ModalMais/AP Exata: menções nas redes a ato são menores que as do voto impresso

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Levantamento de publicações nas redes sociais, feito pelo banco Modalmais e consultoria AP Exata, indica que o volume de menções ao protesto desta terça-feira, 7, convocados pelo presidente Jair Bolsonaro para o Dia da Independência, são menores que as do último protesto, realizado no dia 1º de agosto a favor da proposta de voto impresso. A apuração considerou as publicações em redes sociais, no dia de véspera à realização dos protestos.

Segundo o levantamento, no dia que antecede as manifestações, o volume de menções ao ato a favor do voto impresso foi 4,1% maior que a convocação para o protesto de amanhã no Feriado da Independência, e 50,6% maior que a manifestação de 14 de março deste ano, contra as medidas restritivas decretadas para conter o avanço da covid-19 no País. Entretanto, ao contrário das outras manifestações, houve uma redução do porcentual de menções ao protesto do dia 7 de setembro no dia imediatamente anterior, ao contrário do que aconteceu nas outras manifestações. Segundo destaca, o volume de menções não implica volume menor de manifestantes nas ruas.

Entre os pontos a serem considerados, a pesquisa indica que a presença do presidente na avenida Paulista, na região central de São Paulo, a centralização dos protestos e a convocação da participação de fiéis em igrejas evangélicas podem estimular a participação popular nos atos amanhã.

O estudo também destaca que houve nos últimos dias uma redução de menções a setores das Forças Armadas quase na mesma proporção em que avançaram as menções às forças policiais e de segurança pública. Segundo o relatório do estudo, a ideia de que Exército, Marinha e Aeronáutica estariam aptos a apoiar uma ruptura democrática perdeu força.

Outro argumento que ficou enfraquecido é a tese de ruptura democrática. O levantamento ressalta não ter encontrado movimentos coordenados de insubordinação das Polícias Militares, mas reforça as menções pontuais de apoio ao governo. Diferente dos atos a favor do voto impresso, as manifestações para o Feriado da Independência são majoritariamente impulsionadas pela base bolsonarista.

Nas igrejas evangélicas, o engajamento atingiu o ápice na última semana, com ação efusiva de pastores convocando os fiéis para as ruas, entretanto, desde então o movimento perdeu protagonismo. Entre os caminhoneiros, outro setor de apoio ao presidente, não há adesão de toda a categoria, mas sim manifestações isoladas. "Há uma percepção das redes de que o PR consegue mobilizar a sua base de apoio. Mas o fato de os protestos lotarem ou não as ruas não deverá alterar o cenário político do país", indica o estudo.

Em outra categoria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.