Ao ser preso, Roberto Jefferson se queixou de 'saúde debilitada' e flamenguistas

Política
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Preso preventivamente por suposta participação em organização criminosa que quer 'desestabilizar as instituições republicanas', o ex-deputado Roberto Jefferson teve sua audiência de custódia realizada no sábado, 14, ocasião na qual a defesa destacou a saúde debilitada do presidente do PTB para solicitar que o político fosse colocado em prisão domiciliar. A solicitação será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes. Já ao se pronunciar sobre as circunstâncias de sua prisão, cumprida na sexta-feira, 13, Jefferson afirmou que não tinha 'nenhuma reclamação', só a de que 'teve de aturar três flamenguistas na viagem, sendo botafoguense'.

Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Jefferson foi preso no âmbito de investigação sobre suposta organização criminosa, 'de forte atuação digital, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito' - o chamado inquérito das milícias digitais, aberto em julho.

O pedido de prisão do ex-deputado aliado do presidente Jair Bolsonaro partiu da Polícia Federal e foi acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes, que fundamentou a ordem de custódia na 'garantia da lei e da ordem e conveniência da instrução criminal'. De acordo com o magistrado, o presidente do PTB tem se manifestado 'contra as instituições democráticas, proferindo diversas ameaças, em especial ao Supremo Tribunal Federal'.

Ao pedir a prisão de Roberto Jefferson ao Supremo, a PF disse ter identificado a vinculação do presidente do PTB ao escopo das investigações sobre as 'milícias digitais' em razão de 'reiteradas manifestações' do político que 'demonstram aderência voluntária ao mesmo modo de agir da associação investigada, focada nos mesmos objetivos: atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização e de ódio; e gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da república'.

A Polícia Federal registrou que durante as investigações foi possível 'um agravamento da atuação incisiva' do presidente do PTB, 'que passou a reiterar divulgações de ofensas de variadas formas em mídias de comunicação ao mesmo tempo em que incita pretensos seguidores a agirem ilicitamente, em violação às regras do Estado Democrático de Direito, indicando inclusive uma crescente agressividade no discurso'.

Para lera a íntegra do termo de audiência de custódia de Roberto Jefferson, basta clicar aqui.

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Um terremoto de magnitude 5,3 foi registrado no Chile na madrugada desta segunda-feira, 24, segundo informações divulgadas pelo Centro Sismológico Nacional chileno. Por volta de 1h35, horário local, o tremor atingiu a região norte de La Serena, a uma profundidade de 84,9 km, de acordo com dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, pela sigla em inglês).

O USGS utiliza a escala de magnitude do momento para medir a força dos terremotos. É uma escala logarítmica: para cada número inteiro que sobe, a quantidade de energia liberada por um terremoto aumenta cerca de 32 vezes.

Segundo essa escala, terremotos com magnitudes entre 5 e 5,9, como o registrado no Chile, são considerados moderados. Embora esses tremores possam ser sentidos em áreas mais amplas, geralmente causam danos limitados, a depender da localização, profundidade e infraestrutura local.

Potencial de destruição

A magnitude de um terremoto é a medida da intensidade do tremor no local onde ocorreu. O terremoto de maior magnitude já registrada foi de 9,5, que ocorreu no Chile em 1960.

De acordo com a universidade americana Michigan Tech, o potencial de danos que cada intervalo de magnitude causa é das seguintes dimensões:

- Até 2,5: Não chega a ser sentido, mas os sismógrafos registram.

- De 2,5 a 5,4: É sentido, mas causa apenas pequenos danos.

- De 5,5 a 6: Danos a edifícios e outras estruturas.

- De 6,1 a 6,9: Causam muitos danos em áreas densamente povoadas.

- De 7,0 a 7,9: É um grande terremoto, com danos sérios, como prédios destruídos, em áreas habitadas.

- De 8,0 ou mais: É um terremoto ainda mais forte, que pode destruir totalmente comunidades perto do epicentro.

(Com agências internacionais)

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul anulou nesta segunda-feira, 24, o impeachment do primeiro-ministro Han Duck-soo, que voltará ao comando interino do país.

Han assumiu o poder na Coreia do Sul no início de dezembro, em caráter provisório, após o Parlamento aprovar o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, por causa de uma manobra política que foi encarada como uma tentativa de golpe de Estado.

O premiê, porém, também foi derrubado pela Assembleia Nacional, semanas depois, após conflitos com parlamentares da oposição.

Os impeachments sucessivos intensificaram a divisão política na Coreia do Sul e aumentaram as preocupações sobre as atividades diplomáticas e econômicas do país. O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Choi Sang-mok, atuava como presidente interino desde então.

O Tribunal Constitucional decidiu anular o impeachment de Han, mas ainda terá de se decidir sobre o futuro de Yoon.

Os processos de afastamento contra os dois líderes correm separadamente. Se o tribunal mantiver o impeachment de Yoon, a Coreia do Sul deverá realizar eleições para escolher um novo presidente. Caso contrário, o presidente afastado retomará o cargo.

Yoon foi preso e acusado de rebelião por ter assinado um decreto de Lei Marcial, como resposta a uma série de derrotas no Parlamento. O presidente afastado poderá enfrentar até a pena de morte, em caso de condenação. No dia 8, Yoon foi libertado para ser julgado em liberdade.

Desde então, manifestações contra e a favor do presidente afastado dividiram as ruas de Seul e outras grandes cidades na Coreia do Sul. Fonte: Associated Press.

O exército israelense atacou o maior hospital no sul de Gaza na noite deste domingo, 23, matando uma pessoa, ferindo outras e causando um grande incêndio, informou o Ministério da Saúde do território.

O ataque atingiu o prédio cirúrgico do Hospital Nasser na cidade de Khan Younis, disse o ministério, dias após o local ter sido inundado com mortos e feridos quando Israel retomou a guerra em Gaza com uma onda surpresa de ataques aéreos.

O exército israelense confirmou o ataque ao hospital, dizendo que atingiu um militante do Hamas que operava lá. Israel culpa o Hamas pelas mortes de civis por atuar em áreas densamente povoadas.

Mais de 50.000 palestinos já foram mortos na guerra, disse o Ministério da Saúde.