'Não posso recusar convite que não foi feito', diz Lewandowski sobre virar ministro da Justiça

Política
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O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski afirmou nesta sexta-feira, 1, que ainda não foi convidado para assumir cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública do governo federal. Questionado se já tinha tido conversas sobre o tema com presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lewandowski repetiu que não foi convidado para o cargo.

O nome do ex-ministro do STF começou a circular como cotado para o posto após o presidente Lula indicar o atual ministro, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal. Lewandowski participa da COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, acompanhando a comitiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"Olha, eu não fui convidado. Estou aqui participando da COP, acompanhando a comitiva dos empresários. Agora estou na CNI, presidindo o conselho jurídico da Federação Nacional da Indústria. Estou nessa condição", disse.

Questionado se havia tido alguma conversa com Lula sobre o tema, o ex-ministro reiterou que não recebeu propostas: "Eu não posso recusar um convite que não foi feito. Você vai recusar ou aceitar o convite de um jantar que você nem foi convidado e nem cogitado?", afirmou.

*A repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito". A declaração foi realizada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13.

"Precisamos conversar com os EUA sobre quem controlará o acordo. O cessar-fogo em si é certo e nós o apoiaremos, mas há questões a serem discutidas", mencionou Putin, ao ressaltar ser "impossível" não levar em consideração os interesses russos para as negociações.

Na ocasião, Putin disse que "talvez" ele e o presidente norte-americano, Donald Trump, precisem fazer uma ligação por telefone para discutir mais detalhes do acordo. "Agradeço Trump por dar tanta atenção para o acordo com a Ucrânia", afirmou.

Segundo o Kremlin, tropas ucranianas estão em total isolamento em Kursk e a atual proposta do cessar-fogo não deixa claro como a situação se desdobrará na região e em outros locais.

O presidente russo disse que, caso os EUA e a Rússia concordem em estabelecer uma cooperação energética, um gasoduto para a Europa pode ser fornecido.

"Será benéfico para a Europa, graças ao gás russo barato", defendeu Putin.

A Rússia e a Bielorrússia consideraram as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no contexto do conflito com a Ucrânia como "hostis e desestabilizadoras", segundo uma declaração em conjunta dos países lida pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13, ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. "A Rússia e a Bielorrússia estão prontas para tomar medidas militares e diplomáticas em resposta às ações da Otan", menciona o comunicado. De acordo com o informativo, planos para implantar mísseis americanos na Europa desestabilizam a situação.

O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, se opôs ao cessar-fogo temporário proposto pelos Estados Unidos, aceito pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em entrevista para um canal televisivo russo, nesta quinta-feira, 13. "Este cessar-fogo proposto não é nada mais do que uma trégua temporária para os militares ucranianos. Nosso objetivo é um acordo de paz de longo prazo", afirmou. Segundo o representante, os russos querem um acordo de paz que leve em consideração "os interesses legítimos e preocupações" da Rússia, o que, segundo ele, são conhecidos. "Ninguém precisa de passos que imitem um caminho pacífico", ressaltou Ushakov.