segurança interna israelense, Shin Bet.

A decisão de demiti-lo, tomada tarde da noite, aprofunda uma luta pelo poder que se concentra principalmente na questão de quem é responsável pelo ataque do Hamas que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.

Ela também pode preparar o terreno para uma crise sobre a divisão de poderes do país. O procurador-geral de Israel determinou que o Gabinete não tem base legal para demitir Shin Bet.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que desmantela o Departamento de Educação do país. "Os EUA gastam muito mais dinheiro por pessoa com educação do que qualquer outro país do mundo", destacou o republicano. "Vamos devolver a educação americana aos estados americanos."

Durante o evento de assinatura, Trump também afirmou que "os custos educacionais serão menores dessa maneira e a qualidade da educação será muito, muito melhor". Ele garantiu que as funções "úteis" do Departamento serão preservadas e redistribuídas para outras pastas do governo federal. "Por exemplo, os fundos para alunos com necessidades especiais serão mantidos e transferidos", explicou.

Em uma fala direcionada à secretária de Educação, Linda McMahon, Trump declarou: "Encontraremos o que fazer com você."

O presidente ainda anunciou a assinatura de uma ação para intensificar a exploração de minerais críticos nos EUA e reforçou sua intenção de firmar um acordo de exploração mineral com a Ucrânia em breve. "Estamos indo muito bem com a Rússia e a Ucrânia", acrescentou.

O Departamento de Educação dos EUA gastou mais de US$ 3 trilhões "sem praticamente nada a mostrar por isso" desde 1979, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca mais cedo. "Apesar dos gastos por aluno terem aumentado mais de 245% nesse período, não houve praticamente nenhuma melhoria mensurável no desempenho dos estudantes", afirma o texto.

O governo ainda destacou que sete em cada dez alunos de quarta e oitava séries não são proficientes em leitura, e os estudantes dos EUA ocupam a 28ª posição entre 37 países membros da OCDE em matemática. "Em vez de manter o status quo que está falhando com os estudantes americanos, o ousado plano do governo Trump devolverá a educação ao lugar onde ela pertence - aos estados individuais, que estão melhor posicionados para administrar programas e serviços eficazes que atendam às suas populações e necessidades únicas", reforça a Casa Branca.