A Procuradoria-Geral da República (PGR) voltou a defender nesta segunda-feira, 20, que o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, seja colocado em prisão domiciliar. Ele foi preso preventivamente em 13 de agosto no inquérito das milícias digitais.O parecer foi enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), em um agravo regimental apresentado pela defesa do ex-deputado. A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo disse que é necessário reconsiderar a ordem de prisão preventiva em razão da internação de Jefferson.
"Há fato novo a ser considerado: o agravante, em face da fragilidade de seu estado de saúde - referida, expressamente, pelo Ministério Público, em suas manifestações anteriores - está internado no Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro-RJ, desde o dia 5 de setembro de 20211, sem previsão de alta, exatamente por ter se agravado uma doença renal preexistente", diz um trecho da manifestação.
A subprocuradora afirma ainda que a prisão domiciliar é suficiente para 'garantir a manutenção da ordem pública'. "Embora os discursos ofensivos devam ser coibidos, o agravante, caso venha a ser submetido a prisão domiciliar, dada a sua fragilidade física e estando sem se comunicar com a mídia, via internet ou por qualquer outro meio de comunicação ou eletrônico, não oferecerá risco à sociedade, até porque suas manifestações nunca ultrapassaram o campo da oratória", acrescenta Lindôra.
Há mais de um mês, a defesa de Roberto Jefferson vem tentando reverter a decisão que decretou sua prisão. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que a medida permanece necessária. No final de agosto, ao negar colocar o ex-deputado em liberdade, o ministro disse que ele dispensa 'completo desprezo' ao Poder Judiciário e que não demonstrou 'qualquer debilidade física que o impedisse da prática de seus afazeres diários' antes de ser preso.
O presidente nacional do PTB foi denunciado no mês passado pela PGR por incitação ao crime, homofobia e calúnia contra o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
PGR volta a defender prisão domiciliar humanitária para Roberto Jefferson
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