Sobrinho de Telmário Mota se entrega e nega participação na morte da ex-mulher do ex-senador

Política
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O sobrinho do ex-senador Telmário Mota, Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", de 49 anos, se entregou à Polícia Civil nesta quarta-feira, 8. O sobrinho do parlamentar é investigado pela Polícia Civil de Roraima por supostamente ter sido o responsável por organizar a morte de Antônia Araújo de Sousa, em setembro deste ano. Ela é ex-mulher de Telmário e mãe de uma filha de 17 anos do ex-senador.

Correa Mota se entregou à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em Boa Vista, acompanhado de um advogado. Segundo a Polícia Civil, o sobrinho de Telmário negou participação no crime, em interrogatório ao titular da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) da capital roraimense, João Evangelista.

"Eu estava no mato intocado. Não tinha advogado, e o meu pai foi quem disse que me ajudaria, porque eu não devo nada nesse crime. A motocicleta, eu comprei para a Cleidiane (ex-assessora de Telmário Mota) e entreguei para ela. Ela me deu R$ 4 mil reais e ganhei 500 de comissão. O dinheiro era dela. Eu estava com medo, um monte de acusação contra mim, de que planejei crime. Eu não devo nada disso, já fiz coisas erradas, mas já paguei na Justiça. Não passei arma para a Cleidiane e nem tive contato com o ex-senador", disse à imprensa antes de ser encaminhado ao instituto médico legal para exame de integridade física.

O delegado João Evangelista afirmou que a primeira fase foi finalizada com a prisão de Correa Mota, mas a operação continua. "É uma investigação complexa, que demanda tempo para ser concluída. Existe uma circunstância do dia do fato, outras relacionadas aos dias anteriores ao fato. Precisamos pormenorizar, aprofundar, para saber exatamente quem está envolvido e o que cada um fez. Cada peça que vamos juntando agora, vamos criando informações que serão interessantes para a Justiça", disse.

O sobrinho de Telmário Mota responde ainda na Justiça pelos crimes de estelionato, furto qualificado, crimes de trânsito, apropriação indébita, associação criminosa e roubo majorado.

Telmário será transferido de Goiás para Roraima

A Justiça autorizou nesta quinta-feira, 9, a transferência do ex-senador Telmário Mota de Goiás para Roraima. Os procedimentos administrativos para cumprir a decisão já tiveram início.

De acordo com a Polícia Civil, "estão sendo realizadas as tratativas administrativas para proceder o recambiamento do ex-senador".

A investigação foi aberta para chegar aos envolvidos no assassinato de Antônia, morta com um tiro na cabeça por dois homens em uma moto no dia 29 de setembro no bairro Senador Hélio Campos, na zona oeste de Boa Vista (RR). Antônia foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 18, que dá aos seus indicados políticos um controle de longo alcance sobre as agências federais que, durante décadas, operaram independentemente da influência da Casa Branca.

A ordem exige que os órgãos independentes apresentem as principais regulamentações ao escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca para análise. O escritório é dirigido por Russell Vought, um aliado de Trump.

Vought escreverá "padrões de desempenho e objetivos de gerenciamento" para os chefes de agências independentes e fornecerá atualizações para Trump sobre os cumprimentos desses requisitos. Vought também analisará e ajustará os orçamentos das agências.

"Para que o governo federal seja realmente responsável perante o povo americano, os funcionários que exercem um vasto poder executivo devem ser supervisionados e controlados pelo presidente eleito pelo povo", diz a ordem.

Diplomatas americanos envolvidos na negociação para pôr um fim na Guerra da Ucrânia sugeriram a seus colegas europeus uma versão alternativa do plano defendido por franceses e britânicos de enviar tropas de paz para o front. Essa versão, segundo a revista The Economist, envolveria tropas não europeias em uma zona-tampão entre russos e ucranianos. Entre elas, estariam forças do Brasil e da China.

O artigo, publicado no domingo, 16, indica que a sugestão é uma contraproposta ao plano europeu, com o objetivo de facilitar sua aceitação pelos russos, e teria sido ideia do vice-presidente J. D. Vance. Apesar disso, o Kremlin rejeita até o momento qualquer presença de tropas estrangeiras na Ucrânia.

Além disso, o plano de envio de tropas europeias para a Ucrânia enfrenta suas próprias dificuldades. Segundo a Economist, o deslocamento de soldados de suas linhas defensivas dentro da Otan seria um "presente estratégico para Putin".

Há também preocupações com relação às regras de engajamento e escalada. Algumas autoridades temiam que, se a Rússia atacasse as forças ucranianas, qualquer destacamento europeu na Ucrânia seria forçado a escolher entre assistir passivamente ou atacar ativamente a Rússia em resposta.

Qualquer que seja a força, há um amplo consenso de que os Estados Unidos teriam que fornecer inteligência, defesa aérea, cobertura aérea e outras formas de ajuda - não apenas por motivos logísticos e técnicos, mas para impedir que a Rússia teste o destacamento.

"Se houver um apoio americano", disse uma autoridade europeia à Economist, 'isso desencadeará a geração de força por outros'.

Uma juíza federal se recusou nesta terça-feira, 18, a impedir imediatamente que o bilionário Elon Musk e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) acessem os sistemas de dados do governo ou participem de demissões de funcionários.

A juíza distrital dos EUA, Tanya Chutkan, considerou que há dúvidas legítimas sobre a autoridade de Musk, mas disse que não há evidências do tipo de dano legal grave que justificaria uma ordem de restrição temporária.

A decisão foi tomada em uma ação movida por 14 estados democratas que contestavam a autoridade do Doge para acessar dados confidenciais do governo. Os procuradores-gerais argumentaram que Musk está exercendo o tipo de poder que, segundo a Constituição, só pode ser exercido por aqueles que são eleitos ou confirmados pelo Senado.

O governo de Donald Trump, por sua vez, sustentou que as demissões estão sendo feitas pelos chefes das agências e que, apesar de seu apoio público ao esforço, Musk não está comandando diretamente as operações diárias do Doge.