Aprosoja diz que não financia e nem incentiva ataques ao STF e instituições

Política
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Depois da repercussão de áudios e vídeos chamando para manifestação pró-governo e antidemocrática no 7 de Setembro gravados pelo cantor e ex-deputado Sérgio Reis, que virou alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira, 20, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) negou qualquer relação com ataques às instituições e com a manifestação planejada para ocorrer no Dia da Independência. Em nota, a associação declarou que "não financia e tampouco incentiva a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) ou quaisquer atos de violência contra autoridades, pessoas, órgãos públicos ou privados em qualquer cidade do País".

"A associação não possui qualquer ligação com atos que defendam 'invadir' ou 'quebrar' o STF, não responde institucionalmente pela organização de nenhum movimento e repudia qualquer publicação que vincule a associação a movimentos violentos ou ilegais", enfatizou a Aprosoja no documento.

Na manhã desta sexta-feira (20), a Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra o cantor Sérgio Reis. O deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ) também é alvo da operação. De acordo com a PF, o objetivo das medidas "é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes".

No material gravado pelo cantor que circula em grupos de WhatsApp e no Twitter, Sérgio Reis convoca uma greve nacional de caminhoneiros para protestar contra os 11 ministros do Supremo, alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro, de quem o músico é aliado.

O presidente da Aprosoja Brasil e produtor rural, Antônio Galvan, é apontado como um dos líderes do movimento, junto com Sérgio Reis. Na quinta-feira da semana passada, Galvan participou de uma reunião com o cantor sertanejo. Após o encontro, Reis publicou o vídeo em que prega a saída dos ministros do Supremo e promete invadir o Senado.

Galvan recebeu duras críticas por envolver a entidade na manifestação. Os produtores de soja que, segundo Reis, estavam financiando os atos, negam qualquer aporte de recursos ao movimento e dizem defender a democracia. De acordo com a Aprosoja Brasil, a associação não concorda e não apoia manifestações "que preguem trancamento de rodovias, ações desordeiras e outras quaisquer que prejudiquem o abastecimento de alimentos, medicamentos e bens essenciais à população, bem como seu direito de ir e vir". "Historicamente, a Aprosoja Brasil somente apoiou movimentos pacíficos e em conformidade com a Carta Constitucional brasileira", destaca.

Os recursos da associação, como afirmam, são destinados e utilizados exclusivamente em atividades que tenham pertinência com seus objetivos estatutários, tendo sempre em vista a defesa dos interesses dos produtores de soja. "As contas da entidade são integralmente auditadas para que o mais alto nível de ética e compliance seja alcançado", disse.

No comunicado, a Aprosoja reforça que "não financia e tampouco incentiva a invasão do STF ou quaisquer atos de violência contra autoridades, pessoas, órgãos públicos ou privados em qualquer cidade do País. De acordo com a entidade, houve sempre uma defesa, "de forma peremptória", do Estado Democrático de Direito e do equilíbrio entre os Poderes da República.

"A Aprosoja Brasil Continuará a ter a mesma postura republicana em defesa do pleno funcionamento das instituições e o respeito aos representantes das esferas de poder no País", destaca. Na nota, a entidade afirma que sua missão é, inclusive, cooperar com os órgãos oficiais.


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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Irã será responsável por "cada tiro disparado" pelos Houthis, em publicação na Truth Social, feita nesta segunda-feira, 17. Na postagem, o republicano alegou que os iranianos são responsáveis por fornecerem "dinheiro, equipamento militar altamente sofisticado e inteligência" ao grupo rebelde.

"Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, de agora em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o país será responsabilizado, sofrerá as consequências que serão terríveis", mencionou na postagem.

"As centenas de ataques feitos pelos Houthis, os mafiosos e bandidos sinistros baseados no Iêmen, todos emanam e são criados pelo Irã", disse Trump ao enfatizar que "qualquer ataque ou retaliação adicional dos Houthis será recebido com grande força".

A Rússia não parece estar verdadeiramente comprometida em negociar a paz na Ucrânia, de acordo com a chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas. Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, Kallas ressaltou que "agora, parece que a Rússia não quer realmente a paz. O entendimento ao redor da mesa é que não se pode confiar na Rússia, pois aproveitam qualquer oportunidade para apresentar demandas que são seus objetivos finais".

A chefe de Relações Exteriores da UE também mencionou o amplo apoio político à iniciativa de defesa de 40 bilhões de euros para a Ucrânia, destacando a necessidade de agilidade no processo. "No último Conselho Europeu, foi afirmado que precisamos avançar rapidamente com essa iniciativa", explicou. Ela reforçou a importância de demonstrar determinação no apoio à Ucrânia para que o país possa continuar a se defender.

Além do conflito na Ucrânia, Kallas abordou a situação no Oriente Médio, condenando a politização da ajuda humanitária em Gaza e destacando a importância, "para os europeus" de excluir o Hamas de qualquer papel futuro na reconstrução da região. "Todos condenaram a politização da ajuda humanitária, que deve chegar às pessoas necessitadas", afirmou.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que a declaração conjunta da reunião dos Ministros das Relações Exteriores do G7 buscam difamar o país e interferir em assuntos internos, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 17. A representante chinesa "lamentou fortemente" a situação e disse que o G7 deve parar de "semear a discórdia e provocar disputas".

"A China sempre promoveu negociações de paz sobre a questão da Ucrânia, nunca forneceu armas letais a nenhuma parte do conflito e exerceu controle rigoroso de exportação sobre artigos de uso duplo", explicou.

Segundo Mao, a China está comprometida com o desenvolvimento pacífico, segue uma política de defesa nacional de natureza defensiva e sempre mantém sua força nuclear no nível mínimo exigido pela segurança nacional. "O G7 deve parar de politizar e armar os laços comerciais e econômicos e parar de minar a ordem econômica internacional e desestabilizar as cadeias industriais e de suprimentos globais", ressaltou.

A porta-voz apelou para que o grupo "veja a tendência da história e descarte o viés ideológico". "Eles precisam se concentrar em questões importantes, incluindo abordar os desafios globais e promover o desenvolvimento global, e fazer mais coisas que sejam propícias à solidariedade e cooperação internacionais", defendeu.