Veja as 'praias privativas' onde os presidentes do Brasil passam as festas de fim de ano

Política
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Durante as festas de fim de ano, os presidentes costumam ficar distantes de Brasília para se abrigar em praias "privativas". Nesses recantos, o acesso é restrito por se tratar de área de segurança administrada pela Marinha. Desde a redemocratização, paraísos tropicais na Bahia e no Rio de Janeiro se tornaram pontos de descanso preferidos dos chefes do Executivo.

Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda passar a virada do ano na Restinga de Marambaia, região restrita do litoral do Rio que é administrada pelas Forças Armadas. O Palácio do Planalto não informou se a ida de Lula para a região já foi confirmada.

Nos seus dois primeiros mandatos na Presidência, Lula tinha o costume de ir para outro paraíso privado para a população. A região em questão é a Base Naval de Aratu, localizada a 33 quilômetros de Salvador, na Bahia.

Lula nunca escondeu que Aratu é o seu destino favorito durante os feriados. No Carnaval deste ano, o presidente esteve com a primeira-dama, Janja da Silva, na base, onde há uma casa no estilo colonial. Segundo a revista Veja, a Marinha iniciou, em outubro, reformas no espaço que custaram R$ 3 milhões aos cofres públicos.

Em 2010, quando estava deixando a Presidência após o término do seu segundo mandato, fotógrafos flagraram Lula durante o seu descanso em Aratu. O presidente foi visto tomando banho de chuveiro na praia de Inema, localizada na base.

Outro registro de Lula em Aratu naquele ano se tornou viral nos anos posteriores. De bermuda e camisa regata, Lula foi visto, junto com a ex-primeira-dama Marisa Letícia e um grupo de amigos, carregando uma caixa de isopor com bebidas e quitutes para o consumo no paraíso privado.

Outra região privada onde Lula aproveitou as férias de início de ano durante os seus primeiros mandatos foi o Forte dos Andradas, no Guarujá. Em 2007, o Estadão noticiou que o espaço recebeu reformas de R$ 539 mil, através de licitação pública para construir uma piscina, deck, vestiário e um quiosque.

Dilma também ia para Aratu e realizava passeios de lancha

Assim como Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também tinha o costume de aproveitar a virada do ano em Aratu. Em 2013, o Estadão flagrou Dilma em um passeio de lancha pela Baía de Todos os Santos. O registro da petista no local era raro, já que ela preferia passar os feriados de forma reservada na casa colonial.

O gosto pelo paraíso privado da Bahia não era restrito aos petistas. No seu primeiro Réveillon como chefe do Executivo em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também escolheu a base como refúgio para o fim de ano. Durante o recesso, Bolsonaro pescou um peixe e posou para fotógrafos do Planalto.

Outro ponto prestigiado por Lula que Bolsonaro também se hospedou foi o Forte dos Andradas, em 2021. No litoral paulista, o ex-presidente passeou de moto e jet ski, conversou com apoiadores e foi gravado dançando funk em um barco com ao menos mais quatro pessoas.

Após a visita ao litoral paulista, Bolsonaro passou a virada do ano em São Francisco do Sul, no Estado de Santa Catarina. Na época, o ex-presidente foi criticado por ter tirado a sua folga de fim de ano durante uma situação de emergência na Bahia causado por fortes chuvas. Ao todo, 27 pessoas morreram no Estado. Em uma entrevista a um jornal catarinense, o então chefe do Executivo afirmou: "Espero que eu não tenha que retornar antes".

FHC foi flagrado tomando banho de mar com ex-ministro do STF

O primeiro a adotar a base de Aratu como refúgio para as festas de fim de ano foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que se hospedou na base da Marinha no Réveillon de 1996.

Além da base baiana, FHC também passou os feriados em uma praia particular de Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. Em 1999, o ex-presidente foi fotografado banhando no local com o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, o filho Paulo Henrique Cardoso e o cineasta Walter Salles Júnior.

Reservado, Temer aproveitou virada de ano no Rio, Brasília e em São Paulo

Em 2016, o ex-presidente Michel Temer passou o Réveillon de forma reservada na Restinga de Marambaia, onde Lula deve se hospedar neste ano. No ano seguinte, o ex-presidente planejou repetir a estadia no Rio ou ir para a Bahia, mas mas desistiu das duas opções por conta da sua saúde e ficou no Palácio do Jaburu. Na última virada do ano em que esteve na Presidência em 2018, o emedebista esteve na casa da sua família em São Paulo.

Presidente entre o final de 1992 e o início de 1994, Itamar Franco não tinha como destino de fim de ano as bases da Marinha como os recentes chefes do Executivo. O excêntrico mandatário gostava de aproveitar a virada no Copacabana Palace, na capital carioca.

Primeiro eleito diretamente na redemocratização, o ex-presidente Fernando Collor também tinha o Rio de Janeiro como destino no Réveillon. Em 1990, Collor passou o recesso em uma fazenda em Campinas e esticou a sua folga para Angra dos Reis. Em 1991, o ex-presidente preferiu passar o feriado reservadamente na Casa da Dinda, na zona nobre de Brasília.

A virada de ano mais emblemática para Collor, porém, foi a de 1992. No dia 29 de dezembro daquele ano, o ex-presidente renunciou ao seu mandato no Executivo para evitar um processo de impeachment pelo Senado. O movimento não deu certo e além de ser impichado, ele também ficou inelegível por oito anos.

O ex-presidente José Sarney, que governou o País entre 1985 e 1990, gostava de aproveitar as suas férias na Ilha do Curupu, próximo de São Luís, capital do Maranhão. A ilha pertence a sua família e por lá existe uma mansão. Em maio deste ano, o local ficou disponível para aluguéis e a diária custa R$ 15 mil.

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O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste domingo, 20, que as forças ucranianas lançaram ataques noturnos na região de Donetsk, apesar do cessar-fogo de Páscoa. "Durante a noite do #CessarFogoPáscoa, o regime de Kiev lançou 48 drones, incluindo um sobre a Crimeia. Tropas ucranianas atingiram posições russas com armas e canhões 444 vezes e realizaram 900 ataques com drones do tipo quadricóptero", informou o ministério em publicação na rede social X.

Segundo o ministério, houve "mortos e feridos entre a população civil". O ministério afirma que as tropas russas observaram rigorosamente o cessar-fogo. Autoridades instaladas pela Rússia na região ucraniana parcialmente ocupada de Kherson também disseram que as forças ucranianas continuaram seus ataques.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou no sábado uma trégua temporária nos ataques pelo exército russo durante o fim de semana de Páscoa. De acordo com o Kremlin, o cessar-fogo durará das 18 horas, horário de Moscou, de sábado, até a meia-noite do domingo de Páscoa.

Putin não ofereceu detalhes sobre como o cessar-fogo seria monitorado ou se abrangeria ataques aéreos ou batalhas terrestres, que ocorrem 24 horas por dia.

No sábado, poucas horas após anunciar o cessar-fogo, Putin participou de uma missa de Páscoa na Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, liderada pelo Patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa e defensor da guerra na Ucrânia. A trégua temporária declarada ocorre em meio à ameaça dos Estados Unidos de abandonarem as negociações para um cessar-fogo entre os países, caso não haja um progresso em breve.

A Ucrânia também acusa a Rússia de não respeitar o cessar-fogo. Desde que a trégua temporária foi anunciada por Putin, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que as ações militares russas continuam.

Mais cedo, Zelensky acusou a Rússia de violar o cessar-fogo e contabilizou 26 ataques em 12 horas. O governo ucraniano propõe a extensão do cessar-fogo para 30 dias após a Páscoa.

*Com informações da Associated Press

Opositores do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram protestos em várias cidades dos Estados Unidos no sábado, 19, denunciando o que classificam como "ameaças aos ideais democráticos do país". Os organizadores afirmam se opor ao que chamam de violações dos direitos civis e constitucionais de Trump, incluindo os esforços para deportar dezenas de imigrantes e reduzir o governo federal, demitindo milhares de funcionários públicos e efetivamente fechando agências. Os protestos acontecem apenas duas semanas após manifestações semelhantes em todo o país.

As manifestações incluíram uma marcha pelo centro de Manhattan e um comício em frente à Casa Branca. Em Boston, manifestantes se concentraram na reconstituição das Batalhas de Lexington e Concord, alegando que o país vive um momento perigoso para sua liberdade.

Em Denver, centenas de manifestantes se reuniram no Capitólio do Estado do Colorado com faixas expressando solidariedade aos imigrantes e dizendo ao governo Trump: "Tirem as Mãos!". Milhares de pessoas também marcharam pelo centro de Portland, Oregon, enquanto em São Francisco, centenas soletraram as palavras "Impeach & Remove" em uma praia de areia ao longo do Oceano Pacífico, também com uma bandeira dos EUA de cabeça para baixo. As pessoas protestaram pelo centro de Anchorage, Alasca, com cartazes feitos à mão listando os motivos pelos quais estavam protestando.

Em outros lugares, protestos foram planejados em frente a concessionárias da Tesla contra o bilionário e conselheiro de Trump, Elon Musk, e seu papel na redução do governo federal. Outros organizaram eventos mais voltados para o serviço comunitário, como campanhas de arrecadação de alimentos, palestras e trabalho voluntário em abrigos locais.

Em Washington, manifestantes citavam preocupações com as ameaças aos direitos ao devido processo legal, protegidos pela Constituição, à Previdência Social e a outros programas federais de segurança. Em Columbia, Carolina do Sul, centenas de pessoas protestaram na sede do governo estadual segurando cartazes com slogans como "Lute Ferozmente, Harvard, Lute".E em Manhattan, manifestantes se reuniram contra as contínuas deportações de imigrantes enquanto marchavam da Biblioteca Pública de Nova York em direção ao Central Park e passavam pela Trump Tower. Fonte: Associated Press

Ataques israelenses no Líbano deixaram pelo menos dois mortos e dois feridos neste domingo, 20, segundo a Agência Nacional de Noticias libanesa (NNA), citando informações do Ministério de Saúde Pública do país. Um ataque com dois mísseis foi registrado na cidade de Houla, em Marjeyoun, ao sul do país, e outro ataque terrestre contra um carro ocorreu em Kawthariyeh al-Sayyad, conforme a NNA.

O veículo era do exército libanês e foi atingido por uma explosão com circunstâncias não esclarecidas, que deixou sete soldados feridos, segundo a Defesa Civil do país.

O exército israelense afirmou, em um comunicado, ter matado Hussein Ali Nasr, a quem descreveu como o vice-chefe da Unidade 4400 do Hezbollah. O Exército de Israel afirmou que Nasr ajudou a contrabandear armas e fundos para o Líbano por meio de "agentes iranianos", inclusive através do aeroporto de Beirute.

Desde o fim do cessar-fogo entre Israel e Hamas, ataques aéreos israelenses mataram dezenas de pessoas no Líbano, incluindo civis e membros do grupo paramilitar Hezbollah. O governo de Israel afirma ter como alvo redutos do Hezbollah no sul do Líbano.

O líder do Hezbollah, Naim Kassem, disse na sexta-feira que seus combatentes não se desarmarão enquanto as tropas israelenses permanecerem no sul do Líbano e a força aérea israelense violar regularmente o espaço aéreo libanês.

Mais cedo, autoridades libanesas anunciaram a detenção de várias pessoas que supostamente planejavam lançar foguetes contra Israel e confiscaram as armas, informaram os militares neste domingo.

O exército libanês afirmou que as prisões estão ligadas a outras detenções anunciadas no início da semana e que a inteligência militar investiga o caso.

*Com informações da Associated Press