Deputada do PL diz sofrer intimidação e marido se envolve em briga para 'defender honra'

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O marido da deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) se envolveu em uma briga com membros do PL de Balneário Rincão, no litoral sul de Santa Catarina, durante uma visita da parlamentar ao local, na quinta-feira, 2. Uma câmera de segurança do partido flagrou o advogado Guilherme Colombo dando um tapa em uma pessoa e um empurrão em um homem que tinha o braço imobilizado por uma tipoia.

Segundo o casal, a deputada foi pressionada e intimidada por um correligionário da cidade que exigiu o apoio dela nas eleições de 2024. Por isso o marido teria agido para "defender a honra" dela e da família.

As imagens do circuito interno que circulam nas redes sociais nesta sexta-feira, 3, mostram uma parte da confusão. Primeiro, Colombo dá um tapa em uma pessoa e um chute no portão. Depois, aparece dando um empurrão em Juceli Eufrásio, um policial militar aposentado de 66 anos.

Em seguida, Colombo é contido por dois homens, ao passo que um terceiro o chuta por trás. O trio segura o advogado contra a parede até que outras pessoas aparecem para debelar a confusão.

Eufrásio publicou um vídeo com a sua versão sobre a briga. Segundo ele, a confusão começou depois de Julia Zanatta dizer que "o povo não interessa e que os votos que ela recebeu no Rincão não interessam".

De acordo com o policial aposentado, o marido da deputado agrediu ao todo três pessoas. "Ele (Colombo) me pegou e me empurrou contra a mesa, as imagens vão provar isso. Agrediu o cabo Delfino, que é da reserva, um homem de 64 anos, agrediu o Giliais, tudo fisicamente".

Deputada diz que foi pressionada a dar apoio nas eleições 2024

Zanatta e o marido fizeram uma live nas redes sociais para darem uma versão sobre o episódio. A deputada disse ter ido ao PL de Balneário Rincão no feriado para um "gesto de aproximação", pois o pré-candidato à prefeitura da cidade pelo partido, o empresário Giorgio Bertan, estaria presente.

Ela afirma que decidiu ir sozinha, porque era aniversário do marido. Ao chegar à reunião, disse ter se sentindo pressionada para apoiar o pré-candidato. Aos correligionários, ela disse que acompanharia quem o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), também apoiasse.

"Ele (Bertan) começou a falar: 'deputada, a conversa está muito boa, mas você tem que se posicionar, todos os candidatos já me deram apoio, menos a senhora'", afirmou Zanatta. Segundo ela, o empresário teria dito "a senhora é minha funcionária, funcionária do povo" e exigido o apoio em troca dos votos que ela recebeu na cidade.

A reportagem tentou contato com Giorgio Bertan, mas ele não retornou as ligações nem respondeu as mensagens até a publicação deste texto. O espaço está aberto a manifestações.

Marido diz que 'defendeu a honra' da deputada e da família

Colombo chegou depois ao local. Ele afirma que foi impedido de entrar e que as pessoas estavam "exaltadas" quando ele chegou. Segundo o casal, as imagens que circulam nas redes sociais não mostram o momento da chegada dele nem as pressões que Zanatta teria sofrido dos correligionários.

Colombo afirma que levou um chute na perna, um soco nas costas e que um homem de camiseta branca tentou lhe dar um outro soco. "Defender a honra da minha esposa e defender a honra da minha família está acima de tudo", disse o advogado.

Nas redes sociais, Zanatta usou a expressão "belo e moral" para se referir à conduta do marido. "Um homem tem o dever de defender a sua mulher, principalmente se intimidada por outro homem", disse Colombo no X (antigo Twitter).

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite deste domingo, 20, esperar que Rússia e Ucrânia farão um acordo "nesta semana". "Ambos começarão a fazer grandes negócios com os Estados Unidos, que está prosperando, e farão uma fortuna", escreveu na rede social Truth Social.

A declaração foi feita em meio a um cessar-fogo de Páscoa marcado por acusações de violação de ambos os lados.

Ainda na rede social, o republicano citou o "Dia da Libertação", como batizou 2 de abril que foi a data em que anunciou uma série de tarifas.

Segundo ele, muitos líderes mundiais e executivos de empresas pediram alívio das imposições tarifárias desde a ocasião. "É bom ver que o mundo sabe que estamos falando sério, porque ESTAMOS! Eles devem corrigir os erros de décadas de abuso, mas isso não será fácil para eles", reforçou ao chamar quem quiser "o caminho mais fácil" para "construir na América".

Ele classificou como "traição não tarifária" questões que chamou de "manipulação cambial", subsídios para exportação, padrões agrícolas protecionista citando como exemplo a proibição de milho geneticamente modificado na União Europeia, entre outros.

Trump também voltou a criticar a discussão a respeito da deportação de Kilmar Armando Abrego Garcia, que foi deportado por engano para uma prisão em El Salvador.

Embora o governo do republicano tenha admitido um "erro administrativo", o republicano disse que Garcia está sendo tratado como uma "pessoa muito doce e inocente, o que é uma mentira total, flagrante e perigosa", voltando a citar sua ligação com a gangue MS-13. Os advogados de Garcia negam.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.