CPI da Covid aprova convocação de ex-mulher de Bolsonaro

Política
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Em mais uma derrota para o governo de Jair Bolsonaro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, aprovou nesta quarta-feira, 15, um requerimento para convocar a advogada Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente, para prestar depoimento. O motivo é a relação dela com o advogado Marconny Albernaz Faria, investigado sob suspeita de ter atuado como lobista da Precisa Medicamentos, empresa que fechou contrato bilionário com o Ministério da Saúde para vender vacinas.

A convocação da ex-mulher de Bolsonaro é mais um sinal da falta de articulação do governo no Senado. Minoria na CPI e com relação conturbada com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o Palácio do Planalto tem sofrido sucessivas derrotas. Ontem, teve uma medida provisória que dificultava a remoção de conteúdo das redes sociais devolvida, iniciativa considerada incomum.

Segundo o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Faria demandou a ex-mulher de Bolsonaro por duas vezes em questões relacionadas ao governo. Em uma delas, afirmou o parlamentar, o advogado pediu uma "atenção especial" para um caso de investigação de corrupção e, na outra, solicitou interferência para um cargo público. Ana Cristina é mãe de Jair Renan, o quarto filho do presidente, com quem Faria também admitiu ter relação de amizade. Ana Cristina e Jair Renan moram hoje em Brasília.

Em uma segunda oportunidade, o advogado recorreu à ex-mulher de Bolsonaro para influenciar a nomeação ao cargo de chefe da Defensoria Pública da União (DPU). O candidato apoiado por Faria era o defensor público Leonardo Cardoso.

"O detalhamento vai ao nível de escolher se o pedido vai por e-mail, vai por mensagem, que é mais pessoal. Vai ao detalhe de tentar atacar os adversários na corrida pela nomeação, dizendo que são de esquerda" relatou Alessandro Vieira.

Questionado por Vieira se conhecia Cardoso, o advogado disse, primeiro, que não. Depois voltou atrás. "Estive com ele uma vez", afirmou Faria.

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A polícia da Austrália acusa um homem de roubar a estátua de um gorila de uma vila de aposentados na cidade de Melbourne. Garry, como é chamada a escultura de 1,5 metro de altura, desapareceu no dia 6 de junho da vila Leith Park. As informações são do The Guardian.

Ao investigar o desaparecimento da estátua, os agentes localizaram uma casa em Reservoir, a cerca de 20 minutos de carro do vilarejo de aposentados. A polícia acionou sua equipe aérea e os pilotos de helicóptero avistaram a estátua no quintal de uma casa. Os policiais invadiram o local e apreenderam a escultura, 24 carteiras de motoristas supostamente roubadas e medicamentos que precisam de prescrição médica.

A polícia alega que a estátua foi retirada do pedestal onde ficava e levada em um veículo. A estátua foi devolvida ao vilarejo na quarta-feira, 3.

Com a repercussão do caso na mídia, um homem de 33 anos se apresentou à polícia. Os agentes interrogaram o suspeito e o acusaram de roubo e de dirigir sem habilitação. Ele foi liberado ao pagar fiança e deverá comparecer ao tribunal de Heidelberg em 30 de agosto.

A policial Anju Vashisht disse ao The Guardian que reconhece ser um caso estranho e que não consegue explicar por que alguém roubaria o mascote do vilarejo. "Essa é a pergunta de um milhão de dólares, não é?", disse.

Nesta semana, 89 imigrantes com destino à Europa morreram e 72 estão desaparecidos depois que o barco em que estavam virou no mar, a quatro quilômetros da cidade de N'Diago, na costa da Mauritânia, afirmou a Agência Mauritânia de Notícias na quinta-feira, 4. A guarda costeira do país africano resgatou nove pessoas, incluindo uma menina de cinco anos. O barco havia partido da fronteira do Senegal com a Gâmbia no dia 28 de junho, com 170 passageiros a bordo.

Mesmo sendo perigosa, devido às fortes correntes, essa rota do Atlântico para tentar chegar à Europa é usada por imigrantes que viajam em barcos sobrecarregados, muitas vezes inseguros e sem água potável suficiente, segundo informações do The Guardian. A popularidade do caminho cresceu devido a uma maior vigilância no Mediterrâneo.

O jornal britânico afirma que, em 2023, no período de um ano, mais que dobrou o número de pessoas desembarcando nas Ilhas Canárias, comunidade autônoma da Espanha que fica a 100 km de distância de seu ponto mais próximo no Norte da África. no litoral de Marrocos - muitas embarcações de madeira, no entanto, partem de mais longe, como de outras regiões do Marrocos, do Saara Ocidental, da Mauritânia, da Gâmbia e do Senegal.

Mais de cinco mil pessoas morreram tentando chegar na Espanha por vias marítimas apenas nos primeiros cinco meses deste ano, ou seja, foram 33 mortes diárias, de acordo com Caminando Fronteras, uma instituição de caridade espanhola. Esse é o maior número diário de mortes desde o início da série histórica do levantamento, em 2007. A maioria dos óbitos aconteceu na rota do Atlântico.

Os swifties, termo pelo qual é conhecido o fandon da cantora Taylor Swift, estão prestes a tomar conta da cidade alemã anteriormente conhecida como Gelsenkirchen, onde a superestrela americana fará três shows da Eras Tour no final deste mês de julho. Em homenagem à cantora, a cidade foi rebatizada de "Swiftkirchen" -pelo menos temporariamente- para receber as dezenas de milhares de fãs que devem comparecer aos shows da cantora nos dias 17, 18 e 19 de julho, informou a agência de notícias alemã Dpa.

A proposta partiu de uma das fãs da cantora, Aleshanee Westhoff, que iniciou uma petição há algumas semanas e enviou uma carta à prefeita de Gelsenkirchen, Karin Welge. A mandatária considerou a ideia ótima e agradeceu a adolescente. A placa de Swiftie foi estampada com um retrato rosa do ícone do pop e está localizada no centro da cidade. Várias outras placas serão instaladas nos próximos dias em locais muito frequentados em Gelsenkirchen, disse à agência de notícias Dpa o porta-voz da cidade, Markus Schwardtmann.

Uma das cidades mais pobres da Alemanha, Gelsenkirchen é uma antiga cidade mineradora de carvão que nunca se recuperou do declínio de seu principal setor. A cidade é conhecida por seu time de futebol e um enorme estádio que ocasionalmente atrai artistas internacionais como Swift. E ainda há mais por vir na "cidade alemã de Swiftie".

A cantora americana também receberá sua própria lápide na Calçada da Fama de Gelsenkirchen, ao lado de personalidades locais como o técnico de futebol Rudi Assauer e a escritora Ilse Kibgis. Durante seus shows, a cidade promoverá festas ao ar livre com apresentações de karaokê.

Outras atrações para os fãs estão sendo planejadas, mas mantidas em segredo por enquanto. "Haverá muitas surpresas grandes e pequenas para que os fãs de Swift tenham muito o que descobrir em Gelsenkirchen", disse Schwardtmann.

Os shows de Swift em Gelsenkirchen estão com os ingressos esgotados e serão realizados na Veltins-Arena do estádio do Schalke, que tem espaço para até 70.000 pessoas. Outros shows da Eras Tour estão planejados para Hamburgo e Munique./AP

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do jornal O Estado de S. Paulo. Saiba mais sobre a Política de IA em www.estadao.com.br/link/estadao-define-politica-de-uso-de-ferramentas-de-inteligencia-artificial-por-seus-jornalistas-veja/ .