Zé Trovão declara fim de paralisação e diz que Bolsonaro priorizou gestão

Política
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Um dos principais líderes dos protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a favor do governo, Zé Trovão divulgou na tarde desta sexta-feira, 10, um vídeo em que declara o fim da paralisação de caminhoneiros, que em seu ápice bloqueou rodovias em ao menos 16 Estados. Juntando-se aos apoiadores que recuaram nas críticas ao presidente Jair Bolsonaro, o caminhoneiro defendeu a "harmonia entre os poderes" e afirmou que o presidente colocou a gestão do País acima de sua popularidade.

Zé Trovão foi uma das lideranças do movimento que inicialmente recebeu mal o pedido de Bolsonaro para que caminhoneiros liberassem as estradas. Um dia depois, a militância bolsonarista se mostrou novamente surpresa após o presidente divulgar uma declaração à Nação, escrita com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, na qual volta atrás do tom adotado nos discursos do 7 de Setembro.

Em vídeo nesta sexta, por sua vez, Zé Trovão afirmou que os caminhoneiros estão respeitando o apelo de Bolsonaro, a partir de um pedido de "confiança" aos seus apoiadores. "Disse que ele (Bolsonaro) está fazendo trabalho que nunca poderia ter feito se não fosse os movimentos dos dias 7, 8, 9 e 10 de setembro. Hoje o Brasil alcança sua liberdade de expressão. Isso está garantido neste acordo, e além disso a harmonia entre os poderes será a partir de hoje lei, nenhum poder poderá mais", afirmou Zé Trovão.

O caminhoneiro foi impulsionado nas redes ao convocar apoiadores do presidente a protestar contra os ministros do STF. Em agosto, passou a ser investigado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que pediu sua prisão no início de setembro. Zé Trovão então fugiu para o México. Agora, parlamentares aliados de Bolsonaro tentam garantir sua liberdade, com um pedido apresentado ao Supremo.

Os deputados Vitor Hugo (PSL-GO) e Carla Zambelli (PSL-SP) anunciaram o auxílio ao caminhoneiro após reunião com o presidente e representantes da categoria realizada ontem no Planalto.

"Ontem muitos acharam que tínhamos perdido, que o presidente tinha nos abandonado, mas a reunião que durou mais de duas horas foi muito decisiva. O presidente colocou sua popularidade abaixo da gestão, para que o Brasil tenha equilíbrio. Isso é muito importante, e nesse movimento alcançamos algo muito importante, o respeito do mundo, e o respeito de muita gente na política, que a partir de agora tomará cuidado com suas ações", afirmou Zé Trovão no vídeo divulgado hoje, em que diz também que está aguardando a deliberação sobre o habeas corpus apresentado ao STF.

Na declaração, o bolsonarista afirmou também que, apesar dos protestos nas estradas terem um fim agora, o movimento continua "alerta". "De olho nas ações, caso as pessoas achem que nós nos afrouxamos ou que nós simplesmente vamos baixar guarda, estão enganadas, estamos respeitando um pedido que o presidente Bolsonaro nos fez", disse Zé Trovão.

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.