PF faz buscas na casa de prefeito flagrado com R$ 500 mil em Congonhas

Política
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A Polícia Federal cumpre nesta segunda-feira, 6, mandados de busca e apreensão contra o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba, flagrado no último dia 26 levando R$ 505 mil em dinheiro vivo no Aeroporto de Congonhas. As ordens são cumpridas na casa de Alba, que é conhecido como 'Gringo', e na prefeitura da cidade de 12 mil habitantes a 117 quilômetros da capital Porto Alegre.

Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República no âmbito do inquérito sobre os atos antidemocráticos previstos para o 7 de Setembro.

O 'Gringo' é dono da bagagem de mão em que a PF encontrou R$ 505 mil armazenado em caixas de papelão durante a inspeção por raio-x. De acordo com a corporação, ao ser abordado, o prefeito disse, inIcialmente, que não sabia o valor total transportado. Na sequência, teria dito que carregava R$ 1,4 milhão.

A apreensão acabou entrando na mira da CPI da Covid, que quer saber se o prefeito de Cerro Grande do Sul está envolvido no financiamento de manifestações antidemocráticas programadas para o feriado do dia 7 de setembro.

Na quarta-feira passada, 1º, a cúpula da comissão manifestou a intenção de comunicar o caso ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre os atos antidemocráticos marcados o feriado da Independência. Alba é aliado do presidente Jair Bolsonaro, que tem incentivado os atos, inclusive com ataques ao Supremo.

A Polícia Federal cumpre, desde a sexta-feira, 3, diferentes diligências no âmbito do inquérito sobre as manifestações violentas programadas para esta quarta-feira, 7. Como mostrou o Estadão, agentes prenderam neste domingo, 5, em Santa Catarina, o bolsonarista Márcio Giovani Nigue, conhecido como 'professor Marcinho'. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, ele disse que há um empresário 'grande' que está oferecendo dinheiro pela 'cabeça' do ministro Alexandre de Moraes, 'vivo ou morto'.

No âmbito da mesma investigação, a PF capturou nesta sexta-feira, 3, o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza. A corporação ainda busca cumprir uma ordem de prisão expedida contra o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o 'Zé Trovão'.

O inquérito em questão foi aberto pela Polícia Federal após o ministro Alexandre de Moraes atender um pedido da PGR. Na mesma decisão, dada no último dia 20, o magistrado ainda determinou realização de buscas contra o deputado federal bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ), o cantor Sérgio Reis e mais oito pessoas, entre elas Zé Trovão e Gomes.

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O Departamento de Estado americano disse que o embaixador da África do Sul nos Estados Unidos, Ebrahim Rasool, - que foi declarado "persona non grata" na semana passada - tem até sexta-feira, 21, para deixar o país.

Depois que o secretário de Estado, Marco Rubio, determinou que o embaixador não era mais bem-vindo nos EUA e publicou sua decisão na rede social X, os funcionários da embaixada sul-africana foram convocados ao Departamento de Estado e receberam uma nota diplomática formal explicando a decisão, disse a porta-voz do departamento, Tammy Bruce.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul, Chrispin Phiri, afirmou em uma entrevista nesta segunda, 17, que Rasool ainda estava nos EUA, mas que sairia o mais rápido possível.

O porta-voz-chefe do Pentágono, Sean Parnell, disse nesta segunda-feira, 17, que os Estados Unidos usarão uma "força letal avassaladora" até que seu objetivos sejam atingidos no Iêmen.

"Esse é um ponto muito importante, pois também não se trata de uma ofensiva sem fim. Não se trata de mudança de regime no Oriente Médio. Trata-se de colocar os interesses americanos em primeiro lugar", declarou Parnell em coletiva de imprensa.

Segundo ele, o Pentágono está perseguindo um conjunto muito mais amplo de alvos no Iêmen do que durante o governo do ex-presidente Joe Biden e que os Houthis podem impedir mais ataques dos EUA dizendo apenas que interromperão seus atos.

Durante o fim de semana, os EUA lançaram ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen, matando pelo menos 53 pessoas, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu que "o inferno cairá" se o grupo continuar atacando os navios do Mar Vermelho.

O presidente da China, Xi Jinping, visitará Washington "em um futuro não tão distante", segundo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano, no entanto, não especificou os temas que estarão na pauta do encontro bilateral, que ocorre em meio à escalada da guerra comercial entre as duas potências, marcada pela imposição de tarifas, além de tensões geopolíticas.

Durante visita ao Kennedy Center, em Washington, Trump também informou que conversará na terça-feira, 18, de manhã com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O líder norte-americano expressou preocupação com o conflito entre Rússia e Ucrânia, classificando a situação como "não boa na Rússia e nem na Ucrânia".

O republicano defendeu um acordo para encerrar a guerra, que se arrasta desde a invasão russa em fevereiro de 2022. "Queremos cessar-fogo e acordo da paz na Ucrânia", afirmou, sem apresentar detalhes sobre possíveis propostas ou condições em negociação entre Washington, Moscou e Kiev.

Na área econômica, Trump celebrou a arrecadação gerada pelas tarifas comerciais já em vigor. "Já estamos arrecadando bastante dinheiro com tarifas", declarou.

O presidente dos EUA ainda destacou que o dia 2 de abril, data de início da imposição das tarifas recíprocas às importações nos EUA, representa "a liberação do nosso país".