Exército vetou remoção de golpistas de QG do DF, diz Ibaneis

Política
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O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), negou nesta sexta, 13, em depoimento à Polícia Federal, "qualquer tipo de conivência" com os atos radicais em Brasília e afirmou que foi a favor da remoção dos acampamentos bolsonaristas em frente ao Quartel-General na capital federal, mas o Exército foi contra. A área é jurisdição das Forças Armadas.

Ibaneis foi ouvido por cerca de duas horas e meia sobre a invasão e depredação das sedes dos três Poderes por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro. Questionado sobre as concentrações na porta do quartel, o governador afastado disse que defendeu a retirada das estruturas antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1.º. Partiu do acampamento a marcha de radicais que vandalizaram Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto.

O delegado questionou se Ibaneis sabia dos protestos e do risco de atos violentos. Ele negou ter sido omisso e afirmou que não tinha conhecimento da possibilidade de ações extremas. Segundo ele, os órgãos de segurança do DF estavam cientes da manifestação e prepararam um protocolo integrado de ações. Disse ainda que, como gestor, não participou das reuniões para elaboração desse plano e não tinha a atribuição de "examinar em minúcias" questões operacionais de segurança.

Ibaneis também relatou que, pouco antes da invasão, recebeu a informação de que a situação estava controlada. Em áudio, compartilhado com os investigadores, o então secretário da Segurança em exercício, Fernando Oliveira, diz que a mobilização transcorria de forma "tranquila". Ibaneis declarou que recebeu mensagens do ministro da Justiça, Flávio Dino, alertando sobre a chegada de ônibus a Brasília, e que a informação foi repassada à Secretaria de Segurança.

TV

O governador afastado declarou que acompanhava os atos pela televisão e, assim que a manifestação começou a sair do controle, imediatamente deu ordem para que todas as providências fossem tomadas para esvaziar o prédio do Congresso e prender os vândalos.

Ibaneis foi questionado sobre a atuação das forças de segurança do DF, que teriam sido lenientes com os extremistas. Ele afirmou que foi "surpreendido" pela conduta de alguns PMs, mas que não poderia ser responsabilizado pela "sabotagem". Sobre seu ex-secretário Anderson Torres, declarou que "perdeu a confiança" no auxiliar porque ele estava "ausente" no dia dos atos.

O depoimento foi marcado a pedido da defesa de Ibaneis. Os advogados Cleber Lopes e Alberto Zacharias Toron disseram que entregaram documentos que comprovam as informações prestadas. Ibaneis foi afastado por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, disse nesta quinta-feira, 20, que o orçamento de defesa da ilha excederá 3% de sua produção econômica, à medida que reformula suas forças armadas diante da crescente ameaça da China.

Juntamente com os equipamentos mais modernos - grande parte deles provenientes dos Estados Unidos -, os militares estão buscando fundos para manter mais militares com salários mais altos e para prolongar o serviço nacional obrigatório de quatro meses para um ano.

Em um discurso hoje para a Câmara Americana de Comércio, Lai disse que seu governo está determinado a "garantir que nosso orçamento de defesa exceda 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao mesmo tempo, continuaremos a reformar a defesa nacional".

A ilha autônoma, que depende dos EUA para grande parte de seu armamento de ponta, atualmente gasta cerca de 2,45% do PIB em suas forças armadas.

O Gabinete de Israel aprovou o pedido do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, para demitir o chefe do serviço de segurança interna israelense, Shin Bet.

A decisão de demiti-lo, tomada tarde da noite, aprofunda uma luta pelo poder que se concentra principalmente na questão de quem é responsável pelo ataque do Hamas que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.

Ela também pode preparar o terreno para uma crise sobre a divisão de poderes do país. O procurador-geral de Israel determinou que o Gabinete não tem base legal para demitir Shin Bet.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que desmantela o Departamento de Educação do país. "Os EUA gastam muito mais dinheiro por pessoa com educação do que qualquer outro país do mundo", destacou o republicano. "Vamos devolver a educação americana aos estados americanos."

Durante o evento de assinatura, Trump também afirmou que "os custos educacionais serão menores dessa maneira e a qualidade da educação será muito, muito melhor". Ele garantiu que as funções "úteis" do Departamento serão preservadas e redistribuídas para outras pastas do governo federal. "Por exemplo, os fundos para alunos com necessidades especiais serão mantidos e transferidos", explicou.

Em uma fala direcionada à secretária de Educação, Linda McMahon, Trump declarou: "Encontraremos o que fazer com você."

O presidente ainda anunciou a assinatura de uma ação para intensificar a exploração de minerais críticos nos EUA e reforçou sua intenção de firmar um acordo de exploração mineral com a Ucrânia em breve. "Estamos indo muito bem com a Rússia e a Ucrânia", acrescentou.

O Departamento de Educação dos EUA gastou mais de US$ 3 trilhões "sem praticamente nada a mostrar por isso" desde 1979, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca mais cedo. "Apesar dos gastos por aluno terem aumentado mais de 245% nesse período, não houve praticamente nenhuma melhoria mensurável no desempenho dos estudantes", afirma o texto.

O governo ainda destacou que sete em cada dez alunos de quarta e oitava séries não são proficientes em leitura, e os estudantes dos EUA ocupam a 28ª posição entre 37 países membros da OCDE em matemática. "Em vez de manter o status quo que está falhando com os estudantes americanos, o ousado plano do governo Trump devolverá a educação ao lugar onde ela pertence - aos estados individuais, que estão melhor posicionados para administrar programas e serviços eficazes que atendam às suas populações e necessidades únicas", reforça a Casa Branca.