Cúpula da CPI reforça foco em investigar compra da Covaxin

Política
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A cúpula da CPI da Covid reforçou nesta quarta-feira (23) a intenção de se aprofundar nas negociações envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Bolsonaro. Para isso, resolveu adiantar para esta sexta-feira (25) o depoimento do servidor do Ministério da Saúde que relatou pressão para a compra do imunizante, que é produzido pela Bharat Biotech, e cuja compra pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos. Chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda teve o convite para depor à CPI aprovado nesta manhã pelos senadores.

Ao falar da oitiva, o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que a CPI deve avançar nas investigações porque a condução do governo na compra de vacinas não teria sido marcada por "omissões", como antes entendia a maioria dos senadores, mas por ações deliberadas de preferência a um imunizante específico - no caso, a Covaxin. "Estávamos tratando essa investigação como se fosse mero caso de omissão, mas precisamos evoluir para o patamar seguinte. Foram ações deliberadas, não se trata de omissão, mas de ações deliberadas para quebrar monopólio da Pfizer e trazer a Covaxin, que coincidentemente era a vacina mais cara, com calendário mais delongado, a única aquisição que teve com atravessador", afirmou Renan.

"O que demonstra de todas as formas que é uma operação no mínimo suspeita", concluiu o relator. Como mostrou o Estadão, o Executivo adquiriu o imunizante por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante.

Os senadores também deram aval para que o deputado Luis Miranda (DEM-DF), irmão do servidor, fale à CPI - o que também deve acontecer nesta sexta-feira. De acordo com o Broadcast Político, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o deputado Luís Miranda levou a denúncia de um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin no dia 20 de março para o presidente da República, Jair Bolsonaro. Apesar do aviso, o governo seguiu com o contrato.

Discussão

As declarações de Renan levaram a uma discussão entre integrantes da comissão. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), por exemplo, saiu em defesa do governo Bolsonaro em torno do plano de vacinação contra a covid. Ele afirmou que a aplicação de imunizantes na população estaria avançada, citando a declaração de Queiroga, de que todos adultos devem ser vacinados com a 1ª dose até o final de setembro.

Também durante a sessão, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), comentou que pretende protocolar um pedido de prorrogação dos trabalhos da comissão, que originalmente tem prazo para funcionar por 90 dias. "Amanhã (quinta) vou prestar requerimento de prorrogação da CPI da Covid", disse. Segundo apurou a reportagem, o pedido ainda está sendo estudado.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.