Sidebar

04
Dom, Mai
85 Noticias Novas

Prefeito de Ilhabela chama promotor de 'mau-caráter, bipolar'; Sarrubbo reage

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O prefeito de Ilhabela, no litoral Norte de São Paulo, Antonio Luiz Colucci (PL), o Toninho Colucci, partiu para o ataque contra o promotor de Justiça responsável pela ação de improbidade que agora pode fazê-lo perder o mandato.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou um recurso de Colucci e manteve sua condenação. O processo envolve a contratação de uma empresa de ônibus. Ele ainda pode recorrer ao plenário da Corte.

O prefeito afirmou em entrevista à rádio Ilhabela FM que foi 'perseguido' e ameaçado pelo promotor Tadeu Badaró. "Ele pode ser uma sumidade como promotor, ser inteligente, pode ser tudo isso, só que ele é bipolar, ele já ameaçou vereador e me ameaçou", narrou.

Toninho Colucci disse ainda que o promotor é 'descompensado'. "Ele é uma pessoa de mau-caráter, mal intencionada, bipolar", seguiu.

O prefeito afirmou que Badaró 'abusou do poder' e que essa e outras denúncias contra ele foram 'premeditadas'. "Ele me avisou. Primeiro contato que eu tive com ele, ele disse pra mim: 'prefeito eu vou ficar aqui e vou abrir muitas ações contra o senhor e, se eu lhe condenar em uma, casso seus direitos políticos'", contou Colucci na entrevista.

As acusações do prefeito provocaram uma enfática reação do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo. Ele classificou os impropérios de 'aleivosias' de Colucci, a quem chamou de 'ex-prefeito'.

"O Ministério Público de São Paulo não persegue quem quer que seja", afirma Sarrubbo. "O senhor Colucci sabe disso e deveria também saber que a nossa instituição não transige com uma de suas mais nobres missões: salvaguardar o patrimônio público."

O procurador-geral destacou que 'o norte de todos os membros do Ministério Público de São Paulo segue sendo o de defender o regime jurídico, por mais que isso possa incomodar quem prefere andar à margem da lei'.

Toninho Colucci também é alvo de uma ação movida em conjunto pela Procuradoria da República em São Paulo e pelo Ministério Público do Estado por supostamente incentivar a população a desmatar a vegetação protegida que cresce ao redor das praias da cidade. O processo cobra R$ 2 milhões.

Ele já foi condenado em outra ação de improbidade movida pelo MP de São Paulo por contratações temporárias para preencher vagas no projeto Ilhabela em Movimento.

COM A PALAVRA, TONINHO COLUCCI

A reportagem do Estadão encaminhou à prefeitura de Ilhabela pedido de manifestação de Toninho Colucci. O espaço está aberto

Em outra categoria

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.