Renan contraria Pacheco e diz que mexer no funcionamento do STF 'não fará bem à democracia'

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou nesta quinta-feira, 5, que mexer no funcionamento interno do Supremo Tribunal Federal (STF) "não fará bem à democracia". A declaração contraria a defesa que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez de uma proposta para estabelecer mandatos fixos para ministros da Corte. Hoje, os integrantes do Supremo se aposentam por idade, aos 75 anos.

"Acho ilegítimo que se vote, seja o que for, uma proposta de emenda constitucional ou um projeto de lei, para mexer no funcionamento interno do Supremo Tribunal Federal. Isso, sinceramente, não fará bem à democracia", declarou Calheiros, após participar de uma sessão no Congresso em homenagem aos 35 anos da Constituição brasileira.

O senador disse não ver uma crise entre o Supremo e o Legislativo, apesar da ofensiva de alguns grupos de deputados e senadores contra decisões tomadas recentemente pela Corte, como a derrubada da tese do marco temporal para a demarcação das terras indígenas, que irritou a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). "Eu acho que é fundamental, mais do que nunca, que haja independência entre os Poderes, mas que haja muita harmonia", afirmou Calheiros.

Após o STF derrubar a tese defendida pelos ruralistas, o Senado aprovou um projeto que institui o marco temporal, que agora depende de sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tanto na Câmara, quanto no Senado, parlamentares tiraram da gaveta Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que permitem a revisão de decisões da Corte.

Além disso, há insatisfação com julgamentos no Supremo sobre a descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação e em relação à legalização do porte de maconha em determinadas quantidades. Os deputados e senadores também se incomodaram com uma possível volta do imposto sindical com aval da Corte.

Em outra categoria

Em seu primeiro pronunciamento público após deixar a Casa Branca, o ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden defendeu a Seguridade Social do país, destacando que fortaleceu a rede de assistência aos americanos durante a sua administração e que o sistema tem de ser protegido.

"Segurança social é uma promessa sagrada para os americanos", disse Biden em sua participação na Conferência de Defensores, Conselheiros e Representantes de Pessoas com Deficiência 2025, realizada nesta terça-feira em Chicago.

Biden iniciou seus comentários abordando seus primeiros anos na política e sua história familiar. "Meu pai tinha uma expressão. Ele dizia: 'Joey, um emprego é muito mais do que um salário. É sobre sua dignidade. É sobre respeito'", disse Biden.

O ex-presidente enalteceu os esforços de seu governo para reduzir a fraude na Previdência Social e zombou das alegações do governo Trump - incluindo as do czar da redução de custos do presidente Trump, Elon Musk - de que dezenas de inacreditavelmente idosos estão recebendo pagamentos.

"A propósito, quero conhecê-los, aqueles caras de 300 anos que recebem essa Previdência Social", disse Biden. "Que coisa incrível, cara. Estou em busca da longevidade."

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 15, que, segundo ele, reduziria os preços dos medicamentos prescritos para muitos americanos, inclusive para os usuários do Medicare.

A ordem ressuscitou algumas políticas de seu primeiro governo, como a obrigatoriedade de os centros de saúde comunitários fornecerem insulina e epinefrina injetável com desconto para pacientes sem seguro e alguns pacientes de baixa renda. O governo de Joe Biden rescindiu essa regra em 2021, dizendo que ela seria excessivamente onerosa para os centros de saúde.

Assim, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos deve trabalhar com o Congresso para reconsiderar a forma como negocia determinados preços de medicamentos do Medicare com as empresas farmacêuticas.

Trump também assinou um memorando presidencial para expandir o programa de acusação de fraudes da Administração da Previdência Social e outras ações destinadas a interromper os pagamentos a pessoas que não têm direito aos benefícios.

A China anunciou nesta terça-feira, 15, que está investigando três supostos agentes dos EUA, acusados de realizar ciberataques contra a infraestrutura chinesa durante os Jogos Asiáticos, realizados em fevereiro na cidade de Harbin.

Em um comunicado, a polícia de Harbin, na China, identificou os suspeitos como Katheryn A. Wilson, Robert J. Snelling e Stephen W. Johnson, e afirmou que eles atuaram por meio da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). A polícia não revelou como obteve os nomes nem a localização atual dos envolvidos.

Os ataques alegadamente visaram os sistemas responsáveis pela gestão dos Jogos, como registro, inscrição nas competições e organização de viagens, todos os quais armazenavam "grandes quantidades de dados pessoais sensíveis de indivíduos associados aos Jogos", conforme informou a polícia.

Os ataques prosseguiram durante o evento com a tentativa de "interromper e prejudicar suas operações normais", segundo a agência estatal de notícias Xinhua. O relatório também afirmou que os ciberataques da NSA tiveram como alvo infraestruturas críticas da província de Heilongjiang, que inclui Harbin, como energia, transporte, recursos hídricos, telecomunicações e instituições de pesquisa em defesa. A Xinhua também mencionou que os hackers atacaram a empresa de tecnologia chinesa Huawei.

Além disso, o relatório indicou que a NSA "transmitiu pacotes de dados criptografados desconhecidos para dispositivos específicos com sistemas operacionais Microsoft Windows dentro da província".